Architectural corpography: the method of the observer
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por eng |
Título da fonte: | Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/110218 |
Resumo: | Entende-se como corpografia arquitetônica, no contexto teórico e metodológico que norteia este artigo, o registro do deslocamento de um observador em movimento através do meio edificado, buscando desse modo descrever – através de texto, notações gráficas e sequências de imagens – os efeitos da arquitetura sobre a relação que se estabelece entre usuários e espaços. Entende-se aqui como efeitos da arquitetura as inerentes tensões – de fricção (negativas) ou de empatia (positivas) – que permeiam a relação entre as nossas ações e a configuração dos espaços onde elas ocorrem. Estaremos portanto lidando com a representação gráfica do movimento do corpo no espaço como método de estudo em arquitetura nas suas diferentes escalas, do edifício à cidade. O procedimento ora delineado está fundado na observação e registro – planimétrico e fotográfico – por um observador que se desloca a pé, sensível aos efeitos espaciais produzidos pelas situações por onde passa e com a intenção de descrevê-las. O método assim se propõe a descrever graficamente aquilo que é captado pelos sentidos do observador em seu percurso através de uma determinada situação espacial objeto de estudo, trabalhando de modo associado com procedimentos e categorias vindas dos estudos da percepção espacial, incluída aí a fenomenologia e, por outro lado, dos estudos da configuração espacial, incluída aí a sintaxe espacial. Duas questões servem como guia ao andamento do texto. A primeira delas explora o modo como as pessoas se relacionam com os espaços através dos diferentes sentidos. Já a segunda se refere ao que exatamente nos espaços viria a afetar esses mesmos sentidos. O modo descritivo assim delineado reúne tanto as percepções desse observador que se desloca no espaço, registrada em imagens e texto, quanto a informação privilegiada de natureza configuracional, mapas e plantas, o material cartográfico e diagramático que instruirá os deslocamentos desse observador. A utilização da caminhada como modo de produção de conhecimento em arquitetura implica a explicitação de um conjunto de procedimentos que denominaremos o método do observador e, ademais, uma breve revisão da literatura que, pretende-se, venha a subsidiar o procedimento desde um ponto de vista teórico. O artigo apresenta um detalhamento desse procedimento e ao final um estudo de caso que consta da realização de uma caminhada através de um objeto de estudo e seu entorno imediato, um percurso que propiciará análises da qualidade da fruição espacial em diferentes escalas. |
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Architectural corpography: the method of the observerCorpografia arquitetônica: o método do observador e das linhasCorpografia. Caminhada. Espaço. Corpo. Movimento.Corpography. Walk. Space. Body. Movement.Entende-se como corpografia arquitetônica, no contexto teórico e metodológico que norteia este artigo, o registro do deslocamento de um observador em movimento através do meio edificado, buscando desse modo descrever – através de texto, notações gráficas e sequências de imagens – os efeitos da arquitetura sobre a relação que se estabelece entre usuários e espaços. Entende-se aqui como efeitos da arquitetura as inerentes tensões – de fricção (negativas) ou de empatia (positivas) – que permeiam a relação entre as nossas ações e a configuração dos espaços onde elas ocorrem. Estaremos portanto lidando com a representação gráfica do movimento do corpo no espaço como método de estudo em arquitetura nas suas diferentes escalas, do edifício à cidade. O procedimento ora delineado está fundado na observação e registro – planimétrico e fotográfico – por um observador que se desloca a pé, sensível aos efeitos espaciais produzidos pelas situações por onde passa e com a intenção de descrevê-las. O método assim se propõe a descrever graficamente aquilo que é captado pelos sentidos do observador em seu percurso através de uma determinada situação espacial objeto de estudo, trabalhando de modo associado com procedimentos e categorias vindas dos estudos da percepção espacial, incluída aí a fenomenologia e, por outro lado, dos estudos da configuração espacial, incluída aí a sintaxe espacial. Duas questões servem como guia ao andamento do texto. A primeira delas explora o modo como as pessoas se relacionam com os espaços através dos diferentes sentidos. Já a segunda se refere ao que exatamente nos espaços viria a afetar esses mesmos sentidos. O modo descritivo assim delineado reúne tanto as percepções desse observador que se desloca no espaço, registrada em imagens e texto, quanto a informação privilegiada de natureza configuracional, mapas e plantas, o material cartográfico e diagramático que instruirá os deslocamentos desse observador. A utilização da caminhada como modo de produção de conhecimento em arquitetura implica a explicitação de um conjunto de procedimentos que denominaremos o método do observador e, ademais, uma breve revisão da literatura que, pretende-se, venha a subsidiar o procedimento desde um ponto de vista teórico. O artigo apresenta um detalhamento desse procedimento e ao final um estudo de caso que consta da realização de uma caminhada através de um objeto de estudo e seu entorno imediato, um percurso que propiciará análises da qualidade da fruição espacial em diferentes escalas. It is understood