Terapia analítico-comportamental da depressão: uma antiga ou uma nova ciência aplicada?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Abreu, Paulo Roberto
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Archives of Clinical Psychiatry
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/17030
Resumo: CONTEXTO: A história dos estudos comportamentais no campo da depressão é apresentada. OBJETIVO: Apresentar e analisar os avanços das terapias analítico-comportamentais. MÉTODO: Analisaram-se 37 referências relacionadas a estudos conceituais, de pesquisa de base e aplicada, todos publicados no período de 1961 a 2006. Os preceitos teóricos e metodológicos adotados foram considerados, e o impacto das aplicações propostas, foi discutido. RESULTADOS: Tradicionalmente, os modelos analítico-comportamentais de Ferster e Lewinsohn priorizam a baixa freqüência de comportamentos contingentes ao reforçamento positivo como variável crítica na determinação do repertório depressivo. Ainda que essa variável estivesse de fato assim relacionada, pouca atenção foi dada às intervenções voltadas aos enfrentamentos dos eventos aversivos supressores das respostas reforçadas positivamente. Dentro desse impasse pragmático-conceitual, o modelo cognitivo-comportamental de Beck surgiu e logo foi aclamado como o tratamento psicossocial de excelência na depressão. Contudo, pesquisas recentes sinalizaram as lacunas da conceituação cognitiva, permitindo novamente que a atenção fosse redirecionada aos modelos analítico-comportamentais iniciais. Jacobson, então, revisitou o modelo de Ferster, criando uma nova proposta de terapia chamada de ativação comportamental (BA). CONCLUSÃO: O fenômeno da depressão maior foi palco do nascimento da terapia cognitivo-comportamental de Beck e coincidentemente pode estar sendo a força motriz que veio resgatar a importância da ênfase contextual das análises comportamentais clínicas.
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