Origem do nome "América" e o Brasil na cartografia quinhentista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Papavero, Nelson; Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Portal de Livros Abertos da USP
Texto Completo: https://www.livrosabertos.abcd.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/282
Resumo: O nome “América”, aplicado ao que é agora a América do Sul, foi cunhado por Waldseemüller (1507), baseado na crença errônea de haver sido descoberto o “Novo Mundo” por Amerigo Vespucci. Após ter lido a versão de Montalboddo (1507) do relato do Piloto Anônimo, descrevendo a viagem de Pedro Álvares Cabral, em sua Carta marina (Waldessemüller, 1517) quis descartar o nome “América”, substituindo-o por Brasilia sive Terra Papagalli. Mas autores subsequentes (p. ex. Lorenz Fries (1522), Willibald Pirckheimer (1525), Franciscus Monachus (ca. 1526) e Gemma Frisius (1544)) continuaram a empregar o nome “América”, que perdura até hoje. Mercator (1538) foi o primeiro a separar a “América” numa parte setentrional e outra meridional. Quanto ao nome “Brasil”, como nome do país, ele aparece por primeira vez, tanto quanto se saiba, num globo terrestre feito com duas metades de ovos de avestruz, datado de 1504 (“TERRA DE BRAZIL, MVNDVS NOVVS, TERRAE SANCTAE CRUCIS”), antecedendo a primeira citação registrada num manuscrito, o Llyuro da náoo bertoa que vay para a terra do brazyll de 1511. Sessenta outros mapas quinhentistas são também acrescentados, mostrando as variações do nome “Brasil”.
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