as an architectural corpography, in the theoretical and methodological context that guides this article, the record of the displacement of an observer moving through the built environment, thereby seeking to describe - through text, graphical notations and sequences of images – the effects of architecture on the relationship between users and spaces. It is understood here as effects of architecture the inherent tensions – either positive (empathy) or negative (friction) - that permeate the relationship between actions and the configuration of the spaces where they occur. We will therefore be dealing with the graphic representation of bodies in space as a method of study in architecture at its different scales, from the building to the city scale. The procedure outlined here is based on the observation and register - planimetric and photographic - by an observer that moves on foot, sensitive to the effects coming from the spatial situations where he passes and with the intention of describing them. The method is so proposed to graphically describe what is captured by the observer's senses in its course through a given situation of study, working in an associated way, with procedures and categories from the studies of spatial perception, including phenomenology and, on the other hand, from the studies of spatial configuration, including spatial syntax. Two questions serve as a guide to the progress of the text. The first one explores the way people relate to the spaces through the different senses. The second refers to what exactly in the spaces would affect their senses. The descriptive way thus outlined brings together, on the one hand, perceptions of this observer moving in space, registered in images and text and, on the other hand, privileged information of configurational nature such as maps and plants, cartographic and diagrammatic material that will instruct the observer's route. The use of walking as a way of producing knowledge in architecture implies, on the one hand, in the specification of a set of procedures, which we will call as the method of the observerand, on the other hand, in a brief review of literature that is intended to support the procedure from a theoretical point of view. The article presents this procedure in detail and, at the end, a case study which consists of carrying out a walk through an object of study and its immediate surroundings, a path that will propitiate analyzes of the quality of the spatial fruition at different scales. Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.2017-04-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/11021810.11606/issn.2317-2762.v24i42p12-31PosFAUUSP; v. 24 n. 42 (2017); 12-31Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP; Vol. 24 No. 42 (2017); 12-31Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP; Vol. 24 Núm. 42 (2017); 12-312317-27621518-9554reponame:Pós. 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Entende-se como corpografia arquitetônica, no contexto teórico e metodológico que norteia este artigo, o registro do deslocamento de um observador em movimento através do meio edificado, buscando desse modo descrever – através de texto, notações gráficas e sequências de imagens – os efeitos da arquitetura sobre a relação que se estabelece entre usuários e espaços. Entende-se aqui como efeitos da arquitetura as inerentes tensões – de fricção (negativas) ou de empatia (positivas) – que permeiam a relação entre as nossas ações e a configuração dos espaços onde elas ocorrem. Estaremos portanto lidando com a representação gráfica do movimento do corpo no espaço como método de estudo em arquitetura nas suas diferentes escalas, do edifício à cidade. O procedimento ora delineado está fundado na observação e registro – planimétrico e fotográfico – por um observador que se desloca a pé, sensível aos efeitos espaciais produzidos pelas situações por onde passa e com a intenção de descrevê-las. O método assim se propõe a descrever graficamente aquilo que é captado pelos sentidos do observador em seu percurso através de uma determinada situação espacial objeto de estudo, trabalhando de modo associado com procedimentos e categorias vindas dos estudos da percepção espacial, incluída aí a fenomenologia e, por outro lado, dos estudos da configuração espacial, incluída aí a sintaxe espacial. Duas questões servem como guia ao andamento do texto. A primeira delas explora o modo como as pessoas se relacionam com os espaços através dos diferentes sentidos. Já a segunda se refere ao que exatamente nos espaços viria a afetar esses mesmos sentidos. O modo descritivo assim delineado reúne tanto as percepções desse observador que se desloca no espaço, registrada em imagens e texto, quanto a informação privilegiada de natureza configuracional, mapas e plantas, o material cartográfico e diagramático que instruirá os deslocamentos desse observador. A utilização da caminhada como modo de produção de conhecimento em arquitetura implica a explicitação de um conjunto de procedimentos que denominaremos o método do observador e, ademais, uma breve revisão da literatura que, pretende-se, venha a subsidiar o procedimento desde um ponto de vista teórico. O artigo apresenta um detalhamento desse procedimento e ao final um estudo de caso que consta da realização de uma caminhada através de um objeto de estudo e seu entorno imediato, um percurso que propiciará análises da qualidade da fruição espacial em diferentes escalas. |
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