Consumo de drogas, opinião pública e moralidade: motivações e argumentos baseados em uso
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Tempo Social (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/126682 |
Resumo: | Este artigo analisa dados de um survey nacional de 2013, representativo da população brasileira com 16 anos e mais, que abordou percepções, práticas e opiniões sobre o uso de drogas psicoativas no Brasil. Descreve o comportamento de diferentes segmentos sociodemográficos quanto ao consumo de álcool, tabaco e drogas ilícitas, relacionando-o a uma escala atitudinal, construída como síntese de oito variáveis com opiniões sobre consumo e política para drogas hoje ilegais. Recorre à técnica de regressão logística multinomial para identificar as variáveis preditoras de dois posicionamentos à primeira vista contraditórios, em termos de dissonância entre comportamento declarado e atitude manifesta: os usuários de drogas ilícitas proibicionistas – favoráveis à manutenção da política de drogas vigente, que criminaliza o consumo e prioriza o enfoque do problema como questão de segurança pública – e os não usuários antiproibicionistas. Analisa tais posicionamentos à luz da teoria psicossocial construtivista da moralidade, desenvolvida por Jean Piaget e Lawrence Kohlberg, expondo o potencial da mesma para compreendê-los e para abordar a discussão das políticas públicas voltadas para lidar com o fenômeno universal do consumo de substâncias psicoativas. |
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Consumo de drogas, opinião pública e moralidade: motivações e argumentos baseados em usoDrog use, public opinion and morality: motivation and arguments based on usePsychoactive drugsPublic opinionMoralityMoral autonomySurvey.Drogas psicoativasOpinião públicaMoralidadeAutonomia moralSurveyEste artigo analisa dados de um survey nacional de 2013, representativo da população brasileira com 16 anos e mais, que abordou percepções, práticas e opiniões sobre o uso de drogas psicoativas no Brasil. Descreve o comportamento de diferentes segmentos sociodemográficos quanto ao consumo de álcool, tabaco e drogas ilícitas, relacionando-o a uma escala atitudinal, construída como síntese de oito variáveis com opiniões sobre consumo e política para drogas hoje ilegais. Recorre à técnica de regressão logística multinomial para identificar as variáveis preditoras de dois posicionamentos à primeira vista contraditórios, em termos de dissonância entre comportamento declarado e atitude manifesta: os usuários de drogas ilícitas proibicionistas – favoráveis à manutenção da política de drogas vigente, que criminaliza o consumo e prioriza o enfoque do problema como questão de segurança pública – e os não usuários antiproibicionistas. Analisa tais posicionamentos à luz da teoria psicossocial construtivista da moralidade, desenvolvida por Jean Piaget e Lawrence Kohlberg, expondo o potencial da mesma para compreendê-los e para abordar a discussão das políticas públicas voltadas para lidar com o fenômeno universal do consumo de substâncias psicoativas.This article analyzes data from a national survey conducted in 2013, representative of the Brazilian population sixteen years and older, that looked at perceptions, practices and opinions pertaining to the use of psychoactive drugs in Brazil. It describes the behavior of different sociodemographic groups related to the consumption of alcohol, tobacco and illicit drugs and relates their behavior to an attitudinal scale built as a synthesis of eight variables of opinion on the consumption and politics of current illegal drugs. The article presents a multinomial logistic regression used to identify predictor variables of two positions that seem at first contradictory as far as dissonance between declared behavior and manifested attitude. One position being prohibitionist users of illicit drugs – supporters of present drug laws that criminalize consumption and prioritize a focus on the problem as being a question of public security – and the other being non-prohibitionists who do not use illicit drugs. This article analyzes these positions through the lens of Jean Piaget and Lawrence Kolhberg’s constructivist psychosocial theory on morality and exposes the potential of these perspective to look at the discussion on public policy in regards to the universal phenomenon of the consumption of psychoactive substances.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2017-08-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/xmlhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12668210.11606/0103-2070.ts.2017.126682Tempo Social; Vol. 29 No. 2 (2017); 159-185Tempo Social; v. 29 n. 2 (2017); 159-185Tempo Social; Vol. 29 Núm. 2 (2017); 159-1851809-45540103-2070reponame:Tempo Social (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/126682/130983https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/126682/147792Copyright (c) 2017 Tempo Socialhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessVenturi, Gustavo2023-05-05T14:50:42Zoai:revistas.usp.br:article/126682Revistahttps://www.revistas.usp.br/ts/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptemposoc@edu.usp.br1809-45540103-2070opendoar:2023-05-05T14:50:42Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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