Variáveis que sustentam o período atual de produção de bioetanol
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Administração e Inovação |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rai/article/view/79253 |
Resumo: | A produção de bioetanol no Brasil ganhou um grande impulso nos últimos anos. Os números mostram que a produção saltou de pouco mais de 10 bilhões de litros no início dos anos 2000 para 27,5 bilhões de litros em 2009. Nos anos 70 a produção de bioetanol teve um impulso semelhante, mas entrou em crise a partir de 1986. Diante do ocorrido cabe fazer algumas perguntas: A produção de bioetanol poderá entrar em crise à semelhança do que ocorreu no Proálcool? Que variáveis que sustentam o período atual de produção de bioetanol e estas são diferentes daquelas que sustentavam o Proálcool? O objetivo deste artigo foi identificar variáveis que, nas perspectivas dos principais agentes da cadeia produtiva de bioetanol na microrregião de Piracicaba-SP, provocaram a crise do Proálcool e verificar se existem variáveis que podem sustentar o crescimento atual. A pesquisa, de natureza quantitativa, foi realizada com os agentes que produzem e distribuem o produto. Foi constatado que duas variáveis provocaram a crise do Proálcool: “a queda do preço do petróleo” e “o pequeno interesse internacional pelo etanol”. E seis variáveis: “vendas de veículos flexfuel”, “acordos de redução de emissões de dióxido de carbono para conter o aquecimento global que estão motivando a substituição do álcool pela gasolina”, novas tecnologias como: uso de bagaço de cana para a produção de álcool e energia elétrica”, “experiência desenvolvida no Proálcool”, “exigências legais para adição de álcool a gasolina em vários países do mundo” e “interesse internacional pelo etanol brasileiro”, que não estavam presentes na época do Proálcool, estão sustentando o crescimento de produção do bioetanol atualmente no Brasil. Dessa forma, conclui-se que, segundo a ótica dos envolvidos com o setor, a produção de álcool combustível não irá desacelerar como ocorreu no Proálcool. |
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Variáveis que sustentam o período atual de produção de bioetanolVARIABLES THAT SUPPORT THE CURRENT PERIOD OF BIOETHANOL PRODUCTION DOI:10.5773/rai.v1i1.637BioethanolProálcoolProduction chainFlex vehicleClean fuel.BioetanolProálcoolCadeia produtivaVeículo flexCombustível limpo.A produção de bioetanol no Brasil ganhou um grande impulso nos últimos anos. Os números mostram que a produção saltou de pouco mais de 10 bilhões de litros no início dos anos 2000 para 27,5 bilhões de litros em 2009. Nos anos 70 a produção de bioetanol teve um impulso semelhante, mas entrou em crise a partir de 1986. Diante do ocorrido cabe fazer algumas perguntas: A produção de bioetanol poderá entrar em crise à semelhança do que ocorreu no Proálcool? Que variáveis que sustentam o período atual de produção de bioetanol e estas são diferentes daquelas que sustentavam o Proálcool? O objetivo deste artigo foi identificar variáveis que, nas perspectivas dos principais agentes da cadeia produtiva de bioetanol na microrregião de Piracicaba-SP, provocaram a crise do Proálcool e verificar se existem variáveis que podem sustentar o crescimento atual. A pesquisa, de natureza quantitativa, foi realizada com os agentes que produzem e distribuem o produto. Foi constatado que duas variáveis provocaram a crise do Proálcool: “a queda do preço do petróleo” e “o pequeno interesse internacional pelo etanol”. E seis variáveis: “vendas de veículos flexfuel”, “acordos de redução de emissões de dióxido de carbono para conter o aquecimento global que estão motivando a substituição do álcool pela gasolina”, novas tecnologias como: uso de bagaço de cana para a produção de álcool e energia elétrica”, “experiência desenvolvida no Proálcool”, “exigências legais para adição de álcool a gasolina em vários países do mundo” e “interesse internacional pelo etanol brasileiro”, que não estavam presentes na época do Proálcool, estão sustentando o crescimento de produção do bioetanol atualmente no Brasil. Dessa forma, conclui-se que, segundo a ótica dos envolvidos com o setor, a produção de álcool combustível não irá desacelerar como ocorreu no Proálcool.The production of bioethanol in Brazil has received a big boost in recent years. The figures show that production jumped from just over 10 billion