Violência recorrente contra adolescentes: uma análise das notificações

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leite, Franciéle Marabotti Costa
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Pinto, Isaura Barros Alves, Luis, Mayara Alves, Iltchenco Filho, José Henrique, Laignier, Mariana Rabello, Lopes-Júnior, Luís Carlos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
spa
por
Título da fonte: Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/204250
Resumo: Objetivo: identificar a frequência de casos notificados de violência recorrente contra adolescentes e sua associação com as características da vítima, da violência e dos agressores. Método: estudo transversal, realizado com os dados notificados de violências contra adolescentes, produzidos pela Vigilância Epidemiológica e registrados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN), no período de 2011 a 2018, no estado do Espírito Santo, Brasil. Resultados: a frequência de violência recorrente contra adolescentes foi de 46,4%. Observou-se maior recorrência desse agravo no grupo de meninas (RP: 1,26; IC95%: 1,15-1,38), na faixa de 10 a 14 anos de idade (RP: 1,20; IC95%: 1,13-1,28), e, pessoas com alguma deficiência/transtorno (RP:1,52; IC95%: 1,42-1,62). A violência psicológica/negligência foi 30% mais prevalente de recorrência do que a violência autoprovocada. A residência foi o local de maior ocorrência (RP: 1,56; IC95%: 1,37-1,77). Verificou-se prevalência 1,11 vezes maior de violência recorrente praticada por agressores com 20 anos de idade ou mais e uma evidência maior em agressores do sexo masculino (IC95%: 0,97-1,17). Conclusão: a violência recorrente esteve associada às características das vítimas, do agressor e do evento. A intersetorialidade em saúde para a redução dos casos de reincidência da violência é crucial.
id USP-38_b3e33ff58518814befc7fc3086f14aad
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/204250
network_acronym_str USP-38
network_name_str Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online)
repository_id_str
spelling Violência recorrente contra adolescentes: uma análise das notificaçõesRecurring violence against adolescents: an analysis of notificationsViolencia recurrente contra adolescentes: un análisis de las notificacionesAdolescent; Violence; Exposure to Violence; Recurrence; Health Information Systems; NursingAdolescente; Violencia; Exposición a la Violencia; Recurrencia; Sistemas de Información en Salud; EnfermeríaAdolescente; Violência; Exposição à Violência; Recorrência; Sistemas de Informação em Saúde; EnfermagemObjetivo: identificar a frequência de casos notificados de violência recorrente contra adolescentes e sua associação com as características da vítima, da violência e dos agressores. Método: estudo transversal, realizado com os dados notificados de violências contra adolescentes, produzidos pela Vigilância Epidemiológica e registrados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN), no período de 2011 a 2018, no estado do Espírito Santo, Brasil. Resultados: a frequência de violência recorrente contra adolescentes foi de 46,4%. Observou-se maior recorrência desse agravo no grupo de meninas (RP: 1,26; IC95%: 1,15-1,38), na faixa de 10 a 14 anos de idade (RP: 1,20; IC95%: 1,13-1,28), e, pessoas com alguma deficiência/transtorno (RP:1,52; IC95%: 1,42-1,62). A violência psicológica/negligência foi 30% mais prevalente de recorrência do que a violência autoprovocada. A residência foi o local de maior ocorrência (RP: 1,56; IC95%: 1,37-1,77). Verificou-se prevalência 1,11 vezes maior de violência recorrente praticada por agressores com 20 anos de idade ou mais e uma evidência maior em agressores do sexo masculino (IC95%: 0,97-1,17). Conclusão: a violência recorrente esteve associada às características das vítimas, do agressor e do evento. A intersetorialidade em saúde para a redução dos casos de reincidência da violência é crucial.Objetivo: identificar la frecuencia de casos notificados de violencia recurrente contra adolescentes y su asociación con las características de la víctima, de la violencia y de los agresores. Método: estudio transversal, realizado con los datos notificados de violencias contra adolescentes, producidos