Dos mercados informais às políticas não hegemônicas de valor: olhares cruzados entre Porto Alegre e Buenos Aires na produção de objetos e sujeitos camelôs
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de antropologia (São Paulo. Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/108573 |
Resumo: | A antropologia dos mercados informais sempre enfrentou com alguma dificuldade o problema básico de propor definições acerca do que seja o informal. Economistas e sociólogos propuseram conceituações por demais generalizantes, atrelando-as à economia formal; antropólogos esbarram em concepções excessivamente particularizantes, muitas vezes negando a capacidade heurística da noção. Esse artigo sugere uma terceira via para o problema, explorando as políticas econômicas de produção do valor de sujeitos, objetos e lugares, uns em relação de mútua definição com os outros. O enfoque recai sobre as disputas de sentido a partir de onde certos discursos sobre a informalidade – imaginados, móveis e incompletos – são materializados e performatizados. Etnograficamente, parte, de um lado, da transição do mercado de rua para um shopping popular, em Porto Alegre/RS; de outro, dos debates públicos entre jornalistas, empresários e mercadores acerca da expansão da feira informal “La Salada”, considerada a maior do mundo, em Buenos Aires. |
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Dos mercados informais às políticas não hegemônicas de valor: olhares cruzados entre Porto Alegre e Buenos Aires na produção de objetos e sujeitos camelôsFrom Informal Markets to non-hegemonic Politics of Value: Crosscutting approaches between Porto Alegre and Buenos Aires in the production of street objects and subjectsInformalidadeformalizaçãovaloretnografiacamelódromoLa SaladaAntropologiaInformalityFormalizationValueEthnographyCamelódromoLa SaladaA antropologia dos mercados informais sempre enfrentou com alguma dificuldade o problema básico de propor definições acerca do que seja o informal. Economistas e sociólogos propuseram conceituações por demais generalizantes, atrelando-as à economia formal; antropólogos esbarram em concepções excessivamente particularizantes, muitas vezes negando a capacidade heurística da noção. Esse artigo sugere uma terceira via para o problema, explorando as políticas econômicas de produção do valor de sujeitos, objetos e lugares, uns em relação de mútua definição com os outros. O enfoque recai sobre as disputas de sentido a partir de onde certos discursos sobre a informalidade – imaginados, móveis e incompletos – são materializados e performatizados. Etnograficamente, parte, de um lado, da transição do mercado de rua para um shopping popular, em Porto Alegre/RS; de outro, dos debates públicos entre jornalistas, empresários e mercadores acerca da expansão da feira informal “La Salada”, considerada a maior do mundo, em Buenos Aires.The anthropology of informal markets always faced with some difficulty the basic problem of proposing definitions of what constitutes the informal. Economists and sociologists have proposed all too generalizing conceptualizations, linking it to the formal economy; anthropologists run into excessively particularized conceptions, often denying the heuristic ability of the notion. This paper suggests a third answer to the problem. It explores the economic policies that attach value to subjects, objects and locations, framing and producing them in relation to each other. It focuses on how competing discourses on informality – imagined, mobile and incomplete – take form and are performed. Ethnographically, the article draws from the transition of a street market to a popular mall in Porto Alegre/RS; and on the public debates between journalists, businessmen and traders about the expansion of the world’s biggest informal marketplace, called “La Salada”, in Buenos AiresUniversidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2015-12-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/10857310.11606/2179-0892.ra.2015.108573Revista de Antropologia; v. 58 n. 2 (2015); 235-262Revista de Antropologia; Vol. 58 No 2 (2015); 235-262Revista de Antropologia; Vol. 58 Núm. 2 (2015); 235-262Revista de Antropologia; Vol. 58 No. 2 (2015); 235-2621678-98570034-7701reponame:Revista de antropologia (São Paulo. Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/108573/107409Kopper, Moisésinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-07-03T03:58:58Zoai:revistas.usp.br:article/108573Revistahttp://www.revistas.usp.br/raPUBhttp://www.revistas.usp.br/ra/oairevista.antropologia.usp@gmail.com||revant@edu.usp.br1678-98570034-7701opendoar:2020-07-03T03:58:58Revista de antropologia (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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