Aprendizado do uso do inalador dosimetrado após explicação por pneumologista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SANDRINI,ALESSANDRA
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: JACOMOSSI,ANDRÉIA, FARENSIN,SONIA MARIA, FERNANDES,ANA LUISA GODOY, JARDIM,JOSÉ ROBERTO
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pneumologia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-35862001000100003
Resumo: Introdução: O uso do inalador dosimetrado para administração de drogas inalatórias tem sido preconizado há vários anos. Apesar disso, um grande número de pacientes deixa de ser tratado por essa via de administração. Médicos deixam de prescrever drogas inalatórias por esse dispositivo por acreditar que os pacientes serão incapazes de realizar a técnica corretamente. Por outro lado, os médicos não despendem tempo apropriado para ensinar a técnica correta de uso dos inaladores dosimetrados. Objetivo: Avaliar a percentagem de pacientes, nunca ensinados a usar inalador dosimetrado, que aprendem a utilizar corretamente este dispositivo, após explicação fornecida por pneumologista. Material e métodos: Foram estudados, prospectivamente, 119 pacientes em uma clínica privada em São Paulo. Os pacientes eram ensinados exaustivamente a utilizar o dispositivo na primeira consulta e orientados a retornar em dez dias, quando eram solicitados a realizar a técnica exatamente como estavam fazendo no domicílio. Foi classificada em quatro categorias a técnica de uso: correto, pouco errado, erro intermediário, muito errado. Resultados: Foram excluídos 26 pacientes, devido ao não comparecimento à consulta de retorno no tempo previsto. A amostra resultou em 93 pacientes. A idade dos pacientes variou de 9 a 81 anos, com média de 42,6 (± 21) anos; 59,2% eram do sexo masculino e 40,8% do feminino. Após dez dias, 45 pacientes (48,4%) realizaram a técnica correta. Usaram de forma totalmente errada o inalador dosimetrado 16,2% dos pacientes; 19,3% apresentaram técnica pouco errada e 16,2%, erro intermediário. Os erros mais freqüentes foram: colocação do dispositivo dentro da boca; inspiração antes de acionar o jato; inspiração rápida; inspiração pelo nariz. Apenas 33,3% dos pacientes abaixo de 15 anos e acima de 75 anos souberam realizar a técnica de forma totalmente correta. Conclusão: Este estudo demonstrou que a maioria dos pacientes aprende a usar corretamente ou quase corretamente a medicação por esse dispositivo após uma primeira explicação, desde que exaustivamente ensinada.
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