The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Marcio
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de antropologia (São Paulo. Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/137313
Resumo: Para Schneider, os estudos antropológicos de parentesco estão ancorados em uma Doutrina da Unidade Genealógica da Humanidade que teria distorcido a percepção etnográfica e consagrado um “non-subject”. Esta Doutrina pode ser assim resumida: em todas as culturas humanas, parentesco tem a ver com o reconhecimento de vínculos naturais entre os indivíduos, assim afiançando sua tradução universal em termos genealógicos. Este artigo se contrapõe à crítica de Schneider em duas frentes: indaga se necessariamente convém entender o método genealógico como um dispositivo de tradução; em outra, questiona se o método genealógico requer tal Doutrina para se definir. Paralelamente, a partir da pesquisa etnográfica concernente aos Enawene-Nawe, este artigo, nos horizontes da teoria da aliança, argumenta em favor da reabilitação do método genealógico que, neste século, não pode abrir mão de ferramentas computacionais. Isto, considerando que “a primeira tarefa da antropologia, pré-requisito de todas as outras, é entender e formular os símbolos e sentidos e suas configurações, de que uma cultura particular consiste” (ênfase no original, Schneider, 1984: 196).
id USP-55_1cbacaad0277e87a086d21cb8715a5c1
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/137313
network_acronym_str USP-55
network_name_str Revista de antropologia (São Paulo. Online)
repository_id_str
spelling The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of FrontierO grande jogo do casamento: um desafio antropológico e computacional em área de fronteiraParentescogenealogiatradução e modeloteoria da aliançaEnawene-NaweAntropologiaKinshipGenealogical MethodTranslation and ModelsAlliance TheoryEnawene-NaweAnthropologyPara Schneider, os estudos antropológicos de parentesco estão ancorados em uma Doutrina da Unidade Genealógica da Humanidade que teria distorcido a percepção etnográfica e consagrado um “non-subject”. Esta Doutrina pode ser assim resumida: em todas as culturas humanas, parentesco tem a ver com o reconhecimento de vínculos naturais entre os indivíduos, assim afiançando sua tradução universal em termos genealógicos. Este artigo se contrapõe à crítica de Schneider em duas frentes: indaga se necessariamente convém entender o método genealógico como um dispositivo de tradução; em outra, questiona se o método genealógico requer tal Doutrina para se definir. Paralelamente, a partir da pesquisa etnográfica concernente aos Enawene-Nawe, este artigo, nos horizontes da teoria da aliança, argumenta em favor da reabilitação do método genealógico que, neste século, não pode abrir mão de ferramentas computacionais. Isto, considerando que “a primeira tarefa da antropologia, pré-requisito de todas as outras, é entender e formular os símbolos e sentidos e suas configurações, de que uma cultura particular consiste” (ênfase no original, Schneider, 1984: 196).According to Schneider (1984: 4, 119-120), anthropological studies of kinship are anchored in a Doctrine of the Genealogical Unity of Mankind which has distorted ethnographic perception and consecrated a non-subject. This Doctrine can be summarized as follows: in all human cultures kinship concerns the acknowledgement of natural ties among individuals, thus warranting its universal translation in genealogical terms. This article counters Schneider’s criticism on two fronts: inquiring if the genealogical method should necessarily be understood as a means of translation; and challenging whether the definition of the genealogical method requires such a Doctrine in the first place. In parallel, drawing considerations from ethnographic research concerning the Enawene-Nawe, this article, within the horizon of the alliance theory, argues in favor of the rehabilitation of the genealogical method, which in the present century cannot dismiss computational tools. This, considering that “the first task of anthropology, prerequisite to all others, is to understand and formulate the symbols and meanings and their configuration, that a particular culture consists of” (Schneider 1984: 196, emphasis in the original).Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2017-09-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/13731310.11606/2179-0892.ra.2017.137313Revista de Antropologia; v. 60 n. 2 (2017); 356-382Revista de Antropologia; Vol. 60 No 2 (2017); 356-382Revista de Antropologia; Vol. 60 Núm. 2 (2017); 356-382Revista de Antropologia; Vol. 60 No. 2 (2017); 356-3821678-98570034-7701reponame:Revista de antropologia (São Paulo. Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/137313/133923Silva, Marcioinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-07-03T03:57:55Zoai:revistas.usp.br:article/137313Revistahttp://www.revistas.usp.br/raPUBhttp://www.revistas.usp.br/ra/oairevista.antropologia.usp@gmail.com||revant@edu.usp.br1678-98570034-7701opendoar:2020-07-03T03:57:55Revista de antropologia (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier
O grande jogo do casamento: um desafio antropológico e computacional em área de fronteira
title The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier
spellingShingle The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier
Silva, Marcio
Parentesco
genealogia
tradução e modelo
teoria da aliança
Enawene-Nawe
Antropologia
Kinship
Genealogical Method
Translation and Models
Alliance Theory
Enawene-Nawe
Anthropology
title_short The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier
title_full The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier
title_fullStr The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier
title_full_unstemmed The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier
title_sort The Grand Game of Marriage: An Anthropological and Computational Challenge in an Area of Frontier
author Silva, Marcio
author_facet Silva, Marcio
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Marcio
dc.subject.por.fl_str_mv Parentesco
genealogia
tradução e modelo
teoria da aliança
Enawene-Nawe
Antropologia
Kinship
Genealogical Method
Translation and Models
Alliance Theory
Enawene-Nawe
Anthropology
topic Parentesco
genealogia
tradução e modelo
teoria da aliança
Enawene-Nawe
Antropologia
Kinship
Genealogical Method
Translation and Models
Alliance Theory
Enawene-Nawe
Anthropology
description Para Schneider, os estudos antropológicos de parentesco estão ancorados em uma Doutrina da Unidade Genealógica da Humanidade que teria distorcido a percepção etnográfica e consagrado um “non-subject”. Esta Doutrina pode ser assim resumida: em todas as culturas humanas, parentesco tem a ver com o reconhecimento de vínculos naturais entre os indivíduos, assim afiançando sua tradução universal em termos genealógicos. Este artigo se contrapõe à crítica de Schneider em duas frentes: indaga se necessariamente convém entender o método genealógico como um dispositivo de tradução; em outra, questiona se o método genealógico requer tal Doutrina para se definir. Paralelamente, a partir da pesquisa etnográfica concernente aos Enawene-Nawe, este artigo, nos horizontes da teoria da aliança, argumenta em favor da reabilitação do método genealógico que, neste século, não pode abrir mão de ferramentas computacionais. Isto, considerando que “a primeira tarefa da antropologia, pré-requisito de todas as outras, é entender e formular os símbolos e sentidos e suas configurações, de que uma cultura particular consiste” (ênfase no original, Schneider, 1984: 196).
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-09-27
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/137313
10.11606/2179-0892.ra.2017.137313
url https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/137313
identifier_str_mv 10.11606/2179-0892.ra.2017.137313
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/137313/133923
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
dc.source.none.fl_str_mv Revista de Antropologia; v. 60 n. 2 (2017); 356-382
Revista de Antropologia; Vol. 60 No 2 (2017); 356-382
Revista de Antropologia; Vol. 60 Núm. 2 (2017); 356-382
Revista de Antropologia; Vol. 60 No. 2 (2017); 356-382
1678-9857
0034-7701
reponame:Revista de antropologia (São Paulo. Online)
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Revista de antropologia (São Paulo. Online)
collection Revista de antropologia (São Paulo. Online)
repository.name.fl_str_mv Revista de antropologia (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv revista.antropologia.usp@gmail.com||revant@edu.usp.br
_version_ 1797242190167015424