O erro da morte
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | RUS (São Paulo) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rus/article/view/194942 |
Resumo: | Escrita em 1915, “O erro da morte” é uma peça teatral de Velimír Khlébnikov (1885-1922). Poeta que foi reconhecido por seus pares como o maior nome do futurismo russo, Khlébnikov recebeu de Maiakóvski a alcunha de “Colombo dos novos continentes poéticos”. Sua trajetória excêntrica – fôra um estudioso das ciências exatas e naturais antes de voltar-se para as humanidades – e plataformas estéticas revolucionárias colocam-no à dianteira do movimento vanguardista. Estudioso das formas linguísticas arcaicas, Khlébnikov soube mesclar a tradição (uma tradição, inclusive, já esquecida) à sua contemporaneidade, sendo um dos principais expoentes daquilo que Jakobson chamou de a “novíssima poesia russa”. No centenário de sua morte, trazemos o drama para o português traduzido diretamente do original. Trata-se de uma tradução literal que não pretende preservar nem a métrica, nem as rimas da criação original. Produzida logo nos primeiros anos do Modernismo russo, a peça propõe uma leitura pouco convencional do retrato da morte que existia até então. Mergulhado em um contexto nacional que almejava o progresso mecanicista (industrial) equiparável ao das grandes potências europeias, não raro os intelectuais do período conjecturavam como essa tecnologia implicaria no prolongamento da vida humana (o caso de “O percevejo” (1929), de Vladímir Maiakóvski, por exemplo). Vemos aqui, portanto, essa nova representação literária da morte: enganada e vencida. |
id |
USP-59_b47f4078267482b51777794970e10b18 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/194942 |
network_acronym_str |
USP-59 |
network_name_str |
RUS (São Paulo) |
repository_id_str |
|
spelling |
O erro da morteDeath's MistakeVelimir KhlebnikovRepresentation of deathRussian theaterRussian avant-gardeVelimír KhlébnikovRepresentação da morteTeatro russoVanguarda russaEscrita em 1915, “O erro da morte” é uma peça teatral de Velimír Khlébnikov (1885-1922). Poeta que foi reconhecido por seus pares como o maior nome do futurismo russo, Khlébnikov recebeu de Maiakóvski a alcunha de “Colombo dos novos continentes poéticos”. Sua trajetória excêntrica – fôra um estudioso das ciências exatas e naturais antes de voltar-se para as humanidades – e plataformas estéticas revolucionárias colocam-no à dianteira do movimento vanguardista. Estudioso das formas linguísticas arcaicas, Khlébnikov soube mesclar a tradição (uma tradição, inclusive, já esquecida) à sua contemporaneidade, sendo um dos principais expoentes daquilo que Jakobson chamou de a “novíssima poesia russa”. No centenário de sua morte, trazemos o drama para o português traduzido diretamente do original. Trata-se de uma tradução literal que não pretende preservar nem a métrica, nem as rimas da criação original. Produzida logo nos primeiros anos do Modernismo russo, a peça propõe uma leitura pouco convencional do retrato da morte que existia até então. Mergulhado em um contexto nacional que almejava o progresso mecanicista (industrial) equiparável ao das grandes potências europeias, não raro os intelectuais do período conjecturavam como essa tecnologia implicaria no prolongamento da vida humana (o caso de “O percevejo” (1929), de Vladímir Maiakóvski, por exemplo). Vemos aqui, portanto, essa nova representação literária da morte: enganada e vencida.Written in 1915, "Death’s Mistake" is a play by Velimir Khlebnikov (1885-1922). A poet who was recognized by his colleagues as the greatest name in Russian futurism, Khlebnikov was called by Mayakovsky the “Columbus of the new poetic continents”. His eccentric trajectory – he was a scholar of the exact and natural sciences before turning to the humanities – and revolutionary aesthetic platforms put him at the forefront of the avant-garde movement. A scholar of archaic linguistic forms, Khlebnikov knew how to blend tradition (a tradition, moreover, already forgotten) with his contemporaneity, becoming one of the main exponents of what Jakobson called the “newest Russian poetry”. On the centenary of his death, we bring the drama to the Portuguese translated directly from the original. It is a literal translation that does not intend to preserve either the meter or the rhymes of the original. Produced in the early years of Russian Modernism, the play proposes an unconventional reading of the picture of death that existed until then. Immersed in a national context that desired mechanistic (industrial) progress comparable to that of the great European powers, often the intellectuals of this period conjecture how this technology would imply the prolongation of human life (the case of "The Bedbug" (1929) by Vladímir Maiakóvski, for example). We see here, therefore, this new literary representation of death: deceived and defeated.