Terapia analítico-comportamental da depressão: uma antiga ou uma nova ciência aplicada?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Archives of Clinical Psychiatry |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/17030 |
Resumo: | CONTEXTO: A história dos estudos comportamentais no campo da depressão é apresentada. OBJETIVO: Apresentar e analisar os avanços das terapias analítico-comportamentais. MÉTODO: Analisaram-se 37 referências relacionadas a estudos conceituais, de pesquisa de base e aplicada, todos publicados no período de 1961 a 2006. Os preceitos teóricos e metodológicos adotados foram considerados, e o impacto das aplicações propostas, foi discutido. RESULTADOS: Tradicionalmente, os modelos analítico-comportamentais de Ferster e Lewinsohn priorizam a baixa freqüência de comportamentos contingentes ao reforçamento positivo como variável crítica na determinação do repertório depressivo. Ainda que essa variável estivesse de fato assim relacionada, pouca atenção foi dada às intervenções voltadas aos enfrentamentos dos eventos aversivos supressores das respostas reforçadas positivamente. Dentro desse impasse pragmático-conceitual, o modelo cognitivo-comportamental de Beck surgiu e logo foi aclamado como o tratamento psicossocial de excelência na depressão. Contudo, pesquisas recentes sinalizaram as lacunas da conceituação cognitiva, permitindo novamente que a atenção fosse redirecionada aos modelos analítico-comportamentais iniciais. Jacobson, então, revisitou o modelo de Ferster, criando uma nova proposta de terapia chamada de ativação comportamental (BA). CONCLUSÃO: O fenômeno da depressão maior foi palco do nascimento da terapia cognitivo-comportamental de Beck e coincidentemente pode estar sendo a força motriz que veio resgatar a importância da ênfase contextual das análises comportamentais clínicas. |
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Terapia analítico-comportamental da depressão: uma antiga ou uma nova ciência aplicada? Behavior-analytical therapy of depression: an old or a new applied science? Terapia cognitivo-comportamentalterapia comportamentalcondicionamento operantedepressão maiorativação comportamentalCognitive-behavioral therapybehavior therapyoperant conditioningmajor depressionbehavioral activation CONTEXTO: A história dos estudos comportamentais no campo da depressão é apresentada. OBJETIVO: Apresentar e analisar os avanços das terapias analítico-comportamentais. MÉTODO: Analisaram-se 37 referências relacionadas a estudos conceituais, de pesquisa de base e aplicada, todos publicados no período de 1961 a 2006. Os preceitos teóricos e metodológicos adotados foram considerados, e o impacto das aplicações propostas, foi discutido. RESULTADOS: Tradicionalmente, os modelos analítico-comportamentais de Ferster e Lewinsohn priorizam a baixa freqüência de comportamentos contingentes ao reforçamento positivo como variável crítica na determinação do repertório depressivo. Ainda que essa variável estivesse de fato assim relacionada, pouca atenção foi dada às intervenções voltadas aos enfrentamentos dos eventos aversivos supressores das respostas reforçadas positivamente. Dentro desse impasse pragmático-conceitual, o modelo cognitivo-comportamental de Beck surgiu e logo foi aclamado como o tratamento psicossocial de excelência na depressão. Contudo, pesquisas recentes sinalizaram as lacunas da conceituação cognitiva, permitindo novamente que a atenção fosse redirecionada aos modelos analítico-comportamentais iniciais. Jacobson, então, revisitou o modelo de Ferster, criando uma nova proposta de terapia chamada de ativação comportamental (BA). CONCLUSÃO: O fenômeno da depressão maior foi palco do nascimento da terapia cognitivo-comportamental de Beck e coincidentemente pode estar sendo a força motriz que veio resgatar a importância da ênfase contextual das análises comportamentais clínicas. BACKGROUND: The present review addresses the history of behavioral studies in depression. OBJECTIVE: To present and analyze the advances in behavior-analytical therapies. METHODS: 37 references reporting conceptual, basic and applied studies, all of them published between 1961 and 2006, were examined. The theoretical and methodological features are considered and their implications are discussed. RESULTS: The behavior-analytic models of Ferster and Lewinsohn propose that the low frequency of positive reinforcements is a critical variable related to depressive repertoires. In spite of this plausible annunciation, little attention was paid to the interventions directed to modifying the coping strategies to aversive events that may suppress positive reinforcements. Within this pragmatic-conceptual impasse, Beck's cognitive-behavioral model was further developed and turned out to be a gold standard in the psychological management of depression. However, recent studies have illustrated the limitations of the cognitive conceptualization, yielding the reconsideration of behavior-analitical models. Jacobson revisited the Ferster's model creating a new proposal of therapy called behavioral activation (BA). CONCLUSION: Beck's cognitive-behavioral models addressed primarily the treatment of depression. Nevertheless, certain psychological manifestations of major depression not fully covered by Beck's model may be better understood by behavior-analytical approaches. Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Instituto de Psiquiatria2006-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/acp/article/view/1703010.1590/S0101-60832006000600005Archives of Clinical Psychiatry; v. 33 n. 6 (2006); 322-328Archives of Clinical Psychiatry; Vol. 33 No. 6 (2006); 322-328Revista de Psiquiatria Clínica; Vol. 33 Núm. 6 (2006); 322-3281806-938X0101-6083reponame:Archives of Clinical Psychiatryinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/acp/article/view/17030/19023Abreu, Paulo Robertoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-09-26T16:08:50Zoai:revistas.usp.br:article/17030Revistahttp://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/index.htmlPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||archives@usp.br1806-938X0101-6083opendoar:2012-09-26T16:08:50Archives of Clinical Psychiatry - Universidade de São Paulo (USP)false |
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