Passado imprevisível em um tempo imprevisível: O centenário da Revolução de 1917 na Rússia contemporânea
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | RUS (São Paulo) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rus/article/view/140519 |
Resumo: | Na Rússia, a política da memória adquire um papel de destaque em decorrência da limitação da política pública. Nas altas esferas oficiais, o centenário da revolução de 1917 é praticamente ignorado, embora sejam permitidas discussões científicas e realizem-se projetos expositivos e educativos. Os atores políticos quase não usam a memória da revolução, e no espaço público estão ausentes eventos relevantes ligados ao centenário. A história da revolução é considerada “passado não-utilizável”. A memória cultural influencia a política da memória. A avaliação sobre as consequências da revolução por parte dos cidadãos russos é contraditória e pouco mudou desde 1990. Junto com isso, a maioria nega a possibilidade de uma nova revolução. A tendência dos últimos anos é o distanciamento no nível de conhecimento histórico e percepção do passado entre a geração mais velha e a mais nova. |
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Passado imprevisível em um tempo imprevisível: O centenário da Revolução de 1917 na Rússia contemporâneaUnpredictable past in an unpredic - table time: The anniversary of the Revolution of 1917 in contemporary RussiaRevolução Russa de 1917centenáriopolítica da memóriamemória culturalРусская революция 1917 годаюбилейполитика памятикультурная памятьRussian Revolution of 1917centennialpolitics of memorycultural memoryNa Rússia, a política da memória adquire um papel de destaque em decorrência da limitação da política pública. Nas altas esferas oficiais, o centenário da revolução de 1917 é praticamente ignorado, embora sejam permitidas discussões científicas e realizem-se projetos expositivos e educativos. Os atores políticos quase não usam a memória da revolução, e no espaço público estão ausentes eventos relevantes ligados ao centenário. A história da revolução é considerada “passado não-utilizável”. A memória cultural influencia a política da memória. A avaliação sobre as consequências da revolução por parte dos cidadãos russos é contraditória e pouco mudou desde 1990. Junto com isso, a maioria nega a possibilidade de uma nova revolução. A tendência dos últimos anos é o distanciamento no nível de conhecimento histórico e percepção do passado entre a geração mais velha e a mais nova.В России политика памяти приобретает особую роль вследствие ограничения публичной политики. На высшем официальном уровне юбилей революции 1917 года пока фактически игнорируется, хотя допускаются научные дискуссии, реализуются выставочные и просветительские проекты. Политические акторы почти не используют память о революции, и в публичном пространстве отсутствуют значимые события, связанные с юбилеем. История революции воспринимается как «неиспользуемое прошлое». На политику памяти влияет культурная память. Оценка последствий революции гражданами России противоречива и мало изменилась с 1990 г., при этом большинство отвергает возможность новой революции. Тенденция последних лет – разрыв в уровне исторических знаний и восприятии прошлого между старшими и младшими поколениями.In Russia, the politics of memory play a special role, in view of the limits on public politics. At the highest official level, the anniversary of the Revolutions of 1917 is being ignored, although academic discussions are permitted. There are also exhibits and educational projects. Political figures do not refer to the memory of the revolution, and there are no significant events in the public space linked to the anniversary. The history of the revolution is «unusable past.» Cultural memory influences the politics of memory. Citizens’ assessment of the consequences of the revolution is contradictory and has changed little since 1990, and the majority deny any possibility of a new revolution. The tendency of the last years is that of a divide in historical knowledge and assement of the past between the older and younger generations.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.2017-12-23info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado por paresapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rus/article/view/14051910.11606/issn.2317-4765.rus.2017.140519RUS (São Paulo); v. 8 n. 10 (2017): Dossiê 100 anos da Revolução Russa; 81-99RUS (Sao Paulo); Vol. 8 No. 10 (2017): Dossiê 100 anos da Revolução Russa; 81-99РУС (Сан-Пауло); Том 8 № 10 (2017): Dossiê 100 anos da Revolução Russa; 81-992317-4765reponame:RUS (São Paulo)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/rus/article/view/140519/137247Copyright (c) 2017 Boris Kolonitski, Maria Matskevitchinfo:eu-repo/semantics/openAccessKolonitski, BorisMatskevitch, Maria2020-06-25T15:50:34Zoai:revistas.usp.br:article/140519Revistahttp://revistas.usp.br/rus/PUBhttp://www.revistas.usp.br/rus/oairus@usp.br||revistalitrus@gmail.com||2317-47652317-4765opendoar:2020-06-25T15:50:34RUS (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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