Política e economia como formas de dominação: o trabalho intelectual em Marx
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Tempo Social (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12359 |
Resumo: | Este ensaio procura sistematizar a análise teórica que Marx faz do pré-capitalismo e do capitalismo como estruturas sociais de poder, predominando naquele as relações políticas e neste as relações econômicas como formas de dominação. Procura-se demonstrar que no pré-capitalismo o poder político e o exercício monopolizado da violência física, social e psicológica são determinados pela forma como os agentes sociais se apropriam das condições objetivas, materiais e simbólicas da produção social. No capitalismo, a produção, quando já é comandada pelo capital, além de produzir a mais-valia, também produz um sistema de exploração geral das propriedades naturais e humanas tendo como suporte a ciência. Ou seja, ela realiza a apropriação através da ciência, e não da violência e do poder pessoal, colocando o saber científico ao seu serviço, na espécie de capital fixo. Essa extração da mais-valia assume, apesar de ser resultante da relação econômica, a forma de atividade científica. É dentro desse contexto que se analisa a questão do trabalho intelectual não só como produtor de valor mas, também, como produtor de concepções justificadoras da forma histórica de poder e de dominação capitalista. |
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Política e economia como formas de dominação: o trabalho intelectual em Marx Politics and economy as form of domination: intellectual labor in Marx capitalismdominationlaborintellectual laborKarl Marxcapitalismodominaçãotrabalhotrabalho intelectualKarl MarxEste ensaio procura sistematizar a análise teórica que Marx faz do pré-capitalismo e do capitalismo como estruturas sociais de poder, predominando naquele as relações políticas e neste as relações econômicas como formas de dominação. Procura-se demonstrar que no pré-capitalismo o poder político e o exercício monopolizado da violência física, social e psicológica são determinados pela forma como os agentes sociais se apropriam das condições objetivas, materiais e simbólicas da produção social. No capitalismo, a produção, quando já é comandada pelo capital, além de produzir a mais-valia, também produz um sistema de exploração geral das propriedades naturais e humanas tendo como suporte a ciência. Ou seja, ela realiza a apropriação através da ciência, e não da violência e do poder pessoal, colocando o saber científico ao seu serviço, na espécie de capital fixo. Essa extração da mais-valia assume, apesar de ser resultante da relação econômica, a forma de atividade científica. É dentro desse contexto que se analisa a questão do trabalho intelectual não só como produtor de valor mas, também, como produtor de concepções justificadoras da forma histórica de poder e de dominação capitalista. This essay aims at systematizing the theoretical analysis that Marx makes of pre-capitalism and of capitalism as social structures of power, bearing in mind that political relations predominate in the former and economic relations in the latter as forms of domination. In pre-capitalism, political power and the monopolized exercise of physical, social and psychological violence are determined by the manner in which social agents appropriate objective, material and symbolic conditions of social production. In capitalism, production, when it is already commanded by capital, on top of producing surplus value, it also produces a system of general exploitation of the natural and human properties with the support of science. In other words, it fulfills the appropriation through science and not violence or personal power, putting scientific knowledge at its service, in the form of fixed capital. This extraction of surplus value takes on the form of scientific activity, in spite of being a result of the economic relationship. It is within this context that the analysis of intellectual labor is made, not only as value producer, but also as producer of concepts to justify the historical forms of power and of capitalist domination. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2001-11-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/1235910.1590/S0103-20702001000200001Tempo Social; Vol. 13 No. 2 (2001); 1-20 Tempo Social; v. 13 n. 2 (2001); 1-20 Tempo Social; Vol. 13 Núm. 2 (2001); 1-20 1809-45540103-2070reponame:Tempo Social (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12359/14136Copyright (c) 2015 Tempo Socialhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessHirano, Sedi2023-06-22T13:35:03Zoai:revistas.usp.br:article/12359Revistahttps://www.revistas.usp.br/ts/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptemposoc@edu.usp.br1809-45540103-2070opendoar:2023-06-22T13:35:03Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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