Aproveitar a vida, juventude e gravidez
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de antropologia (São Paulo. Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/27245 |
Resumo: | Este artigo propõe demonstrar que a concepção de aproveitar a vida tem significados importantes no universo investigado. A expressão surgiu no contexto de uma pesquisa de abordagem qualitativa, realizada em Pelotas, durante os anos de 2001-2002, com 23 jovens de 18-19 anos que já tinham filho(s) e com 10 de suas mães. O objetivo inicial do estudo era compreender o contexto da gravidez na adolescência em jovens das camadas popular e média, pertencentes a um estudo de coorte de nascimento/1982. Durante o trabalho de campo, o conceito de aproveitar a vida ganhou grande destaque nas narrativas, ajudou a qualificar, classificar e, principalmente, justificar os comportamentos afetivo-sexuais juvenis. As análises demonstram que a juventude deve se posicionar na vida de uma forma proveitosa, endossando positivamente os seus valores sociais. A gravidez das jovens, para as mães, é vista como um dos efeitos da inconseqüência e da modernidade e, para as jovens da camada popular, como algo que estava previsto, favorecendo o menor controle parental. Para as jovens da camada média, a gravidez interrompe temporariamente ou inverte planos de trabalho e estudo, e afeta menos a sociabilidade das jovens, pois estas contam com maior estrutura econômica e familiar para seguir curtindo a vida. |
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Aproveitar a vida, juventude e gravidez adolescentesjuventudeetnografiagravidez na adolescênciaaproveitar a vidaestudo qualitativoqualitative studyenjoying lifeethnographyadolescentadolescent pregnancyyoung Este artigo propõe demonstrar que a concepção de aproveitar a vida tem significados importantes no universo investigado. A expressão surgiu no contexto de uma pesquisa de abordagem qualitativa, realizada em Pelotas, durante os anos de 2001-2002, com 23 jovens de 18-19 anos que já tinham filho(s) e com 10 de suas mães. O objetivo inicial do estudo era compreender o contexto da gravidez na adolescência em jovens das camadas popular e média, pertencentes a um estudo de coorte de nascimento/1982. Durante o trabalho de campo, o conceito de aproveitar a vida ganhou grande destaque nas narrativas, ajudou a qualificar, classificar e, principalmente, justificar os comportamentos afetivo-sexuais juvenis. As análises demonstram que a juventude deve se posicionar na vida de uma forma proveitosa, endossando positivamente os seus valores sociais. A gravidez das jovens, para as mães, é vista como um dos efeitos da inconseqüência e da modernidade e, para as jovens da camada popular, como algo que estava previsto, favorecendo o menor controle parental. Para as jovens da camada média, a gravidez interrompe temporariamente ou inverte planos de trabalho e estudo, e afeta menos a sociabilidade das jovens, pois estas contam com maior estrutura econômica e familiar para seguir curtindo a vida. This manuscript demonstrates how important is the concept of enjoying life for the subjects studied. It was part of a qualitative study carried out in Pelotas during 2001-2002, including 23 adolescent mothers aged 18-19 years, and 10 of their mothers. The aim of the study was to understand the context of adolescent pregnancy among youngsters belonging to poor or medium socioeconomic level families, who are part of a birth cohort study/1982. During the field work, the concept of enjoying life was highlighted in the narratives. This concept helped qualifying, classifying, and justifying youth's behavior. The analyses show that the youngsters should live in an enjoyable way of living, acting positively or negatively according to the context and to the social values. Pregnancy is seen as a consequence of this behavior, after transposing socio-cultural limits in adolescence. Therefore, enjoying life highlights how do they feel, and explains why some behaviors are more criticized in this period of life course. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2006-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/2724510.1590/S0034-77012006000200004Revista de Antropologia; v. 49 n. 2 (2006); 625-643Revista de Antropologia; Vol. 49 No 2 (2006); 625-643Revista de Antropologia; Vol. 49 Núm. 2 (2006); 625-643Revista de Antropologia; Vol. 49 No. 2 (2006); 625-6431678-98570034-7701reponame:Revista de antropologia (São Paulo. Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/27245/29017Gonçalves, HelenKnauth, Daniela Rivainfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-07-03T04:02:56Zoai:revistas.usp.br:article/27245Revistahttp://www.revistas.usp.br/raPUBhttp://www.revistas.usp.br/ra/oairevista.antropologia.usp@gmail.com||revant@edu.usp.br1678-98570034-7701opendoar:2020-07-03T04:02:56Revista de antropologia (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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