Marginalidade, etnicidade e penalidade na cidade neoliberal: uma cartografia analítica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Tempo Social (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/97975 |
Resumo: | Este artigo elabora uma cartografia analítica do programa de pesquisa perseguido ao longo dos três livros do autor: Urban outcasts (2008), Punishing the poor (2009) e Deadly symbiosis: race and the rise of the penal State (no prelo). Nessa trilogia, são desfeitos os nexos triangulares entre fragmentação de classe, divisão étnica e remodelagem do Estado na cidade polarizada, na virada do século, para explicar a produção política, a distribuição socioespacial e a gestão punitiva da marginalidade mediante o acoplamento de políticas sociais disciplinares e de justiça criminal neutralizante. Indico como utilizei noções-chave de Pierre Bourdieu (espaço social, campo burocrático, poder simbólico) para clarificar categorias que permaneceram fluidas (como a de gueto) e forjar novos conceitos (estigmatização territorial e marginalidade avançada, contenção punitiva e paternalismo liberal, hiperencarceramento e sociodiceia negativa) como ferramentas para uma sociologia comparada da gênese inconclusa do precariado pós-industrial, da regulação penal da pobreza na era da insegurança social difusa e da construção do Leviatã neoliberal. |
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Marginalidade, etnicidade e penalidade na cidade neoliberal: uma cartografia analítica Marginality, ethnicity and penality in the neoliberal city: an analytic cartography Este artigo elabora uma cartografia analítica do programa de pesquisa perseguido ao longo dos três livros do autor: Urban outcasts (2008), Punishing the poor (2009) e Deadly symbiosis: race and the rise of the penal State (no prelo). Nessa trilogia, são desfeitos os nexos triangulares entre fragmentação de classe, divisão étnica e remodelagem do Estado na cidade polarizada, na virada do século, para explicar a produção política, a distribuição socioespacial e a gestão punitiva da marginalidade mediante o acoplamento de políticas sociais disciplinares e de justiça criminal neutralizante. Indico como utilizei noções-chave de Pierre Bourdieu (espaço social, campo burocrático, poder simbólico) para clarificar categorias que permaneceram fluidas (como a de gueto) e forjar novos conceitos (estigmatização territorial e marginalidade avançada, contenção punitiva e paternalismo liberal, hiperencarceramento e sociodiceia negativa) como ferramentas para uma sociologia comparada da gênese inconclusa do precariado pós-industrial, da regulação penal da pobreza na era da insegurança social difusa e da construção do Leviatã neoliberal. This article draws an analytic map of the research programme pursued across my three books Urban Outcasts (2008), Punishing the Poor (2009), and Deadly Symbiosis: Race and the Rise of the Penal State (in press). In this trilogy, I disentangle the triangular nexus of class fragmentation, ethnic division, and state-crafting in the polarizing city at century's turn to explain the political production, sociospatial distribution, and punitive management of marginality through the wedding of disciplinary social policy and neutralizing criminal justice. I signpost how I deployed key notions from Pierre Bourdieu (social space, bureaucratic field, symbolic power) to clarify categories left hazy (such as the ghetto) and to forge new concepts (territorial stigmatization and advanced marginality, punitive containment and liberal paternalism, hyperincarceration and negative sociodicy) as tools for the comparative sociology of the unfinished genesis of the post-industrial precariat, the penal regulation of poverty in the age of diffusing social insecurity, and the building of the neo-liberal Leviathan. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2014-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/9797510.1590/S0103-20702014000200009Tempo Social; Vol. 26 No. 2 (2014); 139-164Tempo Social; v. 26 n. 2 (2014); 139-164Tempo Social; Vol. 26 Núm. 2 (2014); 139-1641809-45540103-2070reponame:Tempo Social (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/97975/96775Copyright (c) 2015 Tempo Socialhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessWacquant, Loïc2023-05-16T14:59:06Zoai:revistas.usp.br:article/97975Revistahttps://www.revistas.usp.br/ts/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptemposoc@edu.usp.br1809-45540103-2070opendoar:2023-05-16T14:59:06Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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