Anthrozoology in Tolstoy: a rereading of the device of estrangement in “Kholstomer
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | RUS (São Paulo) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rus/article/view/133399 |
Resumo: | A antrozoologia – o estudo da interação entre pessoas e animais e tema acadêmico recente – encontra, na literatura, um escritor ímpar em Liev Tolstói, por meio do conto Kholstomér, que narra as relações de um cavalo com seres humanos e, principalmente, sua compreensão dessas relações. Esta interação foi teorizada por Victor Chklovski em “A arte como procedimento”, no qual afirma que o procedimento da arte é o da singularização dos objetos, que consiste em obscurecer a forma, aumentar a dificuldade e a duração da percepção. Este efeito de estranhamento ocorre num trecho da parte central de Kholstomér, no qual “a narração é conduzida por um cavalo e os objetos são singularizados pela percepção emprestada ao animal e não pela nossa”. Entretanto, como Chklovski apresenta a singularização da percepção do cavalo apenas em relação ao direito de propriedade dos homens, o objetivo deste trabalho é captar, por meio do narrador onisciente intruso, os elementos que antecipam este processo a partir do início da narrativa, bem como trechos subsequentes à parte central que o retomam. Destarte, a abrangência de sua aplicação se tornaria o efeito predominante no relacionamento cavalo-homem, destacando o impacto emocional/artístico do enredo bem como a humanidade e contemporaniedade de Tolstói. |
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Anthrozoology in Tolstoy: a rereading of the device of estrangement in “KholstomerA antrozoologia em Tolstói: uma releitura do procedimento de singularização em KholstomérantrozoologiaTolstóiKholstomérsingularizaçãoAnthrozoologyTolstoiKholstomerenstrangementA antrozoologia – o estudo da interação entre pessoas e animais e tema acadêmico recente – encontra, na literatura, um escritor ímpar em Liev Tolstói, por meio do conto Kholstomér, que narra as relações de um cavalo com seres humanos e, principalmente, sua compreensão dessas relações. Esta interação foi teorizada por Victor Chklovski em “A arte como procedimento”, no qual afirma que o procedimento da arte é o da singularização dos objetos, que consiste em obscurecer a forma, aumentar a dificuldade e a duração da percepção. Este efeito de estranhamento ocorre num trecho da parte central de Kholstomér, no qual “a narração é conduzida por um cavalo e os objetos são singularizados pela percepção emprestada ao animal e não pela nossa”. Entretanto, como Chklovski apresenta a singularização da percepção do cavalo apenas em relação ao direito de propriedade dos homens, o objetivo deste trabalho é captar, por meio do narrador onisciente intruso, os elementos que antecipam este processo a partir do início da narrativa, bem como trechos subsequentes à parte central que o retomam. Destarte, a abrangência de sua aplicação se tornaria o efeito predominante no relacionamento cavalo-homem, destacando o impacto emocional/artístico do enredo bem como a humanidade e contemporaniedade de Tolstói. Anthrozoology finds, in literature, a unique writer in Leo Tolstoy, by way of the tale Kolstomer , which tells the story of the relationship of a horse with human beings, and, mainly, his understanding of these relations. This interaction was theorized by Viktor Shklovsky in “Art as device”, in which he asserts that the purpose of art is that of the enstrangement of objects, which consists in complicating form, increasing the difficulty and the length of perception. However, as Shklovsky presents this enstrangement only in relation to men’s institution of property, the aim of this work is to capture, by way of the omniscient narrator, the elements which anticipate this process from the beginning of the tale onwards, as well as passages subsequent to the central part which retake it.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.2017-12-23info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado por paresapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rus/article/view/13339910.11606/issn.2317-4765.rus.2017.133399RUS (São Paulo); v. 8 n. 10 (2017): Dossiê 100 anos da Revolução Russa; 116-164RUS (Sao Paulo); Vol. 8 No. 10 (2017): Dossiê 100 anos da Revolução Russa; 116-164РУС (Сан-Пауло); Том 8 № 10 (2017): Dossiê 100 anos da Revolução Russa; 116-1642317-4765reponame:RUS (São Paulo)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/rus/article/view/133399/137243Copyright (c) 2017 Sigrid Scherrer Renauxinfo:eu-repo/semantics/openAccessRenaux, Sigrid Scherrer2020-06-25T15:50:36Zoai:revistas.usp.br:article/133399Revistahttp://revistas.usp.br/rus/PUBhttp://www.revistas.usp.br/rus/oairus@usp.br||revistalitrus@gmail.com||2317-47652317-4765opendoar:2020-06-25T15:50:36RUS (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A antrozoologia – o estudo da interação entre pessoas e animais e tema acadêmico recente – encontra, na literatura, um escritor ímpar em Liev Tolstói, por meio do conto Kholstomér, que narra as relações de um cavalo com seres humanos e, principalmente, sua compreensão dessas relações. Esta interação foi teorizada por Victor Chklovski em “A arte como procedimento”, no qual afirma que o procedimento da arte é o da singularização dos objetos, que consiste em obscurecer a forma, aumentar a dificuldade e a duração da percepção. Este efeito de estranhamento ocorre num trecho da parte central de Kholstomér, no qual “a narração é conduzida por um cavalo e os objetos são singularizados pela percepção emprestada ao animal e não pela nossa”. Entretanto, como Chklovski apresenta a singularização da percepção do cavalo apenas em relação ao direito de propriedade dos homens, o objetivo deste trabalho é captar, por meio do narrador onisciente intruso, os elementos que antecipam este processo a partir do início da narrativa, bem como trechos subsequentes à parte central que o retomam. Destarte, a abrangência de sua aplicação se tornaria o efeito predominante no relacionamento cavalo-homem, destacando o impacto emocional/artístico do enredo bem como a humanidade e contemporaniedade de Tolstói. |
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