A sociedade de rostos. Mulheres sem rosto como indício de novo humanismo nas redes sociais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Tempo Social (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/106947 |
Resumo: | Neste artigo busco entender de que forma a crescente importância da imagem humana _gradativamente individualizada_ instaura e testemunha novas formas de organização e integração social no sec. XXI. Apresento como as imagens nas redes sociais podem agenciar mudanças na relação de poder entre os indivíduos, os Estados Nação, a cultura local e as desigualdades estereotípicas (étnicas, raciais e sexuais) em defesa de algo que os transcende e os liga. Momento em que o rosto emerge como imagem da humanidade. Parto para esta reflexão de seu avesso: a ausência de uma face. O drama de mulheres paquistanesas que tiveram seus rostos desfigurados por ácido por seus companheiros _ uma prática cultural que se agrava desde o ano de 1999. Irei problematizar a circulação, o debate e a solidariedade que essa incomoda imagem despertou nas redes sociais brasileiras. Pretendo entender de que forma a violência contra a expressão mais visível da identidade social promove uma comoção para além das fronteiras nacionais e simbólicas, instaurando a ideia de humanidade. |
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A sociedade de rostos. Mulheres sem rosto como indício de novo humanismo nas redes sociaisThe society of faces: faceless women as an indication of a new form of social integrationSociology of the imageMuslim womenSocial networksHumanitySociologia da Imagemmulheres muçulmanasredes sociaisindividumanismoNeste artigo busco entender de que forma a crescente importância da imagem humana _gradativamente individualizada_ instaura e testemunha novas formas de organização e integração social no sec. XXI. Apresento como as imagens nas redes sociais podem agenciar mudanças na relação de poder entre os indivíduos, os Estados Nação, a cultura local e as desigualdades estereotípicas (étnicas, raciais e sexuais) em defesa de algo que os transcende e os liga. Momento em que o rosto emerge como imagem da humanidade. Parto para esta reflexão de seu avesso: a ausência de uma face. O drama de mulheres paquistanesas que tiveram seus rostos desfigurados por ácido por seus companheiros _ uma prática cultural que se agrava desde o ano de 1999. Irei problematizar a circulação, o debate e a solidariedade que essa incomoda imagem despertou nas redes sociais brasileiras. Pretendo entender de que forma a violência contra a expressão mais visível da identidade social promove uma comoção para além das fronteiras nacionais e simbólicas, instaurando a ideia de humanidade. This paper tries to discover how the growing importance of the human image “gradually individualized” incorporates and witnesses the new forms of organization and social integration in the 21st century. Time in which the face is consolidated as image of humanity. Its opposite is assumedfor this reflection: the absence of a face. The drama of the Pakistani women who suffered the disfigurement of their face through acid thrown by their peers – a cultural practice that is compounded from the year 1999. I am interested in discussing about the impact, the debate and the solidarity that the unpleasant image has been awakened in the Brazilian social networking. Iwant to understand how the violence against the most visible expression of the social identity promotes a commotion beyond ethnic, racial and cultural borders, introducing the idea of humanity.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2016-12-07info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/xmlhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/10694710.11606/0103-2070.ts.2016.106947Tempo Social; Vol. 28 No. 3 (2016); 243-261Tempo Social; v. 28 n. 3 (2016); 243-261Tempo Social; Vol. 28 Núm. 3 (2016); 243-2611809-45540103-2070reponame:Tempo Social (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/106947/120021https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/106947/147759Copyright (c) 2016 Tempo Socialhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessAnchieta, Isabelle2023-05-10T15:18:43Zoai:revistas.usp.br:article/106947Revistahttps://www.revistas.usp.br/ts/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptemposoc@edu.usp.br1809-45540103-2070opendoar:2023-05-10T15:18:43Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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