É possível identificar indivíduos com comprometimento cognitivo leve e doença de Alzheimer usando uma bateria neuropsicológica de 30 minutos?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coutinho, Gabriel
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Oliveira-Souza, Ricardo de, Moll, Jorge, Tovar-Moll, Fernanda, Mattos, Paulo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Archives of Clinical Psychiatry
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/63062
Resumo: CONTEXTO: A diferenciação de pacientes com diagnósticos de demência e de comprometimento cognitivo leve (CCL) pode exigir avaliação neuropsicológica. MÉTODOS: Cento e trinta e um pacientes idosos consecutivos referidos para avaliação (37 controles-clínicos, 41 com CCL amnéstico e 53 com DA possível/provável) foram diagnosticados com bateria neuropsicológica completa, RM e dados clínicos. Todos os resultados foram codificados de forma cega e posteriormente avaliados com parte dos testes para reclassificar indivíduos com CCL, demência ou controles-clínicos. Concordância entre as baterias foi calculada. Utilizamos curvas ROC para estabelecer sensibilidade e especificidade da bateria breve para discriminar: (i) controles-clínicos de um grupo de demência e CCL; (ii) indivíduos com demência daqueles indivíduos sem demência; (iii) controles clínicos daqueles indivíduos com diagnóstico de CCL. Comparamos o desempenho dos três grupos em todas as tarefas da bateria completa. RESULTADOS: Todos os testes neuropsicológicos mostraram diferenças entre controles-clínicos e grupo de demência. A comparação entre CCL e outros grupos mostrou, principalmente, diferenças em tarefas de memória. Concordância entre baterias breve e completa foi substancial (kappa = 0.805). Análises com curvas ROC demonstraram boas sensibilidade e especificidade quando comparados grupos de indivíduos com demência e sem demência (grupos de CCL e DA agrupados) e grupos de controle-clínico de indivíduos com declínio cognitivo (CCL associado à DA). Por outro lado, sensibilidade e especificidade diminuíram consideravelmente para discriminar controles-clínicos de indivíduos com diagnóstico de CCL. CONCLUSÃO: O uso de bateria breve pode não ser recomendado para discriminar controles-clínicos de indivíduos com CCL, porém o uso pode estar indicado para diferenciar grupos de especificidade menor [demência versus não demência ou grupos patológicos (demência e CCL) de grupo não patológicos (controles clínicos)].
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Todos os resultados foram codificados de forma cega e posteriormente avaliados com parte dos testes para reclassificar indivíduos com CCL, demência ou controles-clínicos. Concordância entre as baterias foi calculada. Utilizamos curvas ROC para estabelecer sensibilidade e especificidade da bateria breve para discriminar: (i) controles-clínicos de um grupo de demência e CCL; (ii) indivíduos com demência daqueles indivíduos sem demência; (iii) controles clínicos daqueles indivíduos com diagnóstico de CCL. Comparamos o desempenho dos três grupos em todas as tarefas da bateria completa. RESULTADOS: Todos os testes neuropsicológicos mostraram diferenças entre controles-clínicos e grupo de demência. A comparação entre CCL e outros grupos mostrou, principalmente, diferenças em tarefas de memória. Concordância entre baterias breve e completa foi substancial (kappa = 0.805). Análises com curvas ROC demonstraram boas sensibilidade e especificidade quando comparados grupos de indivíduos com demência e sem demência (grupos de CCL e DA agrupados) e grupos de controle-clínico de indivíduos com declínio cognitivo (CCL associado à DA). Por outro lado, sensibilidade e especificidade diminuíram consideravelmente para discriminar controles-clínicos de indivíduos com diagnóstico de CCL. CONCLUSÃO: O uso de bateria breve pode não ser recomendado para discriminar controles-clínicos de indivíduos com CCL, porém o uso pode estar indicado para diferenciar grupos de especificidade menor [demência versus não demência ou grupos patológicos (demência e CCL) de grupo não patológicos (controles clínicos)].evaluation. METHODS: One hundred and thirty-one consecutive referred elderly patients (37 clinical-controls, 41 with amnestic MCI and 53 with possible/probable AD) were diagnosed with a comprehensive (full) neuropsychological battery, MRI and clinical data. All of the results were blindly coded and evaluated latter with a subset of the tests to reclassify the subjects as MCI, dementia or clinical-control. Agreement rates between both batteries were calculated. We also used ROC curves to establish the sensitivity and specificity of the brief battery for discriminating (i) clinical-control individuals from a group dementia and MCI patients; (ii) individuals with dementia from individuals without dementia; (iii) clinical-control individuals from a group of MCI. We compared performance of the three groups on all full battery tasks. RESULTS: All neuropsychological tests showed differences between clinical-control and dementia groups. The comparison between MCI and the other groups mainly showed memory differences. Agreement between brief and full batteries was substantial (kappa = 0.805). Analyses with ROC curves showed good sensitivity and specificity to discriminate non-demented (clinical control plus MCI groups) and AD group and also to discriminate clinical-control individuals from individuals with cognitive decline (MCI plus AD group). However, sensitivity and specificity significantly decreased when brief battery was tested to discriminate only normal and MCI diagnosis. DISCUSSION: The use of a brief battery might not be indicated to discriminate MCI and clinical-control individuals, but its use might be adequate to discriminate less specific groups (demented versus non-demented and pathological [dementia and MCI] and non-pathological [clinical-control] groups).Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Instituto de Psiquiatria2013-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/acp/article/view/6306210.1590/S0101-60832013000400003Archives of Clinical Psychiatry; v. 40 n. 4 (2013); 139-143Archives of Clinical Psychiatry; Vol. 40 No. 4 (2013); 139-143Revista de Psiquiatria Clínica; Vol. 40 Núm. 4 (2013); 139-1431806-938X0101-6083reponame:Archives of Clinical Psychiatryinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/acp/article/view/63062/65870Coutinho, GabrielOliveira-Souza, Ricardo deMoll, JorgeTovar-Moll, FernandaMattos, Pauloinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-10-10T15:10:57Zoai:revistas.usp.br:article/63062Revistahttp://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/index.htmlPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||archives@usp.br1806-938X0101-6083opendoar:2013-10-10T15:10:57Archives of Clinical Psychiatry - Universidade de São Paulo (USP)false
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