Etnografia dissonante dos tribunais do júri
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Tempo Social (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12549 |
Resumo: | A partir de etnografia realizada, entre 1997 e 2001, nos cinco Tribunais do Júri da cidade de São Paulo, questiono se tribunais, em geral, e os do júri, em particular, se esgotam como arenas de luta nas quais o binômio dominação-sujeição se realiza de forma privilegiada. Sustento que, embora observemos, nesses espaços, rituais que reiteram hierarquias tradicionalmente estabelecidas, eles também permitem a construção de novas subjetividades e a redefinição de experiências sociais. Os fatos-dramas reconstituídos nos júris estão longe de seus contextos originais tanto quanto da possibilidade de se explicarem legalmente. Eles são de outra natureza, cujo sentido só se alcança no domínio ritualizado, lúdico e poético de sua própria expressão. |
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Etnografia dissonante dos tribunais do júri Jury Courts: dissonant ethnography Tribunais do JúriEtnografiaObras coletivo-imaginativasJury CourtsEthnographyImaginative/Collective WorksA partir de etnografia realizada, entre 1997 e 2001, nos cinco Tribunais do Júri da cidade de São Paulo, questiono se tribunais, em geral, e os do júri, em particular, se esgotam como arenas de luta nas quais o binômio dominação-sujeição se realiza de forma privilegiada. Sustento que, embora observemos, nesses espaços, rituais que reiteram hierarquias tradicionalmente estabelecidas, eles também permitem a construção de novas subjetividades e a redefinição de experiências sociais. Os fatos-dramas reconstituídos nos júris estão longe de seus contextos originais tanto quanto da possibilidade de se explicarem legalmente. Eles são de outra natureza, cujo sentido só se alcança no domínio ritualizado, lúdico e poético de sua própria expressão. Ethnographical research carried out between 1997 and 2001 of the five Jury Courts in the city of São Paulo leads me to ask whether courts in general, and the Jury Court in particular, can be explained merely as arenas of conflict and privileged sites for the interplay of domination and subjection. Although in such places we can observe rituals that reinforce traditionally established hierarchies, they also allow for the construction of new subjectivities and the redefinition of social experiences. The facts/dramas reconstructed in the courts are as far removed from their original contexts as they are from the possibility of being explained from a legal perspective alone. They are of a different nature and their meaning can only be understood from within the ritual, playful and poetic domains of their own expression. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2007-11-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/1254910.1590/S0103-20702007000200004Tempo Social; Vol. 19 No. 2 (2007); 111-129Tempo Social; v. 19 n. 2 (2007); 111-129Tempo Social; Vol. 19 Núm. 2 (2007); 111-1291809-45540103-2070reponame:Tempo Social (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12549/14326Copyright (c) 2015 Tempo Socialhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessSchritzmeyer, Ana Lúcia Pastore2023-05-31T14:45:41Zoai:revistas.usp.br:article/12549Revistahttps://www.revistas.usp.br/ts/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptemposoc@edu.usp.br1809-45540103-2070opendoar:2023-05-31T14:45:41Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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