Bons chefes, maus chefes, chefões: elementos de filosofia política ameríndia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Perrone-Moisés, Beatriz
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de antropologia (São Paulo. Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/39649
Resumo: Este artigo estabelece um diálogo entre mitos ameríndios e o pensamento de Pierre Clastres. Tem por fio condutor figuras de chefes ameríndios presentes na reflexão da antropologia política americanista e na mitologia. Os mitos são aqui tomados como pensamento (cf. Lévi-Strauss), e embora o próprio Clastres opusesse por vezes mito e pensamento, mitos como os que são aqui analisados podem ser lidos como reforço à sua famosa tese da Sociedade contra o Estado. Tais mitos são aqui apresentados, ao lado de outras histórias, como elementos a serem acrescentados à imagem do “chefe sem poder” ameríndio – e introduzir-lhe certas modulações. Trata-se, finalmente, de defender a necessidade de prosseguir a “revolução copernicana” proposta por Clastres, não mais em prol de uma teoria geral da política (ou antropologia política, em seus termos), mas para buscar os termos ameríndios de conceber e praticar política, uma filosofia política ameríndia (antropologia política ameríndia?).
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