Coloured e o estancamento da mediação racial na África do Sul

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Fernando Rosa
Data de Publicação: 1995
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de antropologia (São Paulo. Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/111435
Resumo: Coloured como categoria racial representa na África do Sul um elemento residual que subverte e potencialmente ameaça o sistema essencialista de classificação racial da sociedade. Ao contrário do Brasil, onde mestiço foi concebido como o ponto de transcendência do sistema racial, mediante a ideologia do branqueamento, coloured (que é a categoria equivalente na África do Sul) tornou-se tudo aquilo que o sisterna não conseguia classificar. Em lugar de base da nacional idade, como mestiço no Brasil, no pensamento sul-africano coloured converteu-se em uma categoria estanque corno "branco" e "negro" . Contudo, a classificação essencialista não consegue dar conta da categoria, já que esta última termina por subverter a primeira. O artigo tenta mostrar a especificidade da categoria na atualidade e sua gênese no período colonial.
id USP-55_53e08dceb9645c36d9aeac213564823b
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/111435
network_acronym_str USP-55
network_name_str Revista de antropologia (São Paulo. Online)
repository_id_str
spelling Coloured e o estancamento da mediação racial na África do SulColoured and the stoppage of a racial mediation in South Africacoloured ("mestiço")África do Sulclassificação racialessencialismocolouredSouth Africarace classificationessentialismColoured como categoria racial representa na África do Sul um elemento residual que subverte e potencialmente ameaça o sistema essencialista de classificação racial da sociedade. Ao contrário do Brasil, onde mestiço foi concebido como o ponto de transcendência do sistema racial, mediante a ideologia do branqueamento, coloured (que é a categoria equivalente na África do Sul) tornou-se tudo aquilo que o sisterna não conseguia classificar. Em lugar de base da nacional idade, como mestiço no Brasil, no pensamento sul-africano coloured converteu-se em uma categoria estanque corno "branco" e "negro" . Contudo, a classificação essencialista não consegue dar conta da categoria, já que esta última termina por subverter a primeira. O artigo tenta mostrar a especificidade da categoria na atualidade e sua gênese no período colonial.Coloured as a racial calegory in Soulh Africa stands for a residual element that subverts and potentially threatens the essentialist system of race classification. Differently to Brazil, where mestiço was conceived as the point at which the racial system would be transcended through the ideology of "whitening", coloured (mestiços counterpart in South Africa) was everything the essentialist system could not classify. Instead of being the foundation of nationality as mestiço in Brazil , in South Africa coloured became a compartmentalized category justas "white" and "black". However, essentialist classification cannot deal satisfactorily with that category, for coloured can potentially subvert the whole system of classification. This article attempts to show the meaning of the category in present times as well as its origin in the colonial period.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas1995-06-18info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/11143510.11606/1678-9857.ra.1995.111435Revista de Antropologia; v. 38 n. 1 (1995); 49-77Revista de Antropologia; Vol. 38 No 1 (1995); 49-77Revista de Antropologia; Vol. 38 Núm. 1 (1995); 49-77Revista de Antropologia; Vol. 38 No. 1 (1995); 49-771678-98570034-7701reponame:Revista de antropologia (São Paulo. Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/111435/109608Copyright (c) 1995 Revista de Antropologiahttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessRibeiro, Fernando Rosa2022-06-13T13:48:06Zoai:revistas.usp.br:article/111435Revistahttp://www.revistas.usp.br/raPUBhttp://www.revistas.usp.br/ra/oairevista.antropologia.usp@gmail.com||revant@edu.usp.br1678-98570034-7701opendoar:2022-06-13T13:48:06Revista de antropologia (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Coloured e o estancamento da mediação racial na África do Sul
Coloured and the stoppage of a racial mediation in South Africa
title Coloured e o estancamento da mediação racial na África do Sul
spellingShingle Coloured e o estancamento da mediação racial na África do Sul
Ribeiro, Fernando Rosa
coloured ("mestiço")
África do Sul
classificação racial
essencialismo
coloured
South Africa
race classification
essentialism
title_short Coloured e o estancamento da mediação racial na África do Sul
title_full Coloured e o estancamento da mediação racial na África do Sul
title_fullStr Coloured e o estancamento da mediação racial na África do Sul
title_full_unstemmed Coloured e o estancamento da mediação racial na África do Sul
title_sort Coloured e o estancamento da mediação racial na África do Sul
author Ribeiro, Fernando Rosa
author_facet Ribeiro, Fernando Rosa
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Ribeiro, Fernando Rosa
dc.subject.por.fl_str_mv coloured ("mestiço")
África do Sul
classificação racial
essencialismo
coloured
South Africa
race classification
essentialism
topic coloured ("mestiço")
África do Sul
classificação racial
essencialismo
coloured
South Africa
race classification
essentialism
description Coloured como categoria racial representa na África do Sul um elemento residual que subverte e potencialmente ameaça o sistema essencialista de classificação racial da sociedade. Ao contrário do Brasil, onde mestiço foi concebido como o ponto de transcendência do sistema racial, mediante a ideologia do branqueamento, coloured (que é a categoria equivalente na África do Sul) tornou-se tudo aquilo que o sisterna não conseguia classificar. Em lugar de base da nacional idade, como mestiço no Brasil, no pensamento sul-africano coloured converteu-se em uma categoria estanque corno "branco" e "negro" . Contudo, a classificação essencialista não consegue dar conta da categoria, já que esta última termina por subverter a primeira. O artigo tenta mostrar a especificidade da categoria na atualidade e sua gênese no período colonial.
publishDate 1995
dc.date.none.fl_str_mv 1995-06-18
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/111435
10.11606/1678-9857.ra.1995.111435
url https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/111435
identifier_str_mv 10.11606/1678-9857.ra.1995.111435
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/111435/109608
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 1995 Revista de Antropologia
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 1995 Revista de Antropologia
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
dc.source.none.fl_str_mv Revista de Antropologia; v. 38 n. 1 (1995); 49-77
Revista de Antropologia; Vol. 38 No 1 (1995); 49-77
Revista de Antropologia; Vol. 38 Núm. 1 (1995); 49-77
Revista de Antropologia; Vol. 38 No. 1 (1995); 49-77
1678-9857
0034-7701
reponame:Revista de antropologia (São Paulo. Online)
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Revista de antropologia (São Paulo. Online)
collection Revista de antropologia (São Paulo. Online)
repository.name.fl_str_mv Revista de antropologia (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv revista.antropologia.usp@gmail.com||revant@edu.usp.br
_version_ 1797242189178208256