O empresário, a ong, os marisqueiros, a criança: um estudo de caso sobre a variação de sentidos de um manguezal em disputa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mello, Cecília Campello do Amaral
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de antropologia (São Paulo. Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/121933
Resumo: O presente artigo propõe-se a apresentar algumas inflexões teórico-metodológicas nascidas da etnografia de um processo de conflito ambiental em uma área de manguezal ocupada por grupos extrativistas no Nordeste brasileiro. Pretende-se apresentar como os diferentes actantes em disputa – quais sejam, os empresários, os pesquisadores associados às ongs ambientalistas, os marisqueiros e as crianças de um movimento cultural afroindígena – nomeiam, definem e se apropriam daquilo que designam, cada um a seu modo, fazenda de camarão, ecossistema manguezal ou, simplesmente, mangue. A partir de uma pesquisa de campo de longa duração, este artigo propõe o exercício analítico de se aproximar dos percursos e deslocamentos nativos nas situações em que acontecem, tornando possível o vislumbre de múltiplos modos de ser extrativista e indicando, em consequência, a necessidade de uma complexificação da noção de grupo ou população extrativista.
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