A cidade-jardim: os conjuntos residenciais de fábricas (Brasil, 1918-1953)
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anais do Museu Paulista (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/86776 |
Resumo: | Este artigo analisa um conjunto de planos de vilas operárias e núcleos fabris concebidos no Brasil, seguindo - de forma mais ou menos fiel - postulados e ferramentas de projeto difundidos no âmbito do urbanismo das cidades-jardim. Mostra como o urbanismo das cidades-jardim encontrou campo de aplicação em projetos desta natureza no país na primeira metade do século XX, sobretudo nas décadas de 1920, 1930 e 1940. A abordagem destaca três questões: o número significativo de projetos produzidos, suas características e suas referências projetuais. Nesse sentido, o trabalho aborda como se deu a apropriação e reelaboração das cidades-jardim em 14 empreendimentos ligados a fábricas, projetados por profissionais - sobretudo engenheiros e arquitetos - como Ângelo Bruhns, Lincoln Continentino, Ângelo Murgel, Attilio Correa Lima, Francisco Baptista de Oliveira, Abelardo Soares Caiuby e Romeu Duffles. Assinala como estratégias e procedimentos projetuais vinculados aos modelos espaciais das cidades-jardim foram, na maioria das vezes, aplicados de forma parcial e restrita, postura associada aos requisitos de economia que regem os empreendimentos industriais e à urgência como alguns destes conjuntos foram erguidos, exigindo - em alguns casos - que o plano se moldasse ao já construído ou em construção. Destaca o uso, em algumas dessas ocorrências, de fundamentos e ferramentas de projeto empregados e propostos por urbanistas como Barry Parker e Raymond Unwin, bem como as qualidades excepcionais do projeto da vila operária da Companhia Commercio e Navegação, localizada em Niterói (RJ), pela utilização abrangente desse método de projeto, integrando urbanismo, arquitetura e paisagem. |
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A cidade-jardim: os conjuntos residenciais de fábricas (Brasil, 1918-1953) The planning of the garden city and the company town (Brazil, 1918-1953) Este artigo analisa um conjunto de planos de vilas operárias e núcleos fabris concebidos no Brasil, seguindo - de forma mais ou menos fiel - postulados e ferramentas de projeto difundidos no âmbito do urbanismo das cidades-jardim. Mostra como o urbanismo das cidades-jardim encontrou campo de aplicação em projetos desta natureza no país na primeira metade do século XX, sobretudo nas décadas de 1920, 1930 e 1940. A abordagem destaca três questões: o número significativo de projetos produzidos, suas características e suas referências projetuais. Nesse sentido, o trabalho aborda como se deu a apropriação e reelaboração das cidades-jardim em 14 empreendimentos ligados a fábricas, projetados por profissionais - sobretudo engenheiros e arquitetos - como Ângelo Bruhns, Lincoln Continentino, Ângelo Murgel, Attilio Correa Lima, Francisco Baptista de Oliveira, Abelardo Soares Caiuby e Romeu Duffles. Assinala como estratégias e procedimentos projetuais vinculados aos modelos espaciais das cidades-jardim foram, na maioria das vezes, aplicados de forma parcial e restrita, postura associada aos requisitos de economia que regem os empreendimentos industriais e à urgência como alguns destes conjuntos foram erguidos, exigindo - em alguns casos - que o plano se moldasse ao já construído ou em construção. Destaca o uso, em algumas dessas ocorrências, de fundamentos e ferramentas de projeto empregados e propostos por urbanistas como Barry Parker e Raymond Unwin, bem como as qualidades excepcionais do projeto da vila operária da Companhia Commercio e Navegação, localizada em Niterói (RJ), pela utilização abrangente desse método de projeto, integrando urbanismo, arquitetura e paisagem. The paper analyzes a group of plans of mill villages and company towns designed in Brazil, following - more or less anchored - postulates and design tools disseminated within the planning of garden cities. Shows how the garden cities planning found scope in projects of this nature in the country in the first half of the twentieth century, especially in the 1920s, 1930s and 1940s. The approach highlights three issues: the significant number of projects produced, their characteristics and their projective references. In this sense, the work discusses how was the appropriation and reworking of garden cities in 14 developments related to factories, designed by professionals - especially engineers and architects - as Angelo Bruhns, Lincoln Continentino, Angelo Murgel, Attilio Correa Lima, Francisco Baptista de Oliveira, Abelardo Soares Caiuby e Romeo Duffles. Signalizes as strategies and procedures related to the spatial model of garden cities were most often applied in a partial and limited way, associated with the requirements of economy that govern industrial developments and with the urgency as some of these sets were erected, requiring - in some cases - that the plan needed to adjust to the already built or under construction. The paper lay emphasis on the application in some of these projects of principles and design tools used and proposed by planners as Barry Parker and Raymond Unwin, as well as the exceptional qualities of the design of the Commercio and Navigation Company housing development for comprehensive utilization of this method of design, integrating urbanism, architecture and landscape. Universidade de São Paulo. Museu Paulista2014-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/8677610.1590/0101-4714v22n1a06Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material; v. 22 n. 1 (2014); 161-1981982-02670101-4714reponame:Anais do Museu Paulista (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/86776/89778Copyright (c) 2018 Anais do Museu Paulista: História e Cultura Materialinfo:eu-repo/semantics/openAccessCorreia, Telma de Barros 2015-09-15T16:16:41Zoai:revistas.usp.br:article/86776Revistahttp://anais.mp.usp.br/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||anaismp@usp.br1982-02670101-4714opendoar:2015-09-15T16:16:41Anais do Museu Paulista (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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