Depressão e diabetes mellitus
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Archives of Clinical Psychiatry |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/17230 |
Resumo: | O diabetes mellitus possui elevada prevalência, acometendo cerca de 7% da população brasileira. Em torno de 20% a 30% dos pacientes com diabetes apresentam depressão. A depressão pode atuar como um fator de risco para o desenvolvimento do diabetes, piorar seus sintomas e interferir com o autocuidado dos pacientes. Quando não tratada adequadamente, a depressão nesses pacientes tende a evoluir com elevada taxa de recorrência. Entre os tratamentos disponíveis, encontramos na literatura um benefício da psicoterapia, cognitiva ou cognitivo-comportamental, para melhora dos sintomas depressivos, mas sem evidência de um benefício no controle glicêmico. Os antidepressivos tricíclicos, em especial os com maior ação noradrenérgica, e os inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) tendem a aumentar os níveis glicêmicos. A bupropiona não interfere na glicemia e há evidências de que os inibidores seletivos de recaptura de serotonina (ISRS) melhoram os níveis glicêmicos e podem reduzir a taxa de recaídas, mostrando-se boas opções de tratamento farmacológico. A eletroconvulsoterapia também é uma estratégia interessante para esses pacientes, recomendando-se, no entanto, monitorização da glicemia. Não foram encontrados estudos significativos sobre os demais antidepressivos disponíveis para comercialização. |
id |
USP-5_c69983a75d9c2b634f7e6450704d3000 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/17230 |
network_acronym_str |
USP-5 |
network_name_str |
Archives of Clinical Psychiatry |
repository_id_str |
|
spelling |
Depressão e diabetes mellitus Depression and diabetes mellitus Diabetes mellitusdepressãotratamentoantidepressivoprevalênciaprognósticoDiabetes mellitusdepressiontreatmentantidepressantprevalenceprognosis O diabetes mellitus possui elevada prevalência, acometendo cerca de 7% da população brasileira. Em torno de 20% a 30% dos pacientes com diabetes apresentam depressão. A depressão pode atuar como um fator de risco para o desenvolvimento do diabetes, piorar seus sintomas e interferir com o autocuidado dos pacientes. Quando não tratada adequadamente, a depressão nesses pacientes tende a evoluir com elevada taxa de recorrência. Entre os tratamentos disponíveis, encontramos na literatura um benefício da psicoterapia, cognitiva ou cognitivo-comportamental, para melhora dos sintomas depressivos, mas sem evidência de um benefício no controle glicêmico. Os antidepressivos tricíclicos, em especial os com maior ação noradrenérgica, e os inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) tendem a aumentar os níveis glicêmicos. A bupropiona não interfere na glicemia e há evidências de que os inibidores seletivos de recaptura de serotonina (ISRS) melhoram os níveis glicêmicos e podem reduzir a taxa de recaídas, mostrando-se boas opções de tratamento farmacológico. A eletroconvulsoterapia também é uma estratégia interessante para esses pacientes, recomendando-se, no entanto, monitorização da glicemia. Não foram encontrados estudos significativos sobre os demais antidepressivos disponíveis para comercialização. Diabetes mellitus has an estimated prevalence of 7% among Brazilian population. Around 20% to 30% of these patients have a depressive disorder. Depression can work as risk factor to the development of diabetes, can worse its symptoms and interfere with self-care. When not adequately treated, depressive disorder in these patients tends to have high rates of recurrence. Among the available treatments literature shows a benefit of psychotherapy, mainly cognitive or cognitive-behavioral, in ameliorating depressive symptoms, but without impact on glycaemic control. Tryciclic antidepressants, especially those with more noradrenergic profile, and monoamino oxidase inhibitors are associated with worsening of glycaemic control. Bupropion shows no action on glucose blood levels and there are evidences that serotonin selective reuptake inhibitors may improve the glycaemic levels and reduce the recurrence, being good choices to treat these patients. Electroconvulsive therapy is an interesting treatment to these patients, but monitoring of blood glucose is recommended. We did not find data about other antidepressants. Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Instituto de Psiquiatria2009-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/acp/article/view/1723010.1590/S0101-60832009000900005Archives of Clinical Psychiatry; v. 36 n. supl.3 (2009); 93-99Archives of Clinical Psychiatry; Vol. 36 No. supl.3 (2009); 93-99Revista de Psiquiatria Clínica; Vol. 36 Núm. supl.3 (2009); 93-991806-938X0101-6083reponame:Archives of Clinical Psychiatryinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/acp/article/view/17230/19241Fráguas, RenérioSoares, Simone Maria de Santa RitaBronstein, Marcelo Delanoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-09-26T11:25:41Zoai:revistas.usp.br:article/17230Revistahttp://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/index.htmlPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||archives@usp.br1806-938X0101-6083opendoar:2012-09-26T11:25:41Archives of Clinical Psychiatry - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Depressão e diabetes mellitus Depression and diabetes mellitus |
title |
Depressão e diabetes mellitus |
spellingShingle |
Depressão e diabetes mellitus Fráguas, Renério Diabetes mellitus depressão tratamento antidepressivo prevalência prognóstico Diabetes mellitus depression treatment antidepressant prevalence prognosis |
title_short |
Depressão e diabetes mellitus |
title_full |
Depressão e diabetes mellitus |
title_fullStr |
Depressão e diabetes mellitus |
title_full_unstemmed |
Depressão e diabetes mellitus |
title_sort |
Depressão e diabetes mellitus |
author |
Fráguas, Renério |
author_facet |
Fráguas, Renério Soares, Simone Maria de Santa Rita Bronstein, Marcelo Delano |
author_role |
author |
author2 |
Soares, Simone Maria de Santa Rita Bronstein, Marcelo Delano |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Fráguas, Renério Soares, Simone Maria de Santa Rita Bronstein, Marcelo Delano |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Diabetes mellitus depressão tratamento antidepressivo prevalência prognóstico Diabetes mellitus depression treatment antidepressant prevalence prognosis |
topic |
Diabetes mellitus depressão tratamento antidepressivo prevalência prognóstico Diabetes mellitus depression treatment antidepressant prevalence prognosis |
description |
O diabetes mellitus possui elevada prevalência, acometendo cerca de 7% da população brasileira. Em torno de 20% a 30% dos pacientes com diabetes apresentam depressão. A depressão pode atuar como um fator de risco para o desenvolvimento do diabetes, piorar seus sintomas e interferir com o autocuidado dos pacientes. Quando não tratada adequadamente, a depressão nesses pacientes tende a evoluir com elevada taxa de recorrência. Entre os tratamentos disponíveis, encontramos na literatura um benefício da psicoterapia, cognitiva ou cognitivo-comportamental, para melhora dos sintomas depressivos, mas sem evidência de um benefício no controle glicêmico. Os antidepressivos tricíclicos, em especial os com maior ação noradrenérgica, e os inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) tendem a aumentar os níveis glicêmicos. A bupropiona não interfere na glicemia e há evidências de que os inibidores seletivos de recaptura de serotonina (ISRS) melhoram os níveis glicêmicos e podem reduzir a taxa de recaídas, mostrando-se boas opções de tratamento farmacológico. A eletroconvulsoterapia também é uma estratégia interessante para esses pacientes, recomendando-se, no entanto, monitorização da glicemia. Não foram encontrados estudos significativos sobre os demais antidepressivos disponíveis para comercialização. |
publishDate |
2009 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2009-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/17230 10.1590/S0101-60832009000900005 |
url |
https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/17230 |
identifier_str_mv |
10.1590/S0101-60832009000900005 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/17230/19241 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Instituto de Psiquiatria |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Instituto de Psiquiatria |
dc.source.none.fl_str_mv |
Archives of Clinical Psychiatry; v. 36 n. supl.3 (2009); 93-99 Archives of Clinical Psychiatry; Vol. 36 No. supl.3 (2009); 93-99 Revista de Psiquiatria Clínica; Vol. 36 Núm. supl.3 (2009); 93-99 1806-938X 0101-6083 reponame:Archives of Clinical Psychiatry instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Archives of Clinical Psychiatry |
collection |
Archives of Clinical Psychiatry |
repository.name.fl_str_mv |
Archives of Clinical Psychiatry - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
||archives@usp.br |
_version_ |
1800237622199582720 |