Associação entre comportamentos ofensivos e risco de burnout e de depressão em trabalhadores de saúde
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por eng spa |
Título da fonte: | Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/216063 |
Resumo: | Objetivo: avaliar a ocorrência de comportamentos ofensivos no trabalho, suas características e associação com o sexo, estresse, burnout e depressão em trabalhadores de saúde. Método: estudo transversal, descritivo, de natureza quantitativa, realizado com 125 trabalhadores do Sistema Único de Saúde brasileiro. Os dados foram coletados no período de junho de 2021 a abril de 2022, por meio de três questionários autoaplicáveis que avaliam as características pessoais e ocupacionais; comportamentos ofensivos, estresse e burnout e sintomas depressivos. Estatística descritiva, teste de associação Qui-Quadrado e análise de regressão logística foram aplicados. Resultados: 44% da amostra referiram 83 comportamentos, sendo as ameaças de violência mais frequentes (26%). Técnicos/auxiliares de enfermagem, enfermeiros e médicos foram os profissionais mais expostos. O principal agressor foi o paciente, exceto quanto ao bullying, perpetrado por colegas de trabalho (48%). Houve associação entre comportamentos ofensivos e burnout (OR: 4,73; IC 95%: 1,29-17,3; p=0,02) e entre comportamentos ofensivos e sintomas de depressão (OR: 1,05; IC 95%: 1,01-1,10; p=0,02). Conclusão: a ocorrência de comportamentos ofensivos no trabalho em saúde é frequente e característica; o burnout e os sintomas depressivos aumentaram, respectivamente, 4,73 e 1,05 vezes as chances de o trabalhador sofrer estes comportamentos ofensivos no ambiente de trabalho. |
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Associação entre comportamentos ofensivos e risco de burnout e de depressão em trabalhadores de saúdeAsociación entre comportamientos ofensivos y riesgo de burnout y depresión en trabajadores de la saludAssociation between offensive behaviors and burnout and depression risks in health workersWorkplace Violence; Depression; Professional Burnout; Occupational Health; Working Conditions; Occupational RisksViolencia Laboral; Depresión; Agotamiento Profesional; Salud Laboral; Condiciones de Trabajo; Riesgos LaboralesViolência no Trabalho; Depressão; Esgotamento Profissional; Saúde do Trabalhador; Condições de Trabalho; Riscos OcupacionaisObjetivo: avaliar a ocorrência de comportamentos ofensivos no trabalho, suas características e associação com o sexo, estresse, burnout e depressão em trabalhadores de saúde. Método: estudo transversal, descritivo, de natureza quantitativa, realizado com 125 trabalhadores do Sistema Único de Saúde brasileiro. Os dados foram coletados no período de junho de 2021 a abril de 2022, por meio de três questionários autoaplicáveis que avaliam as características pessoais e ocupacionais; comportamentos ofensivos, estresse e burnout e sintomas depressivos. Estatística descritiva, teste de associação Qui-Quadrado e análise de regressão logística foram aplicados. Resultados: 44% da amostra referiram 83 comportamentos, sendo as ameaças de violência mais frequentes (26%). Técnicos/auxiliares de enfermagem, enfermeiros e médicos foram os profissionais mais expostos. O principal agressor foi o paciente, exceto quanto ao bullying, perpetrado por colegas de trabalho (48%). Houve associação entre comportamentos ofensivos e burnout (OR: 4,73; IC 95%: 1,29-17,3; p=0,02) e entre comportamentos ofensivos e sintomas de depressão (OR: 1,05; IC 95%: 1,01-1,10; p=0,02). Conclusão: a ocorrência de comportamentos ofensivos no trabalho em saúde é frequente e característica; o burnout e os sintomas depressivos aumentaram, respectivamente, 4,73 e 1,05 vezes as chances de o trabalhador sofrer estes comportamentos ofensivos no ambiente de trabalho.Objetivo: evaluar la incidencia de conductas ofensivas en el trabajo, las características y la asociación con el sexo, el estrés, el burnout y la depresión en trabajadores de la salud. Método: estudio transversal, descriptivo, cuantitativo, realizado con 125 trabajadores del Sistema Único de Salud brasileño. Los datos fueron recolectados entre junio de 2021 y abril de 2022, por medio de tres cuestionarios autoadministrados que evalúan características personales y ocupacionales; comportamientos ofensivos, estrés y burnout y síntomas de depresión. Se aplicó estadística descriptiva, prueba de asociación chi-cuadrado y análisis de regresión logística. Resultados: el 44% de la muestra declararon 83 conductas y las amenazas de violencia fueron las más frecuentes (26%). Técnicos/auxiliares de enfermería, enfermeros y médicos fueron los profesionales más expuestos. El principal agresor fue el paciente; excepto en el caso del bullying, que fue perpetrado por los compañeros de trabajo (48%). Hubo asociación entre conductas ofensivas y burnout (OR: 4,73; IC 95%: 1,29-17,3; p=0,02) y entre conductas ofensivas y síntomas de depresión (OR: 1,05; IC 95%: 1,01-1,10; p=0,02). Conclusión: la práctica de conductas ofensivas en el trabajo en salud es frecuente y característica; el burnout y los síntomas de depresión aumentaron, respectivamente, 4,73 y 1,05 veces las posibilidades de que el trabajador sufriera esas conductas ofensivas en el ambiente de trabajo.Objective: to evaluate the occurrence of offensive behaviors at work, their characteristics and association with sex, stress, burnout and depression in health workers. Method: a cross-sectional, descriptive and quantitative study carried out with 125 workers from the Brazilian Unified Health System. The data were collected from June 2021 to April 2022 through three self-applied questionnaires that assess personal and occupational characteristics; offensive behaviors, stress and burnout; and depressive symptoms. Descriptive statistics, the chi-square association test and logistic regression analysis were applied. Results: 44% of the sample reported 83 behaviors, with threats of violence as the most frequent ones (26%). Nursing technicians/assistants, nurses and physicians were the most exposed professionals. The main aggressors were the patients, except for bullying, which was perpetrated by co-workers (48%). There was an association between offensive behaviors and burnout (OR: 4.73; 95% CI: 1.29-17.3; p=0.02) and between offensive behaviors and depression symptoms (OR: 1.05; 95% CI: 1.01-1.10; p=0.02). Conclusion: the occurrence of offensive behaviors in health work is frequent and characteristic and burnout and depressive symptoms respectively increased 4.73 and 1.05 times the chances of workers suffering these offensive behaviors in the work environment.Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto2023-09-18info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/21606310.1590/1518-8345.6683.3988Revista Latino-Americana de Enfermagem; v. 31 (2023); e3988Revista Latino-Americana de Enfermagem; Vol. 31 (2023); e3988Revista Latino-Americana de Enfermagem; Vol. 31 (2023); e39881518-83450104-1169reponame:Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporengspahttps://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/216063/198117https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/216063/198118https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/216063/198119https://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessRohwedder, Luiza SalvadorSilva, Fabio Leandro daAlbuquerque, Bianca BiasonSousa, RosângelaSato, Tatiana de OliveiraMininel, Vivian Aline2023-09-18T14:49:09Zoai:revistas.usp.br:article/216063Revistahttp://www.scielo.br/rlaePUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprlae@eerp.usp.br||shbcassi@eerp.usp.br1518-83450104-1169opendoar:2023-09-18T14:49:09Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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