Uma revisão sobre metalo-β-lactamases
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | RBCF. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rbcf/article/view/44331 |
Resumo: | A emergência e disseminação da resistência aos antimicrobianos são problemas de grande importância mundial, particularmente entre patógenos nosocomiais de importância clínica como os bacilos Gram negativos não fermentadores e membros da família Enterobacteriaceae. O principal mecanismo de resistência desses patógenos é a produção de β-lactamases, que são enzimas que hidrolisam o anel β-lactâmico impedindo assim a ação dos antimicrobianos β-lactâmicos. As β-lactamases foram dividas em quatro classes de acordo com a sua estrutura primária e podem também ser classificadas dentro de dois grupos com base no seu mecanismo catalítico, isto é, serina-β-lactamases (Classes A, C e D) e metalo-β-lactamases (Classe B). As metalo-β-lactamases (MβL) utilizam íons divalentes, comumente zinco, como co-fator para sua atividade catalítica e são atualmente uma das classes que mais merece destaque, devido à sua capacidade de hidrolisar todos os antimicrobianos β-lactâmicos, incluindo os carbapenens. Estes antimicrobianos são utilizados no tratamento de infecções causadas por bactérias Gram-negativas multirresistentes e conseguem se manter estáveis frente às serina-β-lactamases. A detecção de microrganismos produtores de MβL tem por finalidade auxiliar a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) na prevenção da disseminação desse mecanismo de resistência no ambiente hospitalar e impedir que ele chegue até a comunidade, bem como enfatizar o uso racional dos antimicrobianos disponíveis para uso clínico, pois, atualmente,há poucos investimentos da indústria farmacêutica na pesquisa de novos agentes antimicrobianos. |
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Uma revisão sobre metalo-β-lactamasesA review on metallo-β-lactamasesResistência bacterianaβ-lactamasesMetalo-βBacilos Gram negativos^i1^sresistênAntimicrobial resistanceβ-lactamasesMetallo-βGram negative bacilli^i2^sresistaA emergência e disseminação da resistência aos antimicrobianos são problemas de grande importância mundial, particularmente entre patógenos nosocomiais de importância clínica como os bacilos Gram negativos não fermentadores e membros da família Enterobacteriaceae. O principal mecanismo de resistência desses patógenos é a produção de β-lactamases, que são enzimas que hidrolisam o anel β-lactâmico impedindo assim a ação dos antimicrobianos β-lactâmicos. As β-lactamases foram dividas em quatro classes de acordo com a sua estrutura primária e podem também ser classificadas dentro de dois grupos com base no seu mecanismo catalítico, isto é, serina-β-lactamases (Classes A, C e D) e metalo-β-lactamases (Classe B). As metalo-β-lactamases (MβL) utilizam íons divalentes, comumente zinco, como co-fator para sua atividade catalítica e são atualmente uma das classes que mais merece destaque, devido à sua capacidade de hidrolisar todos os antimicrobianos β-lactâmicos, incluindo os carbapenens. Estes antimicrobianos são utilizados no tratamento de infecções causadas por bactérias Gram-negativas multirresistentes e conseguem se manter estáveis frente às serina-β-lactamases. A detecção de microrganismos produtores de MβL tem por finalidade auxiliar a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) na prevenção da disseminação desse mecanismo de resistência no ambiente hospitalar e impedir que ele chegue até a comunidade, bem como enfatizar o uso racional dos antimicrobianos disponíveis para uso clínico, pois, atualmente,há poucos investimentos da indústria farmacêutica na pesquisa de novos agentes antimicrobianos.The emergence and dissemination of antimicrobial resistance are problems of great importance worldwide, particularly between nosocomial pathogens of clinical importance such as nonfermentative Gram-negative bacilli and members of the family Enterobacteriaceae. The main mechanism of resistance these pathogens is the production of β-lactamases, which are enzymes that hydrolyzing the ring β-lactam hindering the action of antimicrobial β-lactam. The β- lactamases were classified into four classes of according its primary structure and may also be classified in two groups based on their catalytic mechanism, that is, serine-β-lactamases (Classes A, C and D) e metallo-β-lactamases (Class B). The metallo-β-lactamases (MβL) using ions divalentes, commonly zinc, as co-factor for its catalytic activity and currently represent one the most important class of enzymes, due of their ability to hydrolyze all antimicrobial β-lactam, including carbapenens, which are used in the treatment of Gram-negative bacteria multidrug-resistant and to remain stable before the serine-β-lactamases. The detection of samples producing of MβL helps infection control practioners to prevent the dissemination of this mechanism of resistance in the nosocomial environment and to prevent it come to the community, and emphasize the rational use of antimicrobial currently available for clinical use, since there are few investments in the pharmaceutical industry in search of new antimicrobial agents.Universidade de São Paulo. Faculdade de Ciências Farmacêuticas2008-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rbcf/article/view/4433110.1590/S1516-93322008000400005Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas; v. 44 n. 4 (2008); 577-599Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas; Vol. 44 Núm. 4 (2008); 577-599Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas; Vol. 44 No. 4 (2008); 577-5991809-45621516-9332reponame:RBCF. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/rbcf/article/view/44331/47952Bertoncheli, Claudia de MelloHörner, Rosmariinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-09-20T19:14:33Zoai:revistas.usp.br:article/44331Revistahttps://www.scielo.br/j/rbcf/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||bjps@usp.br1809-45621516-9332opendoar:2012-09-20T19:14:33RBCF. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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