The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de antropologia (São Paulo. Online) |
DOI: | 10.11606/2179-0892.ra.2017.137313 |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/137313 |
Resumo: | Para Schneider, os estudos antropológicos de parentesco estão ancorados em uma Doutrina da Unidade Genealógica da Humanidade que teria distorcido a percepção etnográfica e consagrado um “non-subject”. Esta Doutrina pode ser assim resumida: em todas as culturas humanas, parentesco tem a ver com o reconhecimento de vínculos naturais entre os indivíduos, assim afiançando sua tradução universal em termos genealógicos. Este artigo se contrapõe à crítica de Schneider em duas frentes: indaga se necessariamente convém entender o método genealógico como um dispositivo de tradução; em outra, questiona se o método genealógico requer tal Doutrina para se definir. Paralelamente, a partir da pesquisa etnográfica concernente aos Enawene-Nawe, este artigo, nos horizontes da teoria da aliança, argumenta em favor da reabilitação do método genealógico que, neste século, não pode abrir mão de ferramentas computacionais. Isto, considerando que “a primeira tarefa da antropologia, pré-requisito de todas as outras, é entender e formular os símbolos e sentidos e suas configurações, de que uma cultura particular consiste” (ênfase no original, Schneider, 1984: 196). |
id |
USP-55_1cbacaad0277e87a086d21cb8715a5c1 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/137313 |
network_acronym_str |
USP-55 |
network_name_str |
Revista de antropologia (São Paulo. Online) |
spelling |
The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of FrontierO grande jogo do casamento: um desafio antropológico e computacional em área de fronteiraParentescogenealogiatradução e modeloteoria da aliançaEnawene-NaweAntropologiaKinshipGenealogical MethodTranslation and ModelsAlliance TheoryEnawene-NaweAnthropologyPara Schneider, os estudos antropológicos de parentesco estão ancorados em uma Doutrina da Unidade Genealógica da Humanidade que teria distorcido a percepção etnográfica e consagrado um “non-subject”. Esta Doutrina pode ser assim resumida: em todas as culturas humanas, parentesco tem a ver com o reconhecimento de vínculos naturais entre os indivíduos, assim afiançando sua tradução universal em termos genealógicos. Este artigo se contrapõe à crítica de Schneider em duas frentes: indaga se necessariamente convém entender o método genealógico como um dispositivo de tradução; em outra, questiona se o método genealógico requer tal Doutrina para se definir. Paralelamente, a partir da pesquisa etnográfica concernente aos Enawene-Nawe, este artigo, nos horizontes da teoria da aliança, argumenta em favor da reabilitação do método genealógico que, neste século, não pode abrir mão de ferramentas computacionais. Isto, considerando que “a primeira tarefa da antropologia, pré-requisito de todas as outras, é entender e formular os símbolos e sentidos e suas configurações, de que uma cultura particular consiste” (ênfase no original, Schneider, 1984: 196).According to Schneider (1984: 4, 119-120), anthropological studies of kinship are anchored in a Doctrine of the Genealogical Unity of Mankind which has distorted ethnographic perception and consecrated a non-subject. This Doctrine can be summarized as follows: in all human cultures kinship concerns the acknowledgement of natural ties among individuals, thus warranting its universal translation in genealogical terms. This article counters Schneider’s criticism on two fronts: inquiring if the genealogical method should necessarily be understood as a means of translation; and challenging whether the definition of the genealogical method requires such a Doctrine in the first place. In parallel, drawing considerations from ethnographic research concerning the Enawene-Nawe, this article, within the horizon of the alliance theory, argues in favor of the rehabilitation of the genealogical method, which in the present century cannot dismiss computational tools. This, considering that “the first task of anthropology, prerequisite to all others, is to understand and formulate the symbols and meanings and their configuration, that a particular culture consists of” (Schneider 1984: 196, emphasis in the original).Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2017-09-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/13731310.11606/2179-0892.ra.2017.137313Revista de Antropologia; v. 60 n. 2 (2017); 356-382Revista de Antropologia; Vol. 60 No 2 (2017); 356-382Revista de Antropologia; Vol. 60 Núm. 2 (2017); 356-382Revista de Antropologia; Vol. 60 No. 2 (2017); 356-3821678-98570034-7701reponame:Revista de antropologia (São Paulo. Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/137313/133923Silva, Marcioinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-07-03T03:57:55Zoai:revistas.usp.br:article/137313Revistahttp://www.revistas.usp.br/raPUBhttp://www.revistas.usp.br/ra/oairevista.antropologia.usp@gmail.com||revant@edu.usp.br1678-98570034-7701opendoar:2020-07-03T03:57:55Revista de antropologia (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier O grande jogo do casamento: um desafio antropológico e computacional em área de fronteira |
title |
The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier |
spellingShingle |
The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier Silva, Marcio Parentesco genealogia tradução e modelo teoria da aliança Enawene-Nawe Antropologia Kinship Genealogical Method Translation and Models Alliance Theory Enawene-Nawe Anthropology Silva, Marcio Parentesco genealogia tradução e modelo teoria da aliança Enawene-Nawe Antropologia Kinship Genealogical Method Translation and Models Alliance Theory Enawene-Nawe Anthropology |
title_short |
The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier |
title_full |
The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier |
title_fullStr |
The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier |
title_full_unstemmed |
The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier |
title_sort |
The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier |
author |
Silva, Marcio |
author_facet |
Silva, Marcio Silva, Marcio |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva, Marcio |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Parentesco genealogia tradução e modelo teoria da aliança Enawene-Nawe Antropologia Kinship Genealogical Method Translation and Models Alliance Theory Enawene-Nawe Anthropology |
topic |
Parentesco genealogia tradução e modelo teoria da aliança Enawene-Nawe Antropologia Kinship Genealogical Method Translation and Models Alliance Theory Enawene-Nawe Anthropology |
description |
Para Schneider, os estudos antropológicos de parentesco estão ancorados em uma Doutrina da Unidade Genealógica da Humanidade que teria distorcido a percepção etnográfica e consagrado um “non-subject”. Esta Doutrina pode ser assim resumida: em todas as culturas humanas, parentesco tem a ver com o reconhecimento de vínculos naturais entre os indivíduos, assim afiançando sua tradução universal em termos genealógicos. Este artigo se contrapõe à crítica de Schneider em duas frentes: indaga se necessariamente convém entender o método genealógico como um dispositivo de tradução; em outra, questiona se o método genealógico requer tal Doutrina para se definir. Paralelamente, a partir da pesquisa etnográfica concernente aos Enawene-Nawe, este artigo, nos horizontes da teoria da aliança, argumenta em favor da reabilitação do método genealógico que, neste século, não pode abrir mão de ferramentas computacionais. Isto, considerando que “a primeira tarefa da antropologia, pré-requisito de todas as outras, é entender e formular os símbolos e sentidos e suas configurações, de que uma cultura particular consiste” (ênfase no original, Schneider, 1984: 196). |
publishDate |
2017 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2017-09-27 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/137313 10.11606/2179-0892.ra.2017.137313 |
url |
https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/137313 |
identifier_str_mv |
10.11606/2179-0892.ra.2017.137313 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/137313/133923 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista de Antropologia; v. 60 n. 2 (2017); 356-382 Revista de Antropologia; Vol. 60 No 2 (2017); 356-382 Revista de Antropologia; Vol. 60 Núm. 2 (2017); 356-382 Revista de Antropologia; Vol. 60 No. 2 (2017); 356-382 1678-9857 0034-7701 reponame:Revista de antropologia (São Paulo. Online) instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Revista de antropologia (São Paulo. Online) |
collection |
Revista de antropologia (São Paulo. Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista de antropologia (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
revista.antropologia.usp@gmail.com||revant@edu.usp.br |
_version_ |
1822180529313677312 |
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv |
10.11606/2179-0892.ra.2017.137313 |