por la Vigilancia Epidemiológica y registrados en el Sistema de Información de Agravamientos de Notificación (SINAN), de 2011 a 2018, en el estado de Espírito Santo, Brasil. Resultados: la frecuencia de violencia recurrente contra adolescentes fue de 46,4%. Se observó una mayor recurrencia de este agravio en el grupo de niñas (RP: 1,26; IC 95%: 1,15-1.38), en el rango de 10 a 14 años de edad (RP: 1,20; IC 95%: 1,13-1,28), y, personas con discapacidad/trastorno (RP:1,52; IC del 95%: 1,42-1,62). La violencia psicológica/negligencia fue un 30 % más frecuente en la recurrencia que la violencia autoinfligida. La residencia fue el lugar de mayor ocurrencia (RP: 1,56; IC del 95%: 1,37-1,77). Hubo una prevalencia 1,11 veces mayor de violencia recurrente cometida por agresores de 20 años o más y mayor evidencia en agresores masculinos (IC95%: 0,97-1,17). Conclusión: la violencia recurrente se asoció con las características de las víctimas, el agresor y el evento. La intersectorialidad en salud para reducir los casos de reincidencia de la violencia es crucial.Objetivo: identificar a frequência de casos notificados de violência recorrente contra adolescentes e sua associação com as características da vítima, da violência e dos agressores. Método: estudo transversal, realizado com os dados notificados de violências contra adolescentes, produzidos pela Vigilância Epidemiológica e registrados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN), no período de 2011 a 2018, no estado do Espírito Santo, Brasil. Resultados: a frequência de violência recorrente contra adolescentes foi de 46,4%. Observou-se maior recorrência desse agravo no grupo de meninas (RP: 1,26; IC95%: 1,15-1,38), na faixa de 10 a 14 anos de idade (RP: 1,20; IC95%: 1,13-1,28), e, pessoas com alguma deficiência/transtorno (RP:1,52; IC95%: 1,42-1,62). A violência psicológica/negligência foi 30% mais prevalente de recorrência do que a violência autoprovocada. A residência foi o local de maior ocorrência (RP: 1,56; IC95%: 1,37-1,77). Verificou-se prevalência 1,11 vezes maior de violência recorrente praticada por agressores com 20 anos de idade ou mais e uma evidência maior em agressores do sexo masculino (IC95%: 0,97-1,17). Conclusão: a violência recorrente esteve associada às características das vítimas, do agressor e do evento. A intersetorialidade em saúde para a redução dos casos de reincidência da violência é crucial.Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto2022-09-21info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/20425010.1590/1518-8345.6277.3682Revista Latino-Americana de Enfermagem; v. 30 (2022); e3682Revista Latino-Americana de Enfermagem; Vol. 30 (2022); e3682Revista Latino-Americana de Enfermagem; Vol. 30 (2022); e36821518-83450104-1169reponame:Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPengspaporhttps://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/204250/187893https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/204250/187894https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/204250/187892https://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessLeite, Franciéle Marabotti Costa Pinto, Isaura Barros Alves Luis, Mayara Alves Iltchenco Filho, José Henrique Laignier, Mariana Rabello Lopes-Júnior, Luís Carlos 2022-11-08T14:12:38Zoai:revistas.usp.br:article/204250Revistahttp://www.scielo.br/rlaePUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprlae@eerp.usp.br||shbcassi@eerp.usp.br1518-83450104-1169opendoar:2022-11-08T14:12:38Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Violência recorrente contra adolescentes: uma análise das notificações
Recurring violence against adolescents: an analysis of notifications
Violencia recurrente contra adolescentes: un análisis de las notificaciones
title Violência recorrente contra adolescentes: uma análise das notificações
spellingShingle Violência recorrente contra adolescentes: uma análise das notificações
Leite, Franciéle Marabotti Costa
Adolescent; Violence; Exposure to Violence; Recurrence; Health Information Systems; Nursing
Adolescente; Violencia; Exposición a la Violencia; Recurrencia; Sistemas de Información en Salud; Enfermería
Adolescente; Violência; Exposição à Violência; Recorrência; Sistemas de Informação em Saúde; Enfermagem
