Na periferia do urbanismo mediterrâneo antigo: assentamentos e organização social no Sânio, Itália central, séculos IV-I a.C
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anais do Museu Paulista (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/204546 |
Resumo: | É discutível em que medida as regiões não-urbanizadas do mundo antigo desenvolveram formas de organização socioeconômica e política que divergiam daquelas em contextos de cidades-estados). Este artigo aborda essa questão a partir de um foco na região do Sânio, nas montanhas da Itália central, que desde a antiguidade é considerada uma periferia do urbanismo mediterrâneo. Segundo reconstruções modernas, nos quatro últimos séculos a.C., o sistema de povoamento disperso da região teria sustentado formas de estruturação sociopolítica em linhas étnicas ou “tribais” ao invés de cívicas. Será proposto um aprofundamento dessa visão, por meio da análise de uma amostragem de assentamentos aparentemente excepcionais na região, por conta do seu tamanho maior, suas estruturas públicas de larga escala, e, sobretudo, por concentrarem uma diversidade de atividades e ocupações socioeconômicas. Serão delineadas algumas implicações desses aglomerados para a compreensão desse contexto não-urbano, em termos do perfil socioeconômico desses centros (possivelmente mais igualitário no que se refere à distribuição social de trabalhos manuais e do acesso a confortos materiais), bem como da dimensão política que esses lugares podem ter desenvolvido, funcionando ora conjuntamente, ora alternativamente a agrupamentos maiores de tipo étnico. O objetivo é contribuir com parâmetros interpretativos para o estudo de sociedades menos ou não-urbanizadas do passado remoto. |
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Na periferia do urbanismo mediterrâneo antigo: assentamentos e organização social no Sânio, Itália central, séculos IV-I a.CAt the margins of ancient Mediterranean urbanism: settlements and social organization in Samnium, central Italy, 4th-1st centuries BCEUrbanizationAncient MediterraneanWritten and material culture sources UrbanizaçãoMediterrâneo antigoFontes escritas e de cultura materialÉ discutível em que medida as regiões não-urbanizadas do mundo antigo desenvolveram formas de organização socioeconômica e política que divergiam daquelas em contextos de cidades-estados). Este artigo aborda essa questão a partir de um foco na região do Sânio, nas montanhas da Itália central, que desde a antiguidade é considerada uma periferia do urbanismo mediterrâneo. Segundo reconstruções modernas, nos quatro últimos séculos a.C., o sistema de povoamento disperso da região teria sustentado formas de estruturação sociopolítica em linhas étnicas ou “tribais” ao invés de cívicas. Será proposto um aprofundamento dessa visão, por meio da análise de uma amostragem de assentamentos aparentemente excepcionais na região, por conta do seu tamanho maior, suas estruturas públicas de larga escala, e, sobretudo, por concentrarem uma diversidade de atividades e ocupações socioeconômicas. Serão delineadas algumas implicações desses aglomerados para a compreensão desse contexto não-urbano, em termos do perfil socioeconômico desses centros (possivelmente mais igualitário no que se refere à distribuição social de trabalhos manuais e do acesso a confortos materiais), bem como da dimensão política que esses lugares podem ter desenvolvido, funcionando ora conjuntamente, ora alternativamente a agrupamentos maiores de tipo étnico. O objetivo é contribuir com parâmetros interpretativos para o estudo de sociedades menos ou não-urbanizadas do passado remoto.There is still debate as to whether non-urbanized regions of the ancient world developed forms of socioeconomic and political organization that diverged significantly from those in city-state contexts. This article addresses the issue by focusing on Samnium, in the uplands of central Italy, which has been considered a periphery of Mediterranean urbanism. According to modern reconstructions, in the last four centuries BCE, the region’s dispersed settlement system would have supported alternative forms of sociopolitical organization based on ethnic or “tribal” rather than civic identification. I propose to develop this view by analysing a sample of settlement sites that were apparently exceptional in the region, owing to their increased size, their largescale public structures, and particularly their diverse range of socioeconomic activities and occupations. I delineate some important implications of these settlements for our understanding of this non-urbanized context, in terms of the socioeconomic profile of such centres (possibly more egalitarian in terms of the social division of manual labour and access to material comfort), as well as of the political dimension these places may have developed, acting at times jointly, at others alternatively to broader ethnic settlements. The aim is to contribute with interpretative parameters for the study of less- or non-urbanized societies of the remote past.Universidade de São Paulo. Museu Paulista2023-06-05info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/20454610.1590/1982-02672023v31e11Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material; v. 31 (2023); 1-271982-02670101-4714reponame:Anais do Museu Paulista (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/204546/194786Copyright (c) 2023 Rafael Scopacasahttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessScopacasa, Rafael2024-02-23T18:24:34Zoai:revistas.usp.br:article/204546Revistahttp://anais.mp.usp.br/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||anaismp@usp.br1982-02670101-4714opendoar:2024-02-23T18:24:34Anais do Museu Paulista (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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