O assalto à educação pelos economistas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Tempo Social (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12565 |
Resumo: | O artigo examina o processo pelo qual a educação passou, a partir dos anos de 1970, a ser considerada variável explicativa central da desigualdade de renda brasileira e instrumento de política pública a cargo dos economistas. Esse processo foi tributário: (1) da luta, entre os anos de 1930 e 1950, dos educadores profissionais para produzir um saber de Estado sobre a educação; e (2) do sucesso obtido pelos economistas em impor seus modelos de interpretação da realidade nacional nos anos de 1960, alijando os educadores. Em ambos os períodos, a circulação internacional de pessoas e idéias facilitada por governos e agências transnacionais foi um recurso manipulado pelos envolvidos nessa competição. |
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O assalto à educação pelos economistas The takeover of the education by economists Educação e desigualdadeCirculação internacionalEconomistas e educadoresEducation and inequalityInternational circulationEconomists and educatorsO artigo examina o processo pelo qual a educação passou, a partir dos anos de 1970, a ser considerada variável explicativa central da desigualdade de renda brasileira e instrumento de política pública a cargo dos economistas. Esse processo foi tributário: (1) da luta, entre os anos de 1930 e 1950, dos educadores profissionais para produzir um saber de Estado sobre a educação; e (2) do sucesso obtido pelos economistas em impor seus modelos de interpretação da realidade nacional nos anos de 1960, alijando os educadores. Em ambos os períodos, a circulação internacional de pessoas e idéias facilitada por governos e agências transnacionais foi um recurso manipulado pelos envolvidos nessa competição. The article examines the process through which education from the 1970s onwards became a key variable for explaining the inequality in Brazilian incomes and a public policy tool for economists. Among other factors, this resulted from: (1) the struggle of professional educators between the 1930s and 1950s to produce a policy-oriented body of knowledge concerning education; and (2) the success of economists during the 1960s in imposing their own interpretative models of Brazilian life, displacing the educators. In both periods, governments and transnational agencies facilitated an international circulation of people and ideas, manipulated as a resource by those involved in this competition. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2008-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/1256510.1590/S0103-20702008000100008Tempo Social; Vol. 20 No. 1 (2008); 163-178Tempo Social; v. 20 n. 1 (2008); 163-178Tempo Social; Vol. 20 Núm. 1 (2008); 163-1781809-45540103-2070reponame:Tempo Social (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12565/14342Copyright (c) 2015 Tempo Socialhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessAlmeida, Ana Maria F.2023-05-31T12:11:37Zoai:revistas.usp.br:article/12565Revistahttps://www.revistas.usp.br/ts/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptemposoc@edu.usp.br1809-45540103-2070opendoar:2023-05-31T12:11:37Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O artigo examina o processo pelo qual a educação passou, a partir dos anos de 1970, a ser considerada variável explicativa central da desigualdade de renda brasileira e instrumento de política pública a cargo dos economistas. Esse processo foi tributário: (1) da luta, entre os anos de 1930 e 1950, dos educadores profissionais para produzir um saber de Estado sobre a educação; e (2) do sucesso obtido pelos economistas em impor seus modelos de interpretação da realidade nacional nos anos de 1960, alijando os educadores. Em ambos os períodos, a circulação internacional de pessoas e idéias facilitada por governos e agências transnacionais foi um recurso manipulado pelos envolvidos nessa competição. |
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