O muro invisível: a nacionalidade como discurso reificado na fronteira Brasil-Bolívia
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Tempo Social (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/78769 |
Resumo: | Este artigo procura entender, a partir de pesquisa etnográfica, em que medida a nacionalidade constitui uma categoria central na vida dos moradores fronteiriços e como e em que momentos o discurso da identidade nacional se impõe como principal fator explicativo para conflitos e interações sociais na fronteira, adquirindo eficácia e poder. Este discurso que divide os moradores da fronteira entre bolivianos, de um lado, e brasileiros, de outro, é uma construção identitária contextual e que explicita as relações de poder e de disputa por bens materiais e imateriais. Se há nesta fronteira, certamente, espaços sociais de circulação, de fluxos e trocas, que vão muito além da economia, podemos afirmar que existe também a construção simbólica de outras fronteiras, as quais reificam preconceitos na região. |
id |
USP-41_56011dbd2107cfc70cda4421b528e44e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/78769 |
network_acronym_str |
USP-41 |
network_name_str |
Tempo Social (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
O muro invisível: a nacionalidade como discurso reificado na fronteira Brasil-Bolívia The invisible wall: nationality as a reified discourse on the Brazil-Bolivia border Este artigo procura entender, a partir de pesquisa etnográfica, em que medida a nacionalidade constitui uma categoria central na vida dos moradores fronteiriços e como e em que momentos o discurso da identidade nacional se impõe como principal fator explicativo para conflitos e interações sociais na fronteira, adquirindo eficácia e poder. Este discurso que divide os moradores da fronteira entre bolivianos, de um lado, e brasileiros, de outro, é uma construção identitária contextual e que explicita as relações de poder e de disputa por bens materiais e imateriais. Se há nesta fronteira, certamente, espaços sociais de circulação, de fluxos e trocas, que vão muito além da economia, podemos afirmar que existe também a construção simbólica de outras fronteiras, as quais reificam preconceitos na região. Based on ethnographic research, this article looks to understand the extent to which nationality comprises a central category in the life of residents of border regions and how and at what moments the discourse of national identity manifests as the principal factor explaining conflicts and social interactions on the frontier, acquiring efficacy and power. This discourse, which divides the border zone residents into Bolivians on one side and Brazilians on the other, is a contextual identity construction that makes explicit the power relations involved in disputes for material and immaterial goods. While there are undoubtedly social spaces of circulation, flows and exchanges on this border that extend far beyond the economy, we can observe that other borders are socially constructed that reify prejudices in the region. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2013-11-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/7876910.1590/S0103-20702013000200008Tempo Social; Vol. 25 No. 2 (2013); 141-156Tempo Social; v. 25 n. 2 (2013); 141-156Tempo Social; Vol. 25 Núm. 2 (2013); 141-1561809-45540103-2070reponame:Tempo Social (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/78769/82821Copyright (c) 2015 Tempo Socialhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCosta, Gustavo Villela Lima da2023-05-18T13:02:40Zoai:revistas.usp.br:article/78769Revistahttps://www.revistas.usp.br/ts/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptemposoc@edu.usp.br1809-45540103-2070opendoar:2023-05-18T13:02:40Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O muro invisível: a nacionalidade como discurso reificado na fronteira Brasil-Bolívia The invisible wall: nationality as a reified discourse on the Brazil-Bolivia border |
title |
O muro invisível: a nacionalidade como discurso reificado na fronteira Brasil-Bolívia |
spellingShingle |
O muro invisível: a nacionalidade como discurso reificado na fronteira Brasil-Bolívia Costa, Gustavo Villela Lima da |
title_short |
O muro invisível: a nacionalidade como discurso reificado na fronteira Brasil-Bolívia |
title_full |
O muro invisível: a nacionalidade como discurso reificado na fronteira Brasil-Bolívia |
title_fullStr |
O muro invisível: a nacionalidade como discurso reificado na fronteira Brasil-Bolívia |
title_full_unstemmed |
O muro invisível: a nacionalidade como discurso reificado na fronteira Brasil-Bolívia |
title_sort |
O muro invisível: a nacionalidade como discurso reificado na fronteira Brasil-Bolívia |
author |
Costa, Gustavo Villela Lima da |
author_facet |
Costa, Gustavo Villela Lima da |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Costa, Gustavo Villela Lima da |
description |
Este artigo procura entender, a partir de pesquisa etnográfica, em que medida a nacionalidade constitui uma categoria central na vida dos moradores fronteiriços e como e em que momentos o discurso da identidade nacional se impõe como principal fator explicativo para conflitos e interações sociais na fronteira, adquirindo eficácia e poder. Este discurso que divide os moradores da fronteira entre bolivianos, de um lado, e brasileiros, de outro, é uma construção identitária contextual e que explicita as relações de poder e de disputa por bens materiais e imateriais. Se há nesta fronteira, certamente, espaços sociais de circulação, de fluxos e trocas, que vão muito além da economia, podemos afirmar que existe também a construção simbólica de outras fronteiras, as quais reificam preconceitos na região. |
publishDate |
2013 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2013-11-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/78769 10.1590/S0103-20702013000200008 |
url |
https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/78769 |
identifier_str_mv |
10.1590/S0103-20702013000200008 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/78769/82821 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2015 Tempo Social http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2015 Tempo Social http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas |
dc.source.none.fl_str_mv |
Tempo Social; Vol. 25 No. 2 (2013); 141-156 Tempo Social; v. 25 n. 2 (2013); 141-156 Tempo Social; Vol. 25 Núm. 2 (2013); 141-156 1809-4554 0103-2070 reponame:Tempo Social (Online) instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Tempo Social (Online) |
collection |
Tempo Social (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
temposoc@edu.usp.br |
_version_ |
1800221914866647040 |