title_short Violência recorrente contra adolescentes: uma análise das notificações
title_full Violência recorrente contra adolescentes: uma análise das notificações
title_fullStr Violência recorrente contra adolescentes: uma análise das notificações
title_full_unstemmed Violência recorrente contra adolescentes: uma análise das notificações
title_sort Violência recorrente contra adolescentes: uma análise das notificações
author Leite, Franciéle Marabotti Costa
author_facet Leite, Franciéle Marabotti Costa
Pinto, Isaura Barros Alves
Luis, Mayara Alves
Iltchenco Filho, José Henrique
Laignier, Mariana Rabello
Lopes-Júnior, Luís Carlos
author_role author
author2 Pinto, Isaura Barros Alves
Luis, Mayara Alves
Iltchenco Filho, José Henrique
Laignier, Mariana Rabello
Lopes-Júnior, Luís Carlos
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Leite, Franciéle Marabotti Costa
Pinto, Isaura Barros Alves
Luis, Mayara Alves
Iltchenco Filho, José Henrique
Laignier, Mariana Rabello
Lopes-Júnior, Luís Carlos
dc.subject.por.fl_str_mv Adolescent; Violence; Exposure to Violence; Recurrence; Health Information Systems; Nursing
Adolescente; Violencia; Exposición a la Violencia; Recurrencia; Sistemas de Información en Salud; Enfermería
Adolescente; Violência; Exposição à Violência; Recorrência; Sistemas de Informação em Saúde; Enfermagem
topic Adolescent; Violence; Exposure to Violence; Recurrence; Health Information Systems; Nursing
Adolescente; Violencia; Exposición a la Violencia; Recurrencia; Sistemas de Información en Salud; Enfermería
Adolescente; Violência; Exposição à Violência; Recorrência; Sistemas de Informação em Saúde; Enfermagem
description Objetivo: identificar a frequência de casos notificados de violência recorrente contra adolescentes e sua associação com as características da vítima, da violência e dos agressores. Método: estudo transversal, realizado com os dados notificados de violências contra adolescentes, produzidos pela Vigilância Epidemiológica e registrados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN), no período de 2011 a 2018, no estado do Espírito Santo, Brasil. Resultados: a frequência de violência recorrente contra adolescentes foi de 46,4%. Observou-se maior recorrência desse agravo no grupo de meninas (RP: 1,26; IC95%: 1,15-1,38), na faixa de 10 a 14 anos de idade (RP: 1,20; IC95%: 1,13-1,28), e, pessoas com alguma deficiência/transtorno (RP:1,52; IC95%: 1,42-1,62). A violência psicológica/negligência foi 30% mais prevalente de recorrência do que a violência autoprovocada. A residência foi o local de maior ocorrência (RP: 1,56; IC95%: 1,37-1,77). Verificou-se prevalência 1,11 vezes maior de violência recorrente praticada por agressores com 20 anos de idade ou mais e uma evidência maior em agressores do sexo masculino (IC95%: 0,97-1,17). Conclusão: a violência recorrente esteve associada às características das vítimas, do agressor e do evento. A intersetorialidade em saúde para a redução dos casos de reincidência da violência é crucial.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-09-21
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/204250
10.1590/1518-8345.6277.3682
url https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/204250
identifier_str_mv 10.1590/1518-8345.6277.3682
dc.language.iso.fl_str_mv eng
spa
por
language eng
spa
por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/204250/187893
https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/204250/187894
https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/204250/187892
dc.rights.driver.fl_str_mv https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
dc.source.none.fl_str_mv Revista Latino-Americana de Enfermagem; v. 30 (2022); e3682
Revista Latino-Americana de Enfermagem; Vol. 30 (2022); e3682
Revista Latino-Americana de Enfermagem; Vol. 30 (2022); e3682
1518-8345
0104-1169
reponame:Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online)
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online)
collection Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online) - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv rlae@eerp.usp.br||shbcassi@eerp.usp.br
_version_ 1800222856962899968