Descontinuidades indigenistas e espaços vividos dos Guarani
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de antropologia (São Paulo. Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/102101 |
Resumo: | The Portuguese Empire’s indigenous villages (1845-1889) are an instigating anomaly in colonial indigenous policy records and in the action of Christian missionaries: they precede the elaboration of the Land Law (1850) and, through the Amerindian programme of Catechism and Civilization, they instituted a governmental regime based on State tutelage and a new definition of territory. Fruit of paradoxical indigenous policies, the indigenous villages inclined Amerindians towards living together much like national and foreign settlers. In this article, an attempt is made to follow Guarani village mobility and territorial use. It is proposed that the Guarani territorial dynamics and patterns of use described in missionary records can be better qualified on comparison to contemporary ethnographies that are attentive to the cultural elements that guide Guarani land occupation in the southeasterly region of São Paulo and western Paraná. What historians apprehend as the squalid vestiges of the Capuchinha mission in the nineteenth century — the monastery and cross — the Guarani narratives identify through a cartography of places inhabited by kin in which topography is a relational reference. |
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Descontinuidades indigenistas e espaços vividos dos GuaraniDiscontinuities in Indigenous Policy and Guarani Lived SpacesGuaraniterritorialidadetutelaaldeamentos indígenasmissões capuchinhasAntropologiaGuaraniTerritorialityTutelageIndigenous VillagesCapuchinha MissionsAnthropologyThe Portuguese Empire’s indigenous villages (1845-1889) are an instigating anomaly in colonial indigenous policy records and in the action of Christian missionaries: they precede the elaboration of the Land Law (1850) and, through the Amerindian programme of Catechism and Civilization, they instituted a governmental regime based on State tutelage and a new definition of territory. Fruit of paradoxical indigenous policies, the indigenous villages inclined Amerindians towards living together much like national and foreign settlers. In this article, an attempt is made to follow Guarani village mobility and territorial use. It is proposed that the Guarani territorial dynamics and patterns of use described in missionary records can be better qualified on comparison to contemporary ethnographies that are attentive to the cultural elements that guide Guarani land occupation in the southeasterly region of São Paulo and western Paraná. What historians apprehend as the squalid vestiges of the Capuchinha mission in the nineteenth century — the monastery and cross — the Guarani narratives identify through a cartography of places inhabited by kin in which topography is a relational reference. Os aldeamentos indígenas do império (1845-1889) constituem uma instigante descontinuidade na série de registros da política indigenista colonial e da ação missionária cristã: antecederam a elaboração da Lei de Terras (1850) e instituíram, por meio do programa de Catequese e Civilização dos índios, um regime de governo pautado pela tutela do Estado e por uma nova definição de seu território. Fruto de uma política indigenista paradoxal, os aldeamentos indígenas dispuseram os índios ao convívio com colonos nacionais e estrangeiros. Neste artigo, busca-se acompanhar a mobilidade e a forma de uso do território dos aldeamentos pelos Guarani. Propomos que as dinâmicas — assim como o padrão de uso do território dos aldeamentos pelos Guarani — presentes nas inscrições missionárias possam ser melhor qualificadas quando em aproximação com registros etnográficos contemporâneos, atentos aos elementos culturais que orientam a ocupação das terras pelos Guarani da região do sudoeste de São Paulo e oeste do Paraná. O que os historiadores apreendem como os vestígios esquálidos da missão capuchinha do século XIX — o mosteiro e o cruzeiro —, nas narrativas guarani pontilham uma cartografia de lugares vividos pelos parentes, a topografia sendo uma referência de relações. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2015-08-12info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/10210110.11606/2179-0892.ra.2015.102101Revista de Antropologia; v. 58 n. 1 (2015); 105-148Revista de Antropologia; Vol. 58 No 1 (2015); 105-148Revista de Antropologia; Vol. 58 Núm. 1 (2015); 105-148Revista de Antropologia; Vol. 58 No. 1 (2015); 105-1481678-98570034-7701reponame:Revista de antropologia (São Paulo. Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/102101/100518Amoroso, Martainfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-07-03T03:59:14Zoai:revistas.usp.br:article/102101Revistahttp://www.revistas.usp.br/raPUBhttp://www.revistas.usp.br/ra/oairevista.antropologia.usp@gmail.com||revant@edu.usp.br1678-98570034-7701opendoar:2020-07-03T03:59:14Revista de antropologia (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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