Cantos, curas e alimentos: reflexões sobre regimes de conhecimento Krahô
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de antropologia (São Paulo. Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/46966 |
Resumo: | Este artigo propõe uma aproximação compreensiva aos regimesde conhecimento do povo indígena Krahô. Tal qual o desenho enredado decaminhos (pr`y) que interligam as aldeias, o pensamento mehim pode ser vistocomo uma rede que conecta pessoas, animais, plantas, nomes pessoais,prerrogativas rituais, espíritos (mecarõ), mortos e tantos Outros. O recortedo presente artigo procura captar concepções e práticas que dotam deespecificidade alguns destes “caminhos” enquanto regimes de conhecimentoque, atualizados no campo interétnico, nos aproximam da noção krahôdo que temos chamado de “propriedade intelectual”. Na verdade, pretendemosmostrar que uma noção de “propriedade” do conhecimento, tal comonossa sociedade a compreende, não corresponde às formas nativas de apropriação,transmissão e validação do conhecimento, e que isso gera efeitossingulares quando – em um palco de negociações interétnicas – estes doissistemas são postos a interagir. Trataremos, pois, das formas de produção ecirculação de conhecimentos agrícolas, xamânicos e rituais e dos códigos sensíveissubjacentes à sua constituição. Por fim, veremos como se comporta aagencialidade indígena frente a dois projetos de pesquisa que, recentemente,buscaram acessar tais conhecimentos – tidos como “tradicionais” – e osdesencontros cognitivos gerados nestas interações. |
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