Comportamento associativo de Fregata magnificens (Fregatidae, aves) e Sula lecogaster (sulidae, aves) no litoral centro-norte do estado de São Paulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1987 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Boletim do Instituto Oceanográfico |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/biocean/article/view/6623 |
Resumo: | O habito da fregata (Fregata magnificiens) de roubar peixes do atobã marrom (Sula lecogaster) é bem conhecido na literatura, comportamento este que tem nos levado a classificar a primeira espécie como sendo cleptoparasita da segunda. Este trabalho, no entanto, mostra que a relação entre estas duas espécies é mais complexa e que o comportamento cleptoparasitãrio pode ser interpretado como sendo apenas parte de todo um processo de exploração mutua. Quando estas aves voam no encalço de embarcações pesqueiras, as fregatas localizam a fonte de alimento, sendo então seguidas pelos atobas que aparecem logo apos, apanhando os peixes mortos com muito mais eficiencia, de tal maneira que as fregatas não conseguem mais pescar, tendo que abandonar a atividade, Quando os atobas terminam sua atividade pesqueira, ou mesmo apos um numero deste ciclo, sugere-se que a fregata venha a procurar os atobas, roubando-lhes parte do pescado, fenomeno este bem descrito na literatura. Esta observação conduz a uma revisão da interpretação acerca da relação entre estas espécies, até então, considerada como cleptoparasitismo para a de exploração mutua. |
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Comportamento associativo de Fregata magnificens (Fregatidae, aves) e Sula lecogaster (sulidae, aves) no litoral centro-norte do estado de São Paulo Associative behaviour of the Fregata magnificiens (fregatidae, Aves) and Sula leucogaster (Sulidae, Aves) in the São Paulo State littoral Aves marinhasComportamento alimentarRelações inter-específicasSimbioseFregatidaeSulidaeIlha dos Alcatrazes^i1^Marine birdsFeedings behaviourInterspecific relationshipsSymbiosisFregatidaeSulidaeIlha dos Alcatrazes^i2^ O habito da fregata (Fregata magnificiens) de roubar peixes do atobã marrom (Sula lecogaster) é bem conhecido na literatura, comportamento este que tem nos levado a classificar a primeira espécie como sendo cleptoparasita da segunda. Este trabalho, no entanto, mostra que a relação entre estas duas espécies é mais complexa e que o comportamento cleptoparasitãrio pode ser interpretado como sendo apenas parte de todo um processo de exploração mutua. Quando estas aves voam no encalço de embarcações pesqueiras, as fregatas localizam a fonte de alimento, sendo então seguidas pelos atobas que aparecem logo apos, apanhando os peixes mortos com muito mais eficiencia, de tal maneira que as fregatas não conseguem mais pescar, tendo que abandonar a atividade, Quando os atobas terminam sua atividade pesqueira, ou mesmo apos um numero deste ciclo, sugere-se que a fregata venha a procurar os atobas, roubando-lhes parte do pescado, fenomeno este bem descrito na literatura. Esta observação conduz a uma revisão da interpretação acerca da relação entre estas espécies, até então, considerada como cleptoparasitismo para a de exploração mutua. The frigatebird (Fregata magnificiens) often is referred to as a kleptoparasite of the brown booby (Sula lecogaster). This paper however, shows that the relationship between these species is more complex and that kleptoparasitism can be interpreted as just a part of a whole process of mutual exploration. When these birds fly behind fishing boats, F. magnificens locates the food source first and S. lecogaster then moves in and catches fish more efficiently in such a way that the frigatebird can no longer fish and has to fly away. When the fishing period is over then the frigatebird is thought to approach the brown boobies in order to get fish from them, as described in the literature, This leads to a revision on the interpretation about the relation between these species, from that of kleptoparasitism to this of mutual exploration. Universidade de São Paulo. Instituto Oceanográfico1987-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/biocean/article/view/662310.1590/S1679-87591987000100002Boletim do Instituto Oceanográfico; v. 35 n. 1 (1987); 1-5 Boletim do Instituto Oceanografico; Vol. 35 No. 1 (1987); 1-5 Boletim do Instituto Oceanográfico; Vol. 35 Núm. 1 (1987); 1-5 2316-89510373-5524reponame:Boletim do Instituto Oceanográficoinstname:Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/biocean/article/view/6623/8094Rezende, Mareio Amaralinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-05-02T17:12:33Zoai:revistas.usp.br:article/6623Revistahttps://www.revistas.usp.br/bioceanPUBhttps://www.revistas.usp.br/biocean/oaiamspires@usp.br0373-55240373-5524opendoar:2012-05-02T17:12:33Boletim do Instituto Oceanográfico - Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP)false |
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