Características morfológicas dos Grãos de Polem das principais Plantas Apícolas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1963 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/aesalq/article/view/43258 |
Resumo: | Descrevemos, no presente trabalho, as características morfológicas dos grãos de polem de 78 espécies apícolas mais conhecidas, os quais, na sua maioria, não haviam sido ainda descritos. Após esses estudos, elaboramos uma chave para a identificação e comparação, pelo polem, das espécies estudadas. As 78 espécies estudadas pertencem a 68 gêneros e distribuem-se por 28 famílias, sendo 3 subordinadas à classe Monocotyledoneae e as 25 restantes à classe Dicotyledoneae. O material polínico para a preparação das lâminas foi, na sua maioria, colhido diretamente das anteras das flores recém-abertas, no laboratório, somente seis espécies provieram de material de herbário. Todo o material polínico foi tratado pelo método de acetólise, e montado em geléia de glicerina colorida com Fucsina básica. As observações microscópicas e as mensurações dos grãos de polem foram feitas com o auxílio de um microscópico Zeiss, tomando-se as medidas em 5 grãos de polem, em vista equatorial, e 5 em vista polar. Empregamos a chave-principal para as classes de polem segundo FAEGRI e IVERSEN (1950) para separar em grupos os grãos de polem estudados de acordo com as suas características morfológicas, dando em resultado 10 grupos distintos. As espécies pertencentes a cada um dos 10 grupos, foram separadas por outros caracteres considerados de valor para tais separações. Assim, sempre na mesma ordem, foram considerados: a escultura da exina, tamanho do grão de polem, área polar e largura dos sulcos (nos grão colpados), tipo e número de espículos por área (nos grãos equinados). Isso nos possibilitou elaborar uma chave de identificação pelo podem das espécies estudadas. Os resultados nos mostram que a maioria das espécies apícolas estudadas apresentam grãos tricolporados, os quais ocorrem freqüentemente entre as Dicotiledôneas superiores, tais como Compositae, Cucurbitaceae, Labiatae, Verbenaceae, Myrtaceae, Legu-minosae (Caesalpinoideae e Papilionoidae) e Cruciferae. Verifica-se, também, que há famílias cujo tamanho dos grãos de polem e outros caracteres morfológicos são mais ou menos uniformes, e outros, bem mais variáveis. A presença de espículos é mais comum nas Compositae, Malvaceae, Sterculiaceae. A família Myrtaceae é mais facilmente reconhecida pela uniformidade de seus caracteres. A família Compositae, apesar de ter grãos de polem de tamanho mais ou menos variável, apresenta-os do tipo tricolporado e com espículos. A introdução das características de largura dos sulcos meridionais, em relação aos intersulcos quando em vista polar, contribui bastante para a identificação dos grãos de polem. |
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Características morfológicas dos Grãos de Polem das principais Plantas ApícolasDescrevemos, no presente trabalho, as características morfológicas dos grãos de polem de 78 espécies apícolas mais conhecidas, os quais, na sua maioria, não haviam sido ainda descritos. Após esses estudos, elaboramos uma chave para a identificação e comparação, pelo polem, das espécies estudadas. As 78 espécies estudadas pertencem a 68 gêneros e distribuem-se por 28 famílias, sendo 3 subordinadas à classe Monocotyledoneae e as 25 restantes à classe Dicotyledoneae. O material polínico para a preparação das lâminas foi, na sua maioria, colhido diretamente das anteras das flores recém-abertas, no laboratório, somente seis espécies provieram de material de herbário. Todo o material polínico foi tratado pelo método de acetólise, e montado em geléia de glicerina colorida com Fucsina básica. As observações microscópicas e as mensurações dos grãos de polem foram feitas com o auxílio de um microscópico Zeiss, tomando-se as medidas em 5 grãos de polem, em vista equatorial, e 5 em vista polar. Empregamos a chave-principal para as classes de polem segundo FAEGRI e IVERSEN (1950) para separar em grupos os grãos de polem estudados de acordo com as suas características morfológicas, dando em resultado 10 grupos distintos. As espécies pertencentes a cada um dos 10 grupos, foram separadas por outros caracteres considerados