Uma sociologia da condição proletária contemporânea
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Tempo Social (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12496 |
Resumo: | Com o incremento do processo de terceirização experimentado pelas empresas ao longo das duas últimas décadas, um novo tipo de trabalhador desenvolveu-se na periferia do sistema produtivo: o teleoperador. Responsável por um contingente diversificado de atividades informacionais, o trabalho do teleoperador despertou, pela força de seu sólido crescimento numérico, o interesse de vários pesquisadores em diferentes áreas do conhecimento. Por meio da análise do trabalho do teleoperador, o propósito deste artigo é contribuir para uma reflexão acerca da renovação da própria condição proletária contemporânea. Ao contrário do que muitos previam há quinze anos, a revolução informacional não foi capaz de superar a oposição existente entre as atividades laborais de execução e as de concepção: serviu, antes, como um privilegiado instrumento de controle e de rotinização da força espiritual do trabalho. Para tanto, pretendemos seguir algumas indicações sobre a condição operária contemporânea presentes no inspirador estudo de Stéphane Beaud e Michel Pialoux acerca da montadora Peugeot de Sochaux-Montbéliard. |
id |
USP-41_e314d65d8f901283ba5ef0eae82b351b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/12496 |
network_acronym_str |
USP-41 |
network_name_str |
Tempo Social (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Uma sociologia da condição proletária contemporânea A sociology of the contemporary working class Information servicesProletarian conditionCall centre operatorsSocial classesTrabalho informacionalCondição proletáriaTeleoperadoresClasses sociaisCom o incremento do processo de terceirização experimentado pelas empresas ao longo das duas últimas décadas, um novo tipo de trabalhador desenvolveu-se na periferia do sistema produtivo: o teleoperador. Responsável por um contingente diversificado de atividades informacionais, o trabalho do teleoperador despertou, pela força de seu sólido crescimento numérico, o interesse de vários pesquisadores em diferentes áreas do conhecimento. Por meio da análise do trabalho do teleoperador, o propósito deste artigo é contribuir para uma reflexão acerca da renovação da própria condição proletária contemporânea. Ao contrário do que muitos previam há quinze anos, a revolução informacional não foi capaz de superar a oposição existente entre as atividades laborais de execução e as de concepção: serviu, antes, como um privilegiado instrumento de controle e de rotinização da força espiritual do trabalho. Para tanto, pretendemos seguir algumas indicações sobre a condição operária contemporânea presentes no inspirador estudo de Stéphane Beaud e Michel Pialoux acerca da montadora Peugeot de Sochaux-Montbéliard. The increase in company outsourcing over the last two decades has led to the development of a new type of worker on the margins of the productive system: the call centre operator. Responsible for a wide range of information services, the rapid expansion in call centres has stirred the interest of a number of researchers in different areas of knowledge. Analyzing the work of the call centre operator, the article looks to deepen our comprehension of the sea-change currently affecting today's working class. In contrast to what many forecasted some fifteen years ago, the information revolution has failed to dissolve the opposition between manual and mental work activities: instead, it has served as a key instrument for controlling and routinizing intellectual work. In turning to this theme, we explore some of the insights into the contemporary working class condition found in the inspirational study by Stéphane Beaud and Michel Pialoux on the Peugeot car assembly plant in Sochaux-Montbéliard. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2006-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/1249610.1590/S0103-20702006000100008Tempo Social; Vol. 18 No. 1 (2006); 133-152Tempo Social; v. 18 n. 1 (2006); 133-152Tempo Social; Vol. 18 Núm. 1 (2006); 133-1521809-45540103-2070reponame:Tempo Social (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12496/14273Copyright (c) 2015 Tempo Socialhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessBraga, Ruy2023-06-12T13:23:05Zoai:revistas.usp.br:article/12496Revistahttps://www.revistas.usp.br/ts/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptemposoc@edu.usp.br1809-45540103-2070opendoar:2023-06-12T13:23:05Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Uma sociologia da condição proletária contemporânea A sociology of the contemporary working class |
title |
Uma sociologia da condição proletária contemporânea |
spellingShingle |
Uma sociologia da condição proletária contemporânea Braga, Ruy Information services Proletarian condition Call centre operators Social classes Trabalho informacional Condição proletária Teleoperadores Classes sociais |
title_short |
Uma sociologia da condição proletária contemporânea |
title_full |
Uma sociologia da condição proletária contemporânea |
title_fullStr |
Uma sociologia da condição proletária contemporânea |
title_full_unstemmed |
Uma sociologia da condição proletária contemporânea |
title_sort |
Uma sociologia da condição proletária contemporânea |
author |
Braga, Ruy |
author_facet |
Braga, Ruy |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Braga, Ruy |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Information services Proletarian condition Call centre operators Social classes Trabalho informacional Condição proletária Teleoperadores Classes sociais |
topic |
Information services Proletarian condition Call centre operators Social classes Trabalho informacional Condição proletária Teleoperadores Classes sociais |
description |
Com o incremento do processo de terceirização experimentado pelas empresas ao longo das duas últimas décadas, um novo tipo de trabalhador desenvolveu-se na periferia do sistema produtivo: o teleoperador. Responsável por um contingente diversificado de atividades informacionais, o trabalho do teleoperador despertou, pela força de seu sólido crescimento numérico, o interesse de vários pesquisadores em diferentes áreas do conhecimento. Por meio da análise do trabalho do teleoperador, o propósito deste artigo é contribuir para uma reflexão acerca da renovação da própria condição proletária contemporânea. Ao contrário do que muitos previam há quinze anos, a revolução informacional não foi capaz de superar a oposição existente entre as atividades laborais de execução e as de concepção: serviu, antes, como um privilegiado instrumento de controle e de rotinização da força espiritual do trabalho. Para tanto, pretendemos seguir algumas indicações sobre a condição operária contemporânea presentes no inspirador estudo de Stéphane Beaud e Michel Pialoux acerca da montadora Peugeot de Sochaux-Montbéliard. |
publishDate |
2006 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2006-06-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12496 10.1590/S0103-20702006000100008 |
url |
https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12496 |
identifier_str_mv |
10.1590/S0103-20702006000100008 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12496/14273 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2015 Tempo Social http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2015 Tempo Social http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas |
dc.source.none.fl_str_mv |
Tempo Social; Vol. 18 No. 1 (2006); 133-152 Tempo Social; v. 18 n. 1 (2006); 133-152 Tempo Social; Vol. 18 Núm. 1 (2006); 133-152 1809-4554 0103-2070 reponame:Tempo Social (Online) instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Tempo Social (Online) |
collection |
Tempo Social (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
temposoc@edu.usp.br |
_version_ |
1800221913927122944 |