Notas sobre a sala São Paulo e a nova fronteira urbana da cultura
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Data de Publicação: | 2000 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/137406 |
Resumo: | A antiga estação de trens Júlio Prestes, concebida para ser a porta de entrada da cidade do café, foi inaugurada apenas em 1938, depois da crise de 1929, e permaneceu esquecida por longo tempo. Somente agora, quando é convertida em uma moderna sala de concertos, a estação parece viver seu apogeu. Sede da nova Orquestra do Estado, modernizada pelo maestro Neschling, a Sala São Paulo é atualmente o maior símbolo das novas intervenções em cultura na cidade. Rodeada por uma zona urbana degradada, a chamada “ Cracolândia" a Sala São Paulo nasce como aparente sinal de civilização em meio à barbárie e pretende transformar todo seu entorno. Mais que isso, a sala é anunciada como o ponto de inflexão de uma “ grande virada” na área central: desencadeando, juntamente com outros investimentos culturais, um “ efeito dominó” de revalorização e retomada dos negócios imobiliários. As relações entre Estado e setor privado, entre alta cultura e mercado imobiliário, a disputa territorial que se configura com a tentativa de retomada do centro pelas elites e seu suposto projeto civilizatório permeiam a história da Sala São Paulo e são investigadas neste artigo |
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Notas sobre a sala São Paulo e a nova fronteira urbana da culturaNotas sobre a sala São Paulo e a nova fronteira urbana da culturaA antiga estação de trens Júlio Prestes, concebida para ser a porta de entrada da cidade do café, foi inaugurada apenas em 1938, depois da crise de 1929, e permaneceu esquecida por longo tempo. Somente agora, quando é convertida em uma moderna sala de concertos, a estação parece viver seu apogeu. Sede da nova Orquestra do Estado, modernizada pelo maestro Neschling, a Sala São Paulo é atualmente o maior símbolo das novas intervenções em cultura na cidade. Rodeada por uma zona urbana degradada, a chamada “ Cracolândia" a Sala São Paulo nasce como aparente sinal de civilização em meio à barbárie e pretende transformar todo seu entorno. Mais que isso, a sala é anunciada como o ponto de inflexão de uma “ grande virada” na área central: desencadeando, juntamente com outros investimentos culturais, um “ efeito dominó” de revalorização e retomada dos negócios imobiliários. As relações entre Estado e setor privado, entre alta cultura e mercado imobiliário, a disputa territorial que se configura com a tentativa de retomada do centro pelas elites e seu suposto projeto civilizatório permeiam a história da Sala São Paulo e são investigadas neste artigoThe former Júlio Prestes railway station, designed as the gateway to the coffee capital, was only inaugurated in 1938, after the crisis of 1929, and suffered from neglect for many years. Only now, recently converted into a modern concert hall, has the station apparently come into its own. Home to the new State of São Paulo orchestra, modernized by the conductor John Neschling, the Sala São Paulo is the major symbol of new cultural interventions in the city of São Paulo. In the heart of a run-down urban area known as “ Cracolândia" (crackland), the Sala São Paulo represents a glimpse of civilization in the midst of degradation, and promises to transform the whole surrounding area. More than this, the Sala São Paulo is being hailed as the watershed in a major turn-around in the fortunes of the center of the city: triggering, in addition to other cultural investments, a “ domino effect” in the renewed value and upswing of art and the real estate business. Relations between the State and the private sector, between high art and the real estate market, and the territorial struggle represented by this attempt of the social elites to take back the center of the city with their supposed civilizing project, pervade the history of the Sala São Paulo and are set forth in this articleUniversidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.2000-06-19info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/13740610.11606/issn.2317-2762.v0i9p192-209PosFAUUSP; n. 9 (2001); 192-209Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP; No. 9 (2001); 192-209Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP; Núm. 9 (2001); 192-2092317-27621518-9554reponame:Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/137406/133096Copyright (c) 2000 Guilherme Wisnik, Mariana Fix, José Guilherme Pereira Leite, Julia Pinheiro Andrade, Pedro Arantesinfo:eu-repo/semantics/openAccessWisnik, GuilhermeFix, MarianaLeite, José Guilherme PereiraAndrade, Julia PinheiroArantes, Pedro2020-04-13T17:24:32Zoai:revistas.usp.br:article/137406Revistahttp://www.revistas.usp.br/posfauPUBhttp://www.revistas.usp.br/posfau/oairvposfau@usp.br||2317-27621518-9554opendoar:2020-04-13T17:24:32Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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