de valor para tais separações. Assim, sempre na mesma ordem, foram considerados: a escultura da exina, tamanho do grão de polem, área polar e largura dos sulcos (nos grão colpados), tipo e número de espículos por área (nos grãos equinados). Isso nos possibilitou elaborar uma chave de identificação pelo podem das espécies estudadas. Os resultados nos mostram que a maioria das espécies apícolas estudadas apresentam grãos tricolporados, os quais ocorrem freqüentemente entre as Dicotiledôneas superiores, tais como Compositae, Cucurbitaceae, Labiatae, Verbenaceae, Myrtaceae, Legu-minosae (Caesalpinoideae e Papilionoidae) e Cruciferae. Verifica-se, também, que há famílias cujo tamanho dos grãos de polem e outros caracteres morfológicos são mais ou menos uniformes, e outros, bem mais variáveis. A presença de espículos é mais comum nas Compositae, Malvaceae, Sterculiaceae. A família Myrtaceae é mais facilmente reconhecida pela uniformidade de seus caracteres. A família Compositae, apesar de ter grãos de polem de tamanho mais ou menos variável, apresenta-os do tipo tricolporado e com espículos. A introdução das características de largura dos sulcos meridionais, em relação aos intersulcos quando em vista polar, contribui bastante para a identificação dos grãos de polem.This paper deals with the studies of pollen grain characters from 78 honey plants, belonging to 68 genera of 28 families, three of them belonging to the class of Monocotyledons and 25 to the class of Dicotyledons. Pollen grains of 72 species were collected directly from fresh material (flowers opening in laboratory). Pollen of the six species were collected from herbarium material. All pollen grains were treated by acetolysis method and mounted in glycerine jelly stainde with basic Fuchsine. Zeiss microscope was used in examen and for mensuration. Ten grains were measured (five in equatorial view and five in polar view and five in polar view). This number was considerated satisfactory according to preliminar statistical: analysis of variance. For each species was determinde the average and standard error and coefficient of variability of mensuration of equatorial and polar diameter. FAEGRI & IVERSEN'S master key of-pollen grains was used. According to it ten groups of pollen grains were obtained as following: Polyades, Tetrads, Inaperturate, Fenestrate, Stephanocolpate, Tricolpate, Monocolpate, Stephanocolporate, Tricolporate, Periporate, Stephanoporate, Triporate, Monoporate. Grains of each were separated using other characters like sculpture of exine, size of grain, polar area, width of furrow, type and number of spines, etc. This made possible to organize a key for using the pollen grains to identify the species of honey plants studied. The results showed that most for all species of honey plants belong to tricolporate type. This type occurs in high dicotyledon families like: Compositae, Cucurbitaceae, L.abiatae, .Verbenaceae, Myrtaceae. Leguminosae (Caesalpinoideae and Papilionoideae) and Cruciferae. It was also found that, in some families the size of pollen grains of diferent species were more or less uniform, and in others they were not. The spines were more commum in families like Compositae, Malvaceae and Sterculiaceae. Pollen grains in Myrtaceae were easily identified by its uniform characters. The characters of width of the meridional furrow related with the width of inter-furrow were used as a worthy characteristic to identify pollen grains.Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz1963-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/aesalq/article/view/4325810.1590/S0071-12761963000100013Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz; v. 20 (1963); 175-2282316-89350071-1276reponame:Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queirozinstname:Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/aesalq/article/view/43258/46883Santos, Clóvis Ferraz de Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-09-18T13:36:49Zoai:revistas.usp.br:article/43258Revistahttps://www.revistas.usp.br/aesalq/about/contactPUBhttps://www.revistas.usp.br/aesalq/oaiscientia@esalq.usp.br0071-12760071-1276opendoar:2012-09-18T13:36:49Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP)false |
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