Flexibilidade à francesa: trabalhadores na Peugeot Citroën brasileira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Tempo Social (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12495 |
Resumo: | A proposta deste artigo é discutir os efeitos do processo recente de flexibilização da produção industrial (automotiva) sobre as relações de trabalho e sobre os operários e seus sindicatos. A partir do exemplo da primeira unidade brasileira da montadora francesa PSA Peugeot Citroën, instalada no município de Porto Real, Rio de Janeiro, em 2001, pretende-se argumentar que a construção de uma fábrica "enxuta" e reestruturada, com um projeto de superação da organização fordista e integrante de uma cadeia produtiva global, reconfigura as relações com os trabalhadores (e com o sindicato) no espaço fabril por meio da exigência de mais escolaridade, maior capacidade de adaptação às novas tecnologias e novas formas de organização da produção. No entanto, mantém práticas gerenciais autoritárias e evita a reprodução de experiências anteriores de resistência operária. O debate beneficia-se dos trabalhos sobre esta empresa na França realizados por Michel Pialoux e Stéphane Beaux, que nas últimas décadas analisaram suas transformações gerenciais e os desdobramentos sobre o modo de vida de diferentes gerações de operários. |
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Flexibilidade à francesa: trabalhadores na Peugeot Citroën brasileira French-style flexibility: workers at the Brazilian Peugeot Citröen plant PSA Peugeot CitroënWorkersLabour RelationsUnionsPSA Peugeot CitroënTrabalhadoresRelações de trabalhoSindicatoA proposta deste artigo é discutir os efeitos do processo recente de flexibilização da produção industrial (automotiva) sobre as relações de trabalho e sobre os operários e seus sindicatos. A partir do exemplo da primeira unidade brasileira da montadora francesa PSA Peugeot Citroën, instalada no município de Porto Real, Rio de Janeiro, em 2001, pretende-se argumentar que a construção de uma fábrica "enxuta" e reestruturada, com um projeto de superação da organização fordista e integrante de uma cadeia produtiva global, reconfigura as relações com os trabalhadores (e com o sindicato) no espaço fabril por meio da exigência de mais escolaridade, maior capacidade de adaptação às novas tecnologias e novas formas de organização da produção. No entanto, mantém práticas gerenciais autoritárias e evita a reprodução de experiências anteriores de resistência operária. O debate beneficia-se dos trabalhos sobre esta empresa na França realizados por Michel Pialoux e Stéphane Beaux, que nas últimas décadas analisaram suas transformações gerenciais e os desdobramentos sobre o modo de vida de diferentes gerações de operários. The article discusses the effects of the recent process of flexibilization in industrial (automobile) production on labour relations, on workers and their unions. As an example, the authors examine the first Brazilian plant to be opened by the French manufacturer PSA Peugeot Citroën, installed in Porto Real, Rio de Janeiro, in 2001. They argue that the construction of a 'shrunk' and restructured plant - a project designed to move beyond Fordist organization as an integral part of a global productive chain - reconfigures the relations with workers (and with the union) in the factory space by creating the demand for higher levels of schooling, a greater capacity to adapt to new technologies, and new forms of organizing production. However, these relations maintain authoritarian practices while preventing the reproduction of previous forms of worker resistance. The debate benefits from the research on the same company conducted by Michel Pialoux and Stéphane Beaud, who have analyzed its managerial transformations over the last few decades and the impact on the lifestyles of different generations of workers. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2006-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/1249510.1590/S0103-20702006000100007Tempo Social; Vol. 18 No. 1 (2006); 115-132Tempo Social; v. 18 n. 1 (2006); 115-132Tempo Social; Vol. 18 Núm. 1 (2006); 115-1321809-45540103-2070reponame:Tempo Social (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12495/14272Copyright (c) 2015 Tempo Socialhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessRamalho, José RicardoSantana, Marco Aurélio2023-06-12T13:21:08Zoai:revistas.usp.br:article/12495Revistahttps://www.revistas.usp.br/ts/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptemposoc@edu.usp.br1809-45540103-2070opendoar:2023-06-12T13:21:08Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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