Fronteiras corpóreas e incorporações prisionais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Tempo Social (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/161367 |
Resumo: | Comparam-se materiais etnográficos de uma pesquisa numa prisão antes e depois do advento do encarceramento concentrado que a entrelaçou a um conjunto de bairros urbanos. Tornados mundos contínuos, anteriores limites intraprisionais colapsaram, espoletando mudanças inclusive em aspetos corpóreos e sensoriais da experiência carceral. O corpo confinado é descrito não tanto como um objeto de poder disciplinar, mas como constituído antes de mais por relações sociais e morais, tornando as experiências corporais da prisão altamente contextuais. A comparação entre formas mais e menos moldadas por uma relação particular prisão-bairro/s sugere que tais experiências variam não apenas em função de circunstâncias próprias à prisão, mas também em função da especificidade das circunstâncias sociais que a atravessam. |
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Fronteiras corpóreas e incorporações prisionaisCorporeal boundaries and carceral embodimentsPrisonEmbodimentBodySensesPrisãoIncorporaçãoCorpoSentidosComparam-se materiais etnográficos de uma pesquisa numa prisão antes e depois do advento do encarceramento concentrado que a entrelaçou a um conjunto de bairros urbanos. Tornados mundos contínuos, anteriores limites intraprisionais colapsaram, espoletando mudanças inclusive em aspetos corpóreos e sensoriais da experiência carceral. O corpo confinado é descrito não tanto como um objeto de poder disciplinar, mas como constituído antes de mais por relações sociais e morais, tornando as experiências corporais da prisão altamente contextuais. A comparação entre formas mais e menos moldadas por uma relação particular prisão-bairro/s sugere que tais experiências variam não apenas em função de circunstâncias próprias à prisão, mas também em função da especificidade das circunstâncias sociais que a atravessam.This paper compares materials drawn from fieldwork in a prison before and after the rise of concentrated incarceration that tightly interlocked it with a handful of urban neighborhoods. As these worlds became continuous, former intra-prison boundaries collapsed, entailing changes that included corporeal and sensorial aspects of prison experience. The imprisoned body is described not as a bounded object of disciplinary power but as constituted first and foremost by social and moral relations, rendering bodily experiences of confinement highly contextual. A comparison between forms more and less shaped by a particular prison-urban relation suggests that these experiences vary according to prison-specific circumstances, but also to social-specific circumstances.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2019-12-18info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/16136710.11606/0103-2070.ts.2019.161367Tempo Social; Vol. 31 No. 3 (2019); 17-36Tempo Social; v. 31 n. 3 (2019); 17-36Tempo Social; Vol. 31 Núm. 3 (2019); 17-361809-45540103-2070reponame:Tempo Social (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/161367/158175Copyright (c) 2019 Tempo Socialhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCunha, Manuela Ivone2023-04-27T14:05:52Zoai:revistas.usp.br:article/161367Revistahttps://www.revistas.usp.br/ts/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptemposoc@edu.usp.br1809-45540103-2070opendoar:2023-04-27T14:05:52Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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