Saúde sexual de mulheres seis meses após um evento de morbidade materna grave

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Lisiane Camargo
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Costa, Jessica Ribeiro, Monteiro, Juliana Cristina dos Santos, Gomes-Sponholz, Flávia Azevedo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
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Título da fonte: Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/182574
Resumo: Objetivo: investigar a função sexual feminina em mulheres seis meses pós-parto e comparar a função sexual entre mulheres que tiveram e que não tiveram morbidade materna grave (MMG). Método: estudo transversal, com 110 mulheres no período pós-parto, com e sem MMG. Foram utilizados dois instrumentos, um para caracterização das variáveis sociodemográficas e obstétricas e o Female Sexual Function Index (FSFI) para a função sexual. Foram realizadas análises univariada, bivariada e modelo de regressão. Resultados: os escores do FSFI mostraram 44,5% de disfunção sexual feminina, sendo 48,7% entre as mulheres que tiveram MMG e 42,0% entre as que não tiveram. Houve diferenças significativas entre idade (P=0,013) e duração da gravidez (P<0,001) entre as mulheres com ou sem MMG. Dentre os casos de MMG, os distúrbios hipertensivos foram os mais frequentes (83%). Obteve-se associação entre alguns domínios do FSFI e as variáveis: orgasmo e cor autorreferida, satisfação e tempo de relacionamento, e dor e MMG. Conclusão: mulheres brancas têm maior dificuldade de atingir orgasmo quando comparadas com mulheres não-brancas e mulheres com mais de 120 meses de relacionamento sentem-se mais insatisfeitas com a saúde sexual do que mulheres com menor tempo de relacionamento. Mulheres que tiveram algum tipo de MMG apresentam mais dispareunia quando comparadas com mulheres que não tiveram MMG.
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Resultados: os escores do FSFI mostraram 44,5% de disfunção sexual feminina, sendo 48,7% entre as mulheres que tiveram MMG e 42,0% entre as que não tiveram. Houve diferenças significativas entre idade (P=0,013) e duração da gravidez (P<0,001) entre as mulheres com ou sem MMG. Dentre os casos de MMG, os distúrbios hipertensivos foram os mais frequentes (83%). Obteve-se associação entre alguns domínios do FSFI e as variáveis: orgasmo e cor autorreferida, satisfação e tempo de relacionamento, e dor e MMG. Conclusão: mulheres brancas têm maior dificuldade de atingir orgasmo quando comparadas com mulheres não-brancas e mulheres com mais de 120 meses de relacionamento sentem-se mais insatisfeitas com a saúde sexual do que mulheres com menor tempo de relacionamento. Mulheres que tiveram algum tipo de MMG apresentam mais dispareunia quando comparadas com mulheres que não tiveram MMG.Objetivo: investigar la función sexual femenina en las mujeres seis meses después del parto y comparar la función sexual entre las mujeres que tenían y que no tenían morbilidad materna extrema (MME). Método: estudio transversal con 110 mujeres en el posparto, con y sin MME. Se utilizaron dos instrumentos, uno para la caracterización de variables sociodemográficas y obstétricas y el Índice de Female Sexual Function Index (FSFI) para la función sexual. Se realizaron análisis de modelos univariados, bivariados y modelo de regresión. Resultados: los puntajes del FSFI mostraron el 44.5% de la disfunción sexual femenina, de los cuales el 48.7% correspondió a mujeres que tenían MME y el 42% a las que no. Hubo diferencias significativas entre la edad (P = 0.013) y la duración del embarazo (P <0.001) entre mujeres con o sin MME. Entre los casos de MME, los trastornos hipertensivos fueron los más frecuentes (83%). Se obtuvo una asociación entre algunos dominios del FSFI y las variables: orgasmo y color autoinformado, satisfacción y duración de la relación, y dolor y MME. Conclusión: las mujeres blancas tienen mayor dificultad para alcanzar el orgasmo si se las compara con las mujeres no blancas y las mujeres con más de 120 meses de relación se sienten más insatisfechas con la salud sexual que las mujeres con menos tiempo de relación. Las mujeres que han tenido algún tipo de MME tienen más dispareunia en comparación con las mujeres que no han tenido MME.Objective: to investigate female sexual function in women six months postpartum and to compare sexual function among women who had and who did not have severe maternal morbidity (SMM). Method: a cross-sectional study conducted with 110 women in the postpartum period, with and without SMM. Two instruments were used, one for the characterization of sociodemographic and obstetric variables and the Female Sexual Function Index (FSFI) for sexual function. Univariate, bivariate and regression model analyses were performed. Results: FSFI scores showed 44.5% of female sexual dysfunction, of which 48.7% were among women who had SMM and 42.0% among those who had not. There were significant differences between age (P=0.013) and duration of pregnancy (P<0.001) between women with or without SMM. Among the cases of SMM, hypertensive disorders were the most frequent (83%). An association was obtained between some domains of the FSFI and the following variables: orgasm and self-reported skin color, satisfaction and length of relationship, and pain and SMM. Conclusion: white women have greater difficulty in reaching orgasm when compared to non-white women and women with more than 120 months of relationship feel more dissatisfied with sexual health than women with less time in a relationship. Women who have had some type of SMM have more dyspareunia when compared to women who have not had SMM.Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto2020-02-23info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/18257410.1590/1518-8345.3500.3293 Revista Latino-Americana de Enfermagem; v. 28 (2020); e3293Revista Latino-Americana de Enfermagem; Vol. 28 (2020); e3293Revista Latino-Americana de Enfermagem; Vol. 28 (2020); e32931518-83450104-1169reponame:Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPengspaporhttps://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/182574/169446https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/182574/169447https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/182574/169445Copyright (c) 2020 Revista Latino-Americana de Enfermagemhttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessAlves, Lisiane CamargoCosta, Jessica RibeiroMonteiro, Juliana Cristina dos SantosGomes-Sponholz, Flávia Azevedo2021-05-13T18:36:08Zoai:revistas.usp.br:article/182574Revistahttp://www.scielo.br/rlaePUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprlae@eerp.usp.br||shbcassi@eerp.usp.br1518-83450104-1169opendoar:2021-05-13T18:36:08Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
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