Lutas negras no Largo da Banana
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Tempo Social (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/179762 |
Resumo: | O largo da Banana, associado aos primórdios do samba paulistano, é tido por território negro de resistência pretérita e antinômica à “modernidade”. Cotejando essa construção simbólica com documentos que lhe deram base, sugiro que ele abrigou lutas negras heterogêneas e posteriores à origem do samba. Inquiro expectativas de raça, classe e cultura que informaram a produção de um acervo do mis-sp e estudos que o mobilizaram a partir dos anos 1970, enredados nos debates sobre autenticidade, cultura negra e relações raciais. Analiso o discurso dos carnavalescos sobre o “berço” do samba à luz de ambições profissionais, por prestígio e respeitabilidade, laterais aos interesses dos pesquisadores, mas centrais para como eles significavam sua história. |
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Lutas negras no Largo da BananaBlack struggles in largo da BananaLargo da BananaBlack territoryColeção Carnaval Paulistano (MIS-SP)Racial relations in São PauloLargo da BananaTerritório negroColeção Carnaval Paulistano (MIS-SP) Relações raciais em São PauloO largo da Banana, associado aos primórdios do samba paulistano, é tido por território negro de resistência pretérita e antinômica à “modernidade”. Cotejando essa construção simbólica com documentos que lhe deram base, sugiro que ele abrigou lutas negras heterogêneas e posteriores à origem do samba. Inquiro expectativas de raça, classe e cultura que informaram a produção de um acervo do mis-sp e estudos que o mobilizaram a partir dos anos 1970, enredados nos debates sobre autenticidade, cultura negra e relações raciais. Analiso o discurso dos carnavalescos sobre o “berço” do samba à luz de ambições profissionais, por prestígio e respeitabilidade, laterais aos interesses dos pesquisadores, mas centrais para como eles significavam sua história.In São Paulo’s early samba accounts, largo da Banana stands for a bygone and non-modern black territory of resistance. By confronting such symbolic construction with sources that validated it, I argue that it was a place of less unidimensional struggles, long after the origin of samba. I inquire race, class, and culture premises entangled in debates about authenticity, black culture, and race relations in mis-sp’s archive and scholarly studies. I analyze musicians’ discourses on the “cradle” of samba, considering professional ambitions and investments on prestige and respectability that, although countered the researchers’ expectations, were crucial to the meanings those black men gave to their history.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2021-12-19info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/17976210.11606/0103-2070.ts.2021.179762Tempo Social; Vol. 33 No. 3 (2021); 281-300Tempo Social; v. 33 n. 3 (2021); 281-300Tempo Social; Vol. 33 Núm. 3 (2021); 281-3001809-45540103-2070reponame:Tempo Social (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/179762/178241Copyright (c) 2021 Renata Monteiro Siqueirahttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessSiqueira, Renata Monteiro2023-04-24T14:55:58Zoai:revistas.usp.br:article/179762Revistahttps://www.revistas.usp.br/ts/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptemposoc@edu.usp.br1809-45540103-2070opendoar:2023-04-24T14:55:58Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O largo da Banana, associado aos primórdios do samba paulistano, é tido por território negro de resistência pretérita e antinômica à “modernidade”. Cotejando essa construção simbólica com documentos que lhe deram base, sugiro que ele abrigou lutas negras heterogêneas e posteriores à origem do samba. Inquiro expectativas de raça, classe e cultura que informaram a produção de um acervo do mis-sp e estudos que o mobilizaram a partir dos anos 1970, enredados nos debates sobre autenticidade, cultura negra e relações raciais. Analiso o discurso dos carnavalescos sobre o “berço” do samba à luz de ambições profissionais, por prestígio e respeitabilidade, laterais aos interesses dos pesquisadores, mas centrais para como eles significavam sua história. |
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