Escalas psicométricas como instrumentos de rastreamento para depressão em estudantes do ensino médio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Salle, Emilio
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Rocha, Neusa S., Rocha, Taís S., Nunes, Cristine, Chaves, Márcia L. F.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Archives of Clinical Psychiatry
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/17392
Resumo: CONTEXTO: A depressão é uma importante causa de suicídio em adolescentes. Portanto, são necessários instrumentos adequados para o rastreamento da depressão nessa população. OBJETIVO: Avaliar escalas de depressão como instrumentos de rastreamento para depressão em estudantes brasileiros do ensino médio. MÉTODOS: Estudo transversal. Três escalas (BDI, CES-D, e CRS) e um teste para avaliar sintomas psiquiátricos gerais (SRQ) foram aplicados individualmente a 503 estudantes do ensino médio com idades entre 15 e 17 anos. Os resultados foram comparados aos obtidos com os critérios de depressão maior do manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-IV). RESULTADOS: A prevalência de depressão maior utilizando-se os critérios do DSM-IV foi de 10,9%. Adolescentes com depressão maior apresentaram escores significativamente mais altos (p = 0,001) no SRQ e nas três escalas avaliadas em comparação ao grupo sem depressão. A sensibilidade e a especificidade para identificar depressão pelo BDI, CES-D e CRS foram, respectivamente, 0,77 e 0,70, 0,75 e 0,73 e 0,82 e 0,71 (curva ROC). Os melhores pontos de corte foram 9 para o BDI, 10 para a CRS e 14 para a CES-D. A frequência de sintomas depressivos foi maior em meninas (aproximadamente 2:1). CONCLUSÃO: Esses achados indicam o uso do BDI, da CES-D e da CRS apenas para o rastreamento, ou como uma avaliação sintomática adicional, da depressão em estudantes do ensino médio. A diferença entre meninos e meninas com relação aos escores nas escalas alerta contra o uso dos mesmos valores de corte para ambos os sexos.
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