Envolvimento religioso e fatores sociodemográficos: resultados de um levantamento nacional no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira-Almeida, Alexander
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Pinsky, Ilana, Zaleski, Marcos, Laranjeira, Ronaldo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Archives of Clinical Psychiatry
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/17320
Resumo: CONTEXTO: As relações entre envolvimento religioso e saúde têm sido objeto de crescente interesse, mas há carência de estudos fora dos Estados Unidos e da Europa. OBJETIVOS: O presente estudo descreve o envolvimento religioso na população brasileira e sua relação com variáveis sociodemográficas. MÉTODOS: Numa amostra probabilística da população brasileira (n = 3.007), variáveis sociodemográficas e de envolvimento religioso foram avaliadas. RESULTADOS: Cinco por cento dos brasileiros declararam não ter religião, 83% consideraram religião muito importante para sua vida e 37% frequentavam um serviço religioso pelo menos uma vez por semana. As filiações religiosas mais frequentes foram Catolicismo (68%), Protestante/Evangélica (23%) e Espiritismo Kardecista (2,5%). Dez por cento referiram frequentar mais de uma religião. De modo semelhante a estudos em outros países, maior idade e sexo feminino se associaram a maiores níveis de religiosidade subjetiva e organizacional, mesmo após o controle para outras variáveis sociodemográficas. Entretanto, nível educacional, renda e raça negra não se associaram de modo independente a indicadores de religiosidade. CONCLUSÃO: Este estudo mostra altos níveis de religiosidade entre os brasileiros e sugere que religiosidade, em diferentes culturas, pode relacionar-se de modo diferente com outras variáveis. Para uma melhor compreensão da influência da religiosidade na saúde, é necessário expandir esse tipo de estudo para outras culturas.
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