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.2022-04-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado por paresapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rus/article/view/19494210.11606/issn.2317-4765.rus.2022.194942RUS (São Paulo); v. 13 n. 21 (2022): Teatro russo.RUS (Sao Paulo); Vol. 13 No. 21 (2022): Teatro russo.РУС (Сан-Пауло); Том 13 № 21 (2022): Teatro russo.2317-4765reponame:RUS (São Paulo)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/rus/article/view/194942/181363Copyright (c) 2022 Velimir Khlebnikov; Raquel Abuin Siphonehttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessKhlébnikov, VelímirSiphone, Raquel Abuin2022-05-08T14:30:18Zoai:revistas.usp.br:article/194942Revistahttp://revistas.usp.br/rus/PUBhttp://www.revistas.usp.br/rus/oairus@usp.br||revistalitrus@gmail.com||2317-47652317-4765opendoar:2022-05-08T14:30:18RUS (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O erro da morte Death's Mistake |
title |
O erro da morte |
spellingShingle |
O erro da morte Khlébnikov, Velímir Velimir Khlebnikov Representation of death Russian theater Russian avant-garde Velimír Khlébnikov Representação da morte Teatro russo Vanguarda russa |
title_short |
O erro da morte |
title_full |
O erro da morte |
title_fullStr |
O erro da morte |
title_full_unstemmed |
O erro da morte |
title_sort |
O erro da morte |
author |
Khlébnikov, Velímir |
author_facet |
Khlébnikov, Velímir Siphone, Raquel Abuin |
author_role |
author |
author2 |
Siphone, Raquel Abuin |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Khlébnikov, Velímir Siphone, Raquel Abuin |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Velimir Khlebnikov Representation of death Russian theater Russian avant-garde Velimír Khlébnikov Representação da morte Teatro russo Vanguarda russa |
topic |
Velimir Khlebnikov Representation of death Russian theater Russian avant-garde Velimír Khlébnikov Representação da morte Teatro russo Vanguarda russa |
description |
Escrita em 1915, “O erro da morte” é uma peça teatral de Velimír Khlébnikov (1885-1922). Poeta que foi reconhecido por seus pares como o maior nome do futurismo russo, Khlébnikov recebeu de Maiakóvski a alcunha de “Colombo dos novos continentes poéticos”. Sua trajetória excêntrica – fôra um estudioso das ciências exatas e naturais antes de voltar-se para as humanidades – e plataformas estéticas revolucionárias colocam-no à dianteira do movimento vanguardista. Estudioso das formas linguísticas arcaicas, Khlébnikov soube mesclar a tradição (uma tradição, inclusive, já esquecida) à sua contemporaneidade, sendo um dos principais expoentes daquilo que Jakobson chamou de a “novíssima poesia russa”. No centenário de sua morte, trazemos o drama para o português traduzido diretamente do original. Trata-se de uma tradução literal que não pretende preservar nem a métrica, nem as rimas da criação original. Produzida logo nos primeiros anos do Modernismo russo, a peça propõe uma leitura pouco convencional do retrato da morte que existia até então. Mergulhado em um contexto nacional que almejava o progresso mecanicista (industrial) equiparável ao das grandes potências europeias, não raro os intelectuais do período conjecturavam como essa tecnologia implicaria no prolongamento da vida humana (o caso de “O percevejo” (1929), de Vladímir Maiakóvski, por exemplo). Vemos aqui, portanto, essa nova representação literária da morte: enganada e vencida. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-04-28 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Artigo avaliado por pares |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/rus/article/view/194942 10.11606/issn.2317-4765.rus.2022.194942 |
url |
https://www.revistas.usp.br/rus/article/view/194942 |
identifier_str_mv |
10.11606/issn.2317-4765.rus.2022.194942 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/rus/article/view/194942/181363 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2022 Velimir Khlebnikov; Raquel Abuin Siphone http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2022 Velimir Khlebnikov; Raquel Abuin Siphone http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. |
dc.source.none.fl_str_mv |
RUS (São Paulo); v. 13 n. 21 (2022): Teatro russo. RUS (Sao Paulo); Vol. 13 No. 21 (2022): Teatro russo. РУС (Сан-Пауло); Том 13 № 21 (2022): Teatro russo. 2317-4765 reponame:RUS (São Paulo) instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
RUS (São Paulo) |
collection |
RUS (São Paulo) |
repository.name.fl_str_mv |
RUS (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
rus@usp.br||revistalitrus@gmail.com|| |
_version_ |
1809280377800359936 |