liters in the early 2000s to 27.5 billion liters in 2009. In the 1970s, the production of bioethanol had a similar impulse, but fell into crisis after 1986. In the face of this, questions arose: Might the production of bioethanol enter into a crisis similar to that which occurred in the Alcohol Program (Proálcool)? What variables that underpin the current period of bioethanol production are different from those that supported the Alcohol Program? The aim of this paper was to identify variables which, from the perspectives of key players in the chain of bioethanol production in the microregion of Piracicaba-SP, caused the crisis of Proálcool, and to see if there are variables that can sustain the current growth. The research, which was quantitative, was performed with agents that produce and distribute the product. It was found that two variables caused the crisis of the Alcohol Program: "the falling price of oil" and "little international interest in ethanol." And six variables, i.e. "flex-fuel vehicle sales," “agreements to reduce emissions of carbon dioxide to slow global warming that are driving the substitution of gasoline for ethanol,” “new technologies such as the use of bagasse for the production of alcohol and electricity,” “the experience amassed from the Alcohol Program,” “legal requirements for adding alcohol to gasoline in many countries” and “international interest in Brazilian ethanol,” which were not present at the time of the Alcohol Program, are sustaining the growth of bioethanol production in Brazil today. Thus, we conclude that, from the perspective of those involved with the industry, the production of ethanol fuel will not slow, as occurred in the period of the Alcohol Program.Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade2012-04-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rai/article/view/79253INMR - Innovation & Management Review; v. 9 n. 1 (2012); 126-1402515-8961reponame:Revista de Administração e Inovaçãoinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/rai/article/view/79253/83324Bragion, NivaldoSantos, Antônio Carlos dosinfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-06-16T17:55:23Zoai:revistas.usp.br:article/79253Revistahttp://www.viannajr.edu.br/wp-content/uploads/2016/01/raiPUBhttp://www.revistas.usp.br/viaatlantica/oairevistarai@usp.br||tatianepgt@revistarai.org1809-20391809-2039opendoar:2016-06-16T17:55:23Revista de Administração e Inovação - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A produção de bioetanol no Brasil ganhou um grande impulso nos últimos anos. Os números mostram que a produção saltou de pouco mais de 10 bilhões de litros no início dos anos 2000 para 27,5 bilhões de litros em 2009. Nos anos 70 a produção de bioetanol teve um impulso semelhante, mas entrou em crise a partir de 1986. Diante do ocorrido cabe fazer algumas perguntas: A produção de bioetanol poderá entrar em crise à semelhança do que ocorreu no Proálcool? Que variáveis que sustentam o período atual de produção de bioetanol e estas são diferentes daquelas que sustentavam o Proálcool? O objetivo deste artigo foi identificar variáveis que, nas perspectivas dos principais agentes da cadeia produtiva de bioetanol na microrregião de Piracicaba-SP, provocaram a crise do Proálcool e verificar se existem variáveis que podem sustentar o crescimento atual. A pesquisa, de natureza quantitativa, foi realizada com os agentes que produzem e distribuem o produto. Foi constatado que duas variáveis provocaram a crise do Proálcool: “a queda do preço do petróleo” e “o pequeno interesse internacional pelo etanol”. E seis variáveis: “vendas de veículos flexfuel”, “acordos de redução de emissões de dióxido de carbono para conter o aquecimento global que estão motivando a substituição do álcool pela gasolina”, novas tecnologias como: uso de bagaço de cana para a produção de álcool e energia elétrica”, “experiência desenvolvida no Proálcool”, “exigências legais para adição de álcool a gasolina em vários países do mundo” e “interesse internacional pelo etanol brasileiro”, que não estavam presentes na época do Proálcool, estão sustentando o crescimento de produção do bioetanol atualmente no Brasil. Dessa forma, conclui-se que, segundo a ótica dos envolvidos com o setor, a produção de álcool combustível não irá desacelerar como ocorreu no Proálcool. |
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