Socializar para o trabalho operário: o Senai-Mercedes-Benz
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Tempo Social (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12561 |
Resumo: | Este artigo pretende contribuir para a discussão em torno das transformações do setor automobilístico brasileiro e suas conseqüências para os trabalhadores, por meio do debate dos mecanismos de reprodução da classe operária, com ênfase nos processos socializadores das novas gerações e, portanto, nos modos de transmissão de uma "cultura operária", o que envolve tanto a constituição do sentimento de pertencimento de classe como os mecanismos de negação e/ou superação da condição operária. A discussão está baseada na análise de um caso específico: a trajetória da escola profissionalizante da Mercedes-Benz do Brasil e suas modalidades de socialização e preparação para o trabalho industrial. A escola, criada há cinqüenta anos, funciona nas dependências da fábrica da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo em parceria com o Senai. O foco central da discussão será o papel exercido por essa escola na vida de diferentes gerações de metalúrgicos da Mercedes-Benz, de forma a evidenciar de que maneira a passagem por essa instituição e as certificações concedidas por ela foram sendo ressignificadas nas últimas décadas, tanto em função das transformações do mercado de trabalho como da percepção dos membros da categoria metalúrgica. |
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Socializar para o trabalho operário: o Senai-Mercedes-Benz Socializing for factory work: the Senai-Mercedes-Benz MetalúrgicosClasse operáriaSenaiMercedes-BenzSocializaçãoCultura de classeAuto workersWorking classSenaiMercedes-BenzSocializationClass cultureEste artigo pretende contribuir para a discussão em torno das transformações do setor automobilístico brasileiro e suas conseqüências para os trabalhadores, por meio do debate dos mecanismos de reprodução da classe operária, com ênfase nos processos socializadores das novas gerações e, portanto, nos modos de transmissão de uma "cultura operária", o que envolve tanto a constituição do sentimento de pertencimento de classe como os mecanismos de negação e/ou superação da condição operária. A discussão está baseada na análise de um caso específico: a trajetória da escola profissionalizante da Mercedes-Benz do Brasil e suas modalidades de socialização e preparação para o trabalho industrial. A escola, criada há cinqüenta anos, funciona nas dependências da fábrica da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo em parceria com o Senai. O foco central da discussão será o papel exercido por essa escola na vida de diferentes gerações de metalúrgicos da Mercedes-Benz, de forma a evidenciar de que maneira a passagem por essa instituição e as certificações concedidas por ela foram sendo ressignificadas nas últimas décadas, tanto em função das transformações do mercado de trabalho como da percepção dos membros da categoria metalúrgica. This article looks to contribute to the discussion on transformations in the Brazilian automobile industry and their consequences for workers by focusing on the debate over mechanisms of working class reproduction. The text examines in particular the processes of socializing new generations and the ways of transmitting a 'working class culture,' involving both the constitution of a feeling of class belonging and mechanisms for denying and/or escaping the working class condition. The discussion focuses on the analysis of a specific case: the history of the professional training school of Mercedes-Benz in Brazil and its modalities of socialization and preparation for manufacturing work. Founded some fifty years ago, the school is run at the Mercedes-Benz plant in São Bernardo do Campo in partnership with SENAI. I discuss the role played by the school in the life of various generations of Mercedes-Benz workers in order to show how the institution's training and qualifications have acquired new meanings over recent decades as a result of transformations in the work market and changes in the perceptions of auto workers. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2008-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/1256110.1590/S0103-20702008000100004Tempo Social; Vol. 20 No. 1 (2008); 69-94Tempo Social; v. 20 n. 1 (2008); 69-94Tempo Social; Vol. 20 Núm. 1 (2008); 69-941809-45540103-2070reponame:Tempo Social (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12561/14338Copyright (c) 2015 Tempo Socialhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessTomizaki, Kimi2023-05-31T12:48:15Zoai:revistas.usp.br:article/12561Revistahttps://www.revistas.usp.br/ts/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptemposoc@edu.usp.br1809-45540103-2070opendoar:2023-05-31T12:48:15Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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