Perfil e seguimento dos pacientes portadores de Mycobacterium sp. do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Froes,Giselle Carvalho
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Coutinho,Rosane Luiza, Ávila,Marcelo Nardy de, Cançado,Leandra Rocha, Miranda,Silvana Spíndola de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pneumologia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-35862003000600008
Resumo: INTRODUÇÃO: Em levantamentos feitos no Laboratório de Micobactérias do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, em anos anteriores, constatou-se que cerca de 42% dos pacientes portadores de micobacterioses não haviam iniciado o tratamento por desconhecerem o diagnóstico. OBJETIVO: Avaliar o perfil dos pacientes portadores de micobacterioses do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Descrever o seguimento desses pacientes e sua inserção no sistema de saúde, comparando com a proposta do Programa Nacional de Controle da Tuberculose. MÉTODO: A partir dos registros do Laboratório Central do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais de janeiro a dezembro de 2002, os autores selecionaram os pacientes com diagnóstico bacteriológico de micobacterioses e efetuaram a busca ativa e o seguimento desses pacientes. RESULTADOS: De um total de 66 pacientes,62 (94%) tinham cepas do Mycobacterium tuberculosis e quatro (6%), micobactéria não tuberculosa; quatro desses 62 pacientes (6%) foram transferidos para outras instituições. Após a busca ativa, de um total de 58 pacientes, 37 (63%) estavam curados, 11 (19%) faleceram, sendo que destes, sete (64%) eram positivos para o vírus da imunodeficiência humana (HIV), um (2%) recusou tratamento e nove (16%) não foram encontrados. CONCLUSÃO: Não foi a falta de diagnóstico o que impossibilitou o paciente de receber seu tratamento e, sim, uma estrutura inadequada, com baixa conscientização de todos os envolvidos, demonstrando a desorganização no controle da tuberculose em nível hospitalar. A cura dos pacientes foi aquém da exigida pelo Ministério da Saúde, devido à grande quantidade de soropositivos para o HIV. Os óbitos foram relacionados ao HIV e ao desconhecimento da doença. É fundamental que os profissionais que atuam em nível laboratorial realizem pesquisas operacionais em tuberculose em conjunto com profissionais da área clínica, pois somente dessa forma serão identificadas respostas aos problemas da prática clínico-laboratorial em nosso meio.
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