As Necrópoles e o Concreto Armado: reflexões antropológicas e históricas sobre os apartheids em Brasília e Joanesburgo
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por eng |
Título da fonte: | Revista de antropologia (São Paulo. Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/203900 |
Resumo: | This article compares the development of the cities of Brasília (Brazil) and Johannesburg (South Africa) by analysing two series of dualism: event/daily; life and non/life. From a historical methodology and in the light of anthropological theories, we indicate how the constitution of these two spaces of apartheid, these events and daily life, are related by the materialization of eugenicist utopias that reify people already racialized by colonization. People who continue to have a dubious function of object and abject. Thus, we point out cement as an actor of the technosphere in the Negrocene (FERDINAND, 2021) and, in the calculation of its transformation into concrete, we see how indispensable people (lives) are read by capitalism/colonialism as commodities (non-life), extracted of the residues of colonial political arrangements. Finally, conceptualizing modern cities as necropolis, we point out how solutions to colonialism can reside in biointeraction (SANTOS, 2015) experiences and in different visions of what body and space are. |
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As Necrópoles e o Concreto Armado: reflexões antropológicas e históricas sobre os apartheids em Brasília e JoanesburgoNecropolis and the Reinforced Concrete: anthropological and historical reflections about apartheids between Brasília end Johannesburgracismapartheideventdaily lifeNegroceneracismoapartheidacontecimientovida cotidianaNegrocenoracismo;apartheideventocotidianoNegrocenoThis article compares the development of the cities of Brasília (Brazil) and Johannesburg (South Africa) by analysing two series of dualism: event/daily; life and non/life. From a historical methodology and in the light of anthropological theories, we indicate how the constitution of these two spaces of apartheid, these events and daily life, are related by the materialization of eugenicist utopias that reify people already racialized by colonization. People who continue to have a dubious function of object and abject. Thus, we point out cement as an actor of the technosphere in the Negrocene (FERDINAND, 2021) and, in the calculation of its transformation into concrete, we see how indispensable people (lives) are read by capitalism/colonialism as commodities (non-life), extracted of the residues of colonial political arrangements. Finally, conceptualizing modern cities as necropolis, we point out how solutions to colonialism can reside in biointeraction (SANTOS, 2015) experiences and in different visions of what body and space are.Este artigo compara o desenvolvimento das cidades de Brasília (Brasil) e Joanesburgo (África do Sul) pela análise dos dualismos evento/cotidiano; vida e não/vida. A partir de uma metodologia histórica e à luz das teorias antropológicas, indicamos como a constituição desses dois espaços do apartheid, esses eventos e cotidianos, se relacionam pelas concretizações das utopias eugenistas que reificam pessoas já racializadas na colonização. Pessoas que continuam tendo uma função dúbia de objeto e abjeto. Assim, apontamos o cimento como ator da tecnosfera no Negroceno (FERDINAND, 2021) e, no cálculo de sua transformação em concreto, vemos como são indispensáveis as pessoas (as vidas) lidas pelo capitalismo/colonialismo como commodities (não-vida), extraídas dos resíduos dos arranjos políticos coloniais. Por fim, conceituando as cidades modernas como necrópoles, apontamos como as soluções ao colonialismo podem residir em experiências de biointeração (SANTOS, 2015) e em visões distintas do que seja corpo e espaço.Este artículo compara el desarrollo de las ciudades de Brasilia (Brasil) y Johannesburgo (Sudáfrica) analizando dos series de dualismo: evento/diario; vida y no/vida. Desde una metodología histórica a la luz de las teorías antropológicas, indicamos cómo la creación de estos dos espacios del apartheid, estos eventos y la cotidianidad, se relacionan mediante la materialización de utopías eugenistas que cosifican a personas ya racializadas por la colonización. Personas que siguen teniendo una dudosa función de objeto y abyecto. Así, señalamos el cemento como actor de la tecnosfera en el Negroceno (FERDINAND, 2021) y, en el cálculo de su transformación en hormigón, vemos cómo las personas (vidas) indispensables son leídas por el capitalismo/colonialismo como mercancías (no vida), extraída de los residuos de los arreglos políticos coloniales. Finalmente, conceptualizando las ciudades modernas como necrópolis, señalamos cómo las soluciones al colonialismo pueden residir en experiencias de biointeracción (SANTOS, 2015) y en diferentes visiones de lo que es el cuerpo y el espacio.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2023-11-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionTextoapplication/pdftext/xmlapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/20390010.11606/1678-9857.ra.2023.203900Revista de Antropologia; v. 66 (2023); 17-41Revista de Antropologia; Vol. 66 (2023); 17-41Revista de Antropologia; Vol. 66 (2023); 17-41Revista de Antropologia; Vol. 66 (2023); 17-411678-98570034-7701reponame:Revista de antropologia (São Paulo. Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/203900/199617https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/203900/199625https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/203900/199618Copyright (c) 2023 Revista de Antropologiahttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessLemos, Guilherme2023-11-22T12:22:07Zoai:revistas.usp.br:article/203900Revistahttp://www.revistas.usp.br/raPUBhttp://www.revistas.usp.br/ra/oairevista.antropologia.usp@gmail.com||revant@edu.usp.br1678-98570034-7701opendoar:2023-11-22T12:22:07Revista de antropologia (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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