Os Anarquistas: Duas Gerações Distanciadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Simão, Azis
Data de Publicação: 1989
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Tempo Social (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/83320
Resumo: O ensaio compara dois momentos do anarquismo no Brasil, intervalados por três décadas. Embora o pensamento libertário se tenha preservado em essência, ocorreram alterações quanto à quantidade e origem social dos adeptos, à situação do movimento na sociedade industrial moderna, às relações institucionais e técnicas de ação social. Em termos gerais, o terreno de semeadura do anarquismo passou da classe operária e do sindicato às classes médias e à universidade. Só agora se inicia a formação de algumas minúsculas lgas operárias nos moldes do anarco-sindicalismo. Disto resultam problemas que ferem princípios e práticas elaborados pelo anarquismo originário. Doutra parte, foi rompida a mútua marginalização que no passado se faziam o Estado e o operariado, o que favorecia o anti-estatismo libertário. O ingresso do proletariado no espaço do Estado, através do sindicato oficial e do partido político, sem ressonância naquela classe a conclamação anti-estatal libertária. Bloqueado pelo sindicato único e recusando a organização partidária, o anarquismo tende a ficar no plano dos movimentos sociais.
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