Maria Antonia - a interrogação sobre um lugar a partir da dor

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, Irene de Arruda Ribeiro
Data de Publicação: 1996
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Tempo Social (Online)
DOI: 10.1590/ts.v8i2.86289
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/86289
Resumo: A partir da idéia de que a dor possa se constituir numa interrogação pertinente na história, pretende-se pensar a Maria Antonia como um lugar objeto de construções na memória, de pontos de vista nostálgicos. A tematização da temporalização do lugar, dos diferentes tempos nele implicados – o que leva a considerá-lo como não preformável ou predeterminável – permitirá explorá-lo a partir de dois modos de acontecer nostálgico: a “nostalgia aberta” e a “nostalgia fechada”. O que caracteriza esta última é fundamentalmente o retorno, entendido como um congelamento do tempo (o passado), ou uma retenção do tempo. A nostalgia aberta, ao implicar numa desfamiliarização em relação a um lugar, aponta para a possibilidade de uma temporalização da atualidade em que o passado se inscreve no presente, permitindo as reversões de ponto de vista.
id USP-41_9aba6bb1c7b0b9cf438f381e1e3900ba
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/86289
network_acronym_str USP-41
network_name_str Tempo Social (Online)
spelling Maria Antonia - a interrogação sobre um lugar a partir da dorMaria Antonia – a questioning about a place starting from painMaria AntoniaTempoMemóriaDorNostalgiaMaria AntoniaTimeMemoryPainNostalgiaA partir da idéia de que a dor possa se constituir numa interrogação pertinente na história, pretende-se pensar a Maria Antonia como um lugar objeto de construções na memória, de pontos de vista nostálgicos. A tematização da temporalização do lugar, dos diferentes tempos nele implicados – o que leva a considerá-lo como não preformável ou predeterminável – permitirá explorá-lo a partir de dois modos de acontecer nostálgico: a “nostalgia aberta” e a “nostalgia fechada”. O que caracteriza esta última é fundamentalmente o retorno, entendido como um congelamento do tempo (o passado), ou uma retenção do tempo. A nostalgia aberta, ao implicar numa desfamiliarização em relação a um lugar, aponta para a possibilidade de uma temporalização da atualidade em que o passado se inscreve no presente, permitindo as reversões de ponto de vista.Based on the idea that pain can constitute a permanent questioning in history, the aim of this paper is to think about Maria Antonia as a place which is an object of memory constructions, of nostalgic points of view. Focusing the temporalities of the place, the different times it implies - what leads to consider it as not prefashionable or predeterminable - makes it possible to explore the place starting from two nostalgic ways of happening: the “open nostalgia” and the “closed nostalgia”. What characterizes the latter is mainly the return, understood as a freezing of time (the past), or a redemption of time. The open nostalgia, implying a defamiliarization with regard to a place, points out to the possibility of a temporalization of the actuality in which the past inscribes itself in the present, allowing changes of viewpoints.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas1996-06-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/8628910.1590/ts.v8i2.86289Tempo Social; Vol. 8 No. 2 (1996); 1-10Tempo Social; v. 8 n. 2 (1996); 1-10Tempo Social; Vol. 8 Núm. 2 (1996); 1-101809-45540103-2070reponame:Tempo Social (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/86289/88955Copyright (c) 1996 Tempo Socialhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCardoso, Irene de Arruda Ribeiro2023-06-30T14:22:21Zoai:revistas.usp.br:article/86289Revistahttps://www.revistas.usp.br/ts/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptemposoc@edu.usp.br1809-45540103-2070opendoar:2023-06-30T14:22:21Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Maria Antonia - a interrogação sobre um lugar a partir da dor
Maria Antonia – a questioning about a place starting from pain
title Maria Antonia - a interrogação sobre um lugar a partir da dor
spellingShingle Maria Antonia - a interrogação sobre um lugar a partir da dor
Maria Antonia - a interrogação sobre um lugar a partir da dor
Cardoso, Irene de Arruda Ribeiro
Maria Antonia
Tempo
Memória
Dor
Nostalgia
Maria Antonia
Time
Memory
Pain
Nostalgia
Cardoso, Irene de Arruda Ribeiro
Maria Antonia
Tempo
Memória
Dor
Nostalgia
Maria Antonia
Time
Memory
Pain
Nostalgia
title_short Maria Antonia - a interrogação sobre um lugar a partir da dor
title_full Maria Antonia - a interrogação sobre um lugar a partir da dor
title_fullStr Maria Antonia - a interrogação sobre um lugar a partir da dor
Maria Antonia - a interrogação sobre um lugar a partir da dor
title_full_unstemmed Maria Antonia - a interrogação sobre um lugar a partir da dor
Maria Antonia - a interrogação sobre um lugar a partir da dor
title_sort Maria Antonia - a interrogação sobre um lugar a partir da dor
author Cardoso, Irene de Arruda Ribeiro
author_facet Cardoso, Irene de Arruda Ribeiro
Cardoso, Irene de Arruda Ribeiro
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Cardoso, Irene de Arruda Ribeiro
dc.subject.por.fl_str_mv Maria Antonia
Tempo
Memória
Dor
Nostalgia
Maria Antonia
Time
Memory
Pain
Nostalgia
topic Maria Antonia
Tempo
Memória
Dor
Nostalgia
Maria Antonia
Time
Memory
Pain
Nostalgia
description A partir da idéia de que a dor possa se constituir numa interrogação pertinente na história, pretende-se pensar a Maria Antonia como um lugar objeto de construções na memória, de pontos de vista nostálgicos. A tematização da temporalização do lugar, dos diferentes tempos nele implicados – o que leva a considerá-lo como não preformável ou predeterminável – permitirá explorá-lo a partir de dois modos de acontecer nostálgico: a “nostalgia aberta” e a “nostalgia fechada”. O que caracteriza esta última é fundamentalmente o retorno, entendido como um congelamento do tempo (o passado), ou uma retenção do tempo. A nostalgia aberta, ao implicar numa desfamiliarização em relação a um lugar, aponta para a possibilidade de uma temporalização da atualidade em que o passado se inscreve no presente, permitindo as reversões de ponto de vista.
publishDate 1996
dc.date.none.fl_str_mv 1996-06-30
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/86289
10.1590/ts.v8i2.86289
url https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/86289
identifier_str_mv 10.1590/ts.v8i2.86289
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/86289/88955
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 1996 Tempo Social
http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 1996 Tempo Social
http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
dc.source.none.fl_str_mv Tempo Social; Vol. 8 No. 2 (1996); 1-10
Tempo Social; v. 8 n. 2 (1996); 1-10
Tempo Social; Vol. 8 Núm. 2 (1996); 1-10
1809-4554
0103-2070
reponame:Tempo Social (Online)
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Tempo Social (Online)
collection Tempo Social (Online)
repository.name.fl_str_mv Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv temposoc@edu.usp.br
_version_ 1822179011650912256
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv 10.1590/ts.v8i2.86289