As subversões do tempo nos comunicados zapatistas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Lima, Júnia Marúsia Trigueiro
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de antropologia (São Paulo. Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/87760
Resumo: O presente artigo intenta problematizar noções de tempo e história perante um caso etnográfico que se impõe de maneira diferenciada. Trato de construções de mundo imersas nos comunicados do Movimento Zapatista. Tais construções têm como vocativo a resistência e são por isso poderosos instrumentos simbólicos. Utilizo três elementos para esclarecer essa reflexão: as cosmovisões, histórias de criação que incorporam classificações sobre o presente; os símbolos referentes à Revolução Mexicana; a memória e a construção de coletivos que têm como nexo de união as noções de morte e dor. Tais elementos são analisados em torno de um modelo de se pensar o tempo: em espiral, ou “caracol”, que tem como característica principal a indefinição entre o começo e o fim. Tal modelo é tratado para pensar a coexistência entre aspectos míticos e simbólicos que se intercalam com a vivência na resistência. 
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