Contribuição para o conhecimento da flora algológica marinha do estado do Paraná
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1950 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Boletim do Instituto Paulista de Oceanografia |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/bipoce/article/view/78749 |
Resumo: | Esta nota é a primeira contribuição para a distribuição especial das algas marinhas do litoral paranaense (Caiobá). São considerados três tipos de litoral: a) Litoral rochoso sujeito à ação de arrebentação. b) Litoral rochoso mais ou menos abrigado. c) Manguesais. Dentro do esquema proposto, o primeiro tipo é subdividido em 2 zonas: 1.º) Zona dos borrifos, situada acima do limite médio da maré alta (fig. 2 n.º 1), correspondente à "Splash zone" ou à "Sprit zone" dos autores estrangeiros. 2.º) Zona de arrebentação (Ressaca), situada entre os níveis médios das marés baixa e alta, correspondendo à "Interdital zone" ou à "Gezeitenzone" dos autores estrangeiros, (fig. 2 n.º 2). A primeira zona só conta com uma alga, Lyngbya confervoides e pelo menos mais duas espécies de moluscos do gênero Littorina. A segunda zona, a mais rica tanto em algas como em animais, é essencialmente caracterizada em Caiobá pelas algas seguintes: Levringia sp. Chaetomorpha media e Centroceras clavulatum na parte mais alta, associadas a balanoides (craca) e a Mytilus perna (marisco). Mais abaixo domina Pterosiphonia pennata, Hypnea musciformis e Bryocladia thyrsigera. São apresentados também mais três tipos secundários dependendo das condições locais dos rochedos. Esta sucessão de Littorina, Balanus e Mytilus é a mesma existente no sul da África, segundo se depreende dos trabalhos de Stephenson (11,12) e de vários de seus colaboradores. O segundo tipo apresenta também duas zonas, sendo a segunda a mais rica e variada, aparecendo aqui como dominante, uma associação na qual, Callithamnion, Laurencia papulosa, Gigartina Teedii e Sargassum cymosum são as mais abundantes. É sugerida a existência de uma zona abaixo do limite inferior das marés baixas, zona essa representada por Rhodymenia Palmetta, Plocamium brasiliensis e Spatoglossum Schroederi pelo menos. É feita uma rápida enumeração das algas dos manguesais. |
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A segunda zona, a mais rica tanto em algas como em animais, é essencialmente caracterizada em Caiobá pelas algas seguintes: Levringia sp. Chaetomorpha media e Centroceras clavulatum na parte mais alta, associadas a balanoides (craca) e a Mytilus perna (marisco). Mais abaixo domina Pterosiphonia pennata, Hypnea musciformis e Bryocladia thyrsigera. São apresentados também mais três tipos secundários dependendo das condições locais dos rochedos. Esta sucessão de Littorina, Balanus e Mytilus é a mesma existente no sul da África, segundo se depreende dos trabalhos de Stephenson (11,12) e de vários de seus colaboradores. O segundo tipo apresenta também duas zonas, sendo a segunda a mais rica e variada, aparecendo aqui como dominante, uma associação na qual, Callithamnion, Laurencia papulosa, Gigartina Teedii e Sargassum cymosum são as mais abundantes. É sugerida a existência de uma zona abaixo do limite inferior das marés baixas, zona essa representada por Rhodymenia Palmetta, Plocamium brasiliensis e Spatoglossum Schroederi pelo menos. É feita uma rápida enumeração das algas dos manguesais. This paper is to be considered as a first contribution to the special distribution regarding marine sea-weed of the Parana coast (Caiobá). We shall consider three coastal types: a) Those of the rocky coast subject to the action of waves. b) Those of the rocky coast but nevertheless more or less protected; and, c) Those of the marshy ground. "Within the proposed plan, the first type is divided into two zones: 1) The Splash Zone located above the average limit of the tide (fig. 2 n.º 1). Foreign authors call this zone also the Spritzone. 2) The Intertidal Zone (Ressaca), situated between the average of the levels of the tide. Foreign authors named this zone the Gezeitenzone (fig. 2 n.º 2). The first named of the two above zones contains only one species of sead-weed, Lyngbya confervoides and at least two species of molluks of the Littorina genus. The second zone is the richer one of the two in animals as well as in sea-weed and is especially characterized in Caiobá by means of the following sea-weeds: Levringia sp., Chaetomorpha media and Centroceras clavulatum. These are to be found in the upper part together with balanoids (craca) and Mytilus perna (marisco). Pterosiphonia pennata, Hypnea musciformis, and Bryocladia thyrsigera are prevalent in the lower part. Another three secondary types are to be found, however, this depending upon local conditions of the rocks. This succession of Littorina, balanoides and Mytilus is the same as that existing in the Southern part of Africa, as can be noted from works published by Stephenson (11,12) and various others of his collaborators. The second type also populates two zones, being the second one the richer and it also provides a grater variety. Here we find a group of sea-weeds and among them the following dominate Callithamnion, Laurencia papulosa, Gigartina Teedii and Sargassum cymosum. It is believed that there exists another zone below the inferior limit of the tide and the same presents us the species Rhodymenia Palmetta, Plocamium brasiliensis and Spatoglossum Schroederi. A quick enumeration of the sea-weeds living in the marshy ground is made. Universidade de São Paulo. Instituto Oceanográfico1950-12-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/bipoce/article/view/7874910.1590/S0100-42391951000100005Boletim do Instituto Paulista de Oceanografia; v. 2 n. 1 (1951); 125-138 2317-62880100-4239reponame:Boletim do Instituto Paulista de Oceanografiainstname:Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/bipoce/article/view/78749/82801Joly, Aylthon Brandãoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2014-04-03T12:42:42Zoai:revistas.usp.br:article/78749Revistahttps://www.revistas.usp.br/bipocePUBhttps://www.revistas.usp.br/bipoce/oaiamspires@usp.br0100-42390100-4239opendoar:2014-04-03T12:42:42Boletim do Instituto Paulista de Oceanografia - Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP)false |
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