Atitudes de profissionais de saúde mental em relação a indivíduos com esquizofrenia: uma comparação transcultural entre Suíça e Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por eng |
Título da fonte: | Archives of Clinical Psychiatry |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/48260 |
Resumo: | CONTEXTO: A estigmatização é uma questão importante no tratamento e no curso da esquizofrenia. A manutenção de atitudes estigmatizantes pode estar relacionada a fatores socioculturais. OBJETIVOS: Comparar atitudes estigmatizantes de profissionais de saúde mental em países culturalmente diversos: Brasil e Suíça. MÉTODOS: Foram analisados dados de duas grandes pesquisas sobre o estigma na Suíça e no Brasil, focando-se no desejo de distância social em relação a indivíduos com esquizofrenia e atitudes de profissionais de saúde mental em relação à aceitação de efeitos colaterais do tratamento psicofarmacológico. RESULTADOS: Profissionais de saúde mental suíços apresentaram níveis significativamente mais elevados de distância social do que suas contrapartes brasileiras. Houve também um efeito fraco de idade, bem como um efeito da interação entre a origem e a idade. Com relação à aceitação de efeitos colaterais, a influência da origem foi bastante fraca. Com exceção do risco de dependência dos psicotrópicos, a aceitação dos profissionais suíços a efeitos colaterais de longa duração foi significativamente maior do que a de seus colegas no Brasil. CONCLUSÕES: A forte associação entre origem e distância social pode estar relacionada à formação sociocultural dos profissionais de saúde mental; em comparação com a Suíça, o Brasil é muito heterogêneo em termos de estrutura étnica e socioeconômica. A aceitação de efeitos colaterais pode também estar relacionada com os medicamentos mais sofisticados (ou seja, drogas antipsicóticas de nova geração) comumente usados na Suíça. |
id |
USP-5_2e4e271af541c55ef0a8fba75e0c869d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/48260 |
network_acronym_str |
USP-5 |
network_name_str |
Archives of Clinical Psychiatry |
repository_id_str |
|
spelling |
Atitudes de profissionais de saúde mental em relação a indivíduos com esquizofrenia: uma comparação transcultural entre Suíça e BrasilAttitudes of mental health professionals towards persons with schizophrenia: a transcultural comparison between Switzerland and BrazilStigmatizationsocial distancestereotypesschizophreniaepidemiologymedicationdiscriminationEstigmatizaçãodistância socialestereótiposesquizofreniaepidemiologiamedicamentosdiscriminaçãoCONTEXTO: A estigmatização é uma questão importante no tratamento e no curso da esquizofrenia. A manutenção de atitudes estigmatizantes pode estar relacionada a fatores socioculturais. OBJETIVOS: Comparar atitudes estigmatizantes de profissionais de saúde mental em países culturalmente diversos: Brasil e Suíça. MÉTODOS: Foram analisados dados de duas grandes pesquisas sobre o estigma na Suíça e no Brasil, focando-se no desejo de distância social em relação a indivíduos com esquizofrenia e atitudes de profissionais de saúde mental em relação à aceitação de efeitos colaterais do tratamento psicofarmacológico. RESULTADOS: Profissionais de saúde mental suíços apresentaram níveis significativamente mais elevados de distância social do que suas contrapartes brasileiras. Houve também um efeito fraco de idade, bem como um efeito da interação entre a origem e a idade. Com relação à aceitação de efeitos colaterais, a influência da origem foi bastante fraca. Com exceção do risco de dependência dos psicotrópicos, a aceitação dos profissionais suíços a efeitos colaterais de longa duração foi significativamente maior do que a de seus colegas no Brasil. CONCLUSÕES: A forte associação entre origem e distância social pode estar relacionada à formação sociocultural dos profissionais de saúde mental; em comparação com a Suíça, o Brasil é muito heterogêneo em termos de estrutura étnica e socioeconômica. A aceitação de efeitos colaterais pode também estar relacionada com os medicamentos mais sofisticados (ou seja, drogas antipsicóticas de nova geração) comumente usados na Suíça.BACKGROUND: Stigmatization is an important issue in the treatment and course of schizophrenia. The maintenance of stigmatizing attitudes may be related to socio-cultural factors. OBJECTIVES: To compare stigmatizing attitudes of mental health professionals in the culturally diverse countries Brazil and Switzerland. METHODS: We analyzed data of two broad stigmatization surveys from Switzerland and Brazil by focusing on the social distance and attitudes of mental health professionals towards the acceptance of side effects of psychopharmacological treatment. RESULTS: Swiss mental health professionals showed significantly higher levels of social distance than their Brazilian counterparts. There was also a weak effect of age as well as an interaction effect between origin and age. With respect to the acceptance of side effects, the effect of origin was rather weak. With the exception of drug dependence, Swiss professionals' acceptance of long-lasting side effects was significantly higher than for their counterparts in Brazil. DISCUSSION: The strong association between origin and social distance may be related to the socio-cultural background of the mental health professionals. In comparison with Switzerland, Brazil is very heterogeneous in terms of ethnicity and socio-economic structure. The distinct acceptance of side effects may additionally be related to the more sophisticated medicaments (i.e. new generation of antipsychotic drugs) commonly used in Switzerland.Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Instituto de Psiquiatria2012-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/acp/article/view/4826010.1590/S0101-60832012000400001Archives of Clinical Psychiatry; v. 39 n. 4 (2012); 115-121Archives of Clinical Psychiatry; Vol. 39 No. 4 (2012); 115-121Revista de Psiquiatria Clínica; Vol. 39 Núm. 4 (2012); 115-1211806-938X0101-6083reponame:Archives of Clinical Psychiatryinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/acp/article/view/48260/52101https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/48260/52102Hengartner, Michael PascalLoch, Alexandre AndradeLawson, Fabio LoreaGuarniero, Francisco BevilacquaWang, Yuan-PangRössler, WulfGattaz, Wagner Faridinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-12-18T13:26:38Zoai:revistas.usp.br:article/48260Revistahttp://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/index.htmlPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||archives@usp.br1806-938X0101-6083opendoar:2012-12-18T13:26:38Archives of Clinical Psychiatry - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Atitudes de profissionais de saúde mental em relação a indivíduos com esquizofrenia: uma comparação transcultural entre Suíça e Brasil Attitudes of mental health professionals towards persons with schizophrenia: a transcultural comparison between Switzerland and Brazil |
title |
Atitudes de profissionais de saúde mental em relação a indivíduos com esquizofrenia: uma comparação transcultural entre Suíça e Brasil |
spellingShingle |
Atitudes de profissionais de saúde mental em relação a indivíduos com esquizofrenia: uma comparação transcultural entre Suíça e Brasil Hengartner, Michael Pascal Stigmatization social distance stereotypes schizophrenia epidemiology medication discrimination Estigmatização distância social estereótipos esquizofrenia epidemiologia medicamentos discriminação |
title_short |
Atitudes de profissionais de saúde mental em relação a indivíduos com esquizofrenia: uma comparação transcultural entre Suíça e Brasil |
title_full |
Atitudes de profissionais de saúde mental em relação a indivíduos com esquizofrenia: uma comparação transcultural entre Suíça e Brasil |
title_fullStr |
Atitudes de profissionais de saúde mental em relação a indivíduos com esquizofrenia: uma comparação transcultural entre Suíça e Brasil |
title_full_unstemmed |
Atitudes de profissionais de saúde mental em relação a indivíduos com esquizofrenia: uma comparação transcultural entre Suíça e Brasil |
title_sort |
Atitudes de profissionais de saúde mental em relação a indivíduos com esquizofrenia: uma comparação transcultural entre Suíça e Brasil |
author |
Hengartner, Michael Pascal |
author_facet |
Hengartner, Michael Pascal Loch, Alexandre Andrade Lawson, Fabio Lorea Guarniero, Francisco Bevilacqua Wang, Yuan-Pang Rössler, Wulf Gattaz, Wagner Farid |
author_role |
author |
author2 |
Loch, Alexandre Andrade Lawson, Fabio Lorea Guarniero, Francisco Bevilacqua Wang, Yuan-Pang Rössler, Wulf Gattaz, Wagner Farid |
author2_role |
author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Hengartner, Michael Pascal Loch, Alexandre Andrade Lawson, Fabio Lorea Guarniero, Francisco Bevilacqua Wang, Yuan-Pang Rössler, Wulf Gattaz, Wagner Farid |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Stigmatization social distance stereotypes schizophrenia epidemiology medication discrimination Estigmatização distância social estereótipos esquizofrenia epidemiologia medicamentos discriminação |
topic |
Stigmatization social distance stereotypes schizophrenia epidemiology medication discrimination Estigmatização distância social estereótipos esquizofrenia epidemiologia medicamentos discriminação |
description |
CONTEXTO: A estigmatização é uma questão importante no tratamento e no curso da esquizofrenia. A manutenção de atitudes estigmatizantes pode estar relacionada a fatores socioculturais. OBJETIVOS: Comparar atitudes estigmatizantes de profissionais de saúde mental em países culturalmente diversos: Brasil e Suíça. MÉTODOS: Foram analisados dados de duas grandes pesquisas sobre o estigma na Suíça e no Brasil, focando-se no desejo de distância social em relação a indivíduos com esquizofrenia e atitudes de profissionais de saúde mental em relação à aceitação de efeitos colaterais do tratamento psicofarmacológico. RESULTADOS: Profissionais de saúde mental suíços apresentaram níveis significativamente mais elevados de distância social do que suas contrapartes brasileiras. Houve também um efeito fraco de idade, bem como um efeito da interação entre a origem e a idade. Com relação à aceitação de efeitos colaterais, a influência da origem foi bastante fraca. Com exceção do risco de dependência dos psicotrópicos, a aceitação dos profissionais suíços a efeitos colaterais de longa duração foi significativamente maior do que a de seus colegas no Brasil. CONCLUSÕES: A forte associação entre origem e distância social pode estar relacionada à formação sociocultural dos profissionais de saúde mental; em comparação com a Suíça, o Brasil é muito heterogêneo em termos de estrutura étnica e socioeconômica. A aceitação de efeitos colaterais pode também estar relacionada com os medicamentos mais sofisticados (ou seja, drogas antipsicóticas de nova geração) comumente usados na Suíça. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/48260 10.1590/S0101-60832012000400001 |
url |
https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/48260 |
identifier_str_mv |
10.1590/S0101-60832012000400001 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por eng |
language |
por eng |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/48260/52101 https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/48260/52102 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Instituto de Psiquiatria |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Instituto de Psiquiatria |
dc.source.none.fl_str_mv |
Archives of Clinical Psychiatry; v. 39 n. 4 (2012); 115-121 Archives of Clinical Psychiatry; Vol. 39 No. 4 (2012); 115-121 Revista de Psiquiatria Clínica; Vol. 39 Núm. 4 (2012); 115-121 1806-938X 0101-6083 reponame:Archives of Clinical Psychiatry instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Archives of Clinical Psychiatry |
collection |
Archives of Clinical Psychiatry |
repository.name.fl_str_mv |
Archives of Clinical Psychiatry - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
||archives@usp.br |
_version_ |
1800237623274373120 |