Fobia específica: um estudo transversal com 103 pacientes tratados em ambulatório
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Archives of Clinical Psychiatry |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/17141 |
Resumo: | OBJETIVOS: Este estudo tem por objetivo investigar a presença de fobia específica (FE) entre pacientes atendidos em um ambulatório de psiquiatria. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal, no qual foi aplicado o SCID-I em 103 pacientes, para se examinar a ocorrência de fobia específica. Os dados foram analisados por meio de medidas descritivas e mediante os testes de independência baseados na estatística qui-quadrado de Pearson ou no teste exato de Fisher. RESULTADOS: Foi verificada FE em 26,2% dos pacientes. As mulheres tinham duas vezes maior chance de apresentar FE que os homens. Em 96,3% do total de fóbicos, a FE não havia sido identificada pelo psiquiatra com quem se consultavam, e esses pacientes não estavam recebendo tratamento para FE. Entre as comorbidades, o diagnóstico mais freqüente foi depressão, que apareceu em 15,6% da amostra. No total, identificamos 39 fobias, sendo 13 do tipo animal; 12 do tipo ambiente-natural; 3 do tipo sangue-injeção-ferimentos; e 11 do tipo situacional. CONCLUSÃO: A FE tem uma freqüência elevada entre pacientes ambulatoriais, sendo mais comum entre as mulheres. No entanto, na maioria das vezes, esse transtorno não é diagnosticado e assim não recebe tratamento adequado, já que o foco da atenção fica concentrado nas comorbidades. |
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Fobia específica: um estudo transversal com 103 pacientes tratados em ambulatório Specific phobia: a transversal study with one hundred and three outpatients Fobia específicaambulatóriosubtiposansiedadediagnósticoSpecific phobiaoutpatient caresubtypesanxietydiagnosis OBJETIVOS: Este estudo tem por objetivo investigar a presença de fobia específica (FE) entre pacientes atendidos em um ambulatório de psiquiatria. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal, no qual foi aplicado o SCID-I em 103 pacientes, para se examinar a ocorrência de fobia específica. Os dados foram analisados por meio de medidas descritivas e mediante os testes de independência baseados na estatística qui-quadrado de Pearson ou no teste exato de Fisher. RESULTADOS: Foi verificada FE em 26,2% dos pacientes. As mulheres tinham duas vezes maior chance de apresentar FE que os homens. Em 96,3% do total de fóbicos, a FE não havia sido identificada pelo psiquiatra com quem se consultavam, e esses pacientes não estavam recebendo tratamento para FE. Entre as comorbidades, o diagnóstico mais freqüente foi depressão, que apareceu em 15,6% da amostra. No total, identificamos 39 fobias, sendo 13 do tipo animal; 12 do tipo ambiente-natural; 3 do tipo sangue-injeção-ferimentos; e 11 do tipo situacional. CONCLUSÃO: A FE tem uma freqüência elevada entre pacientes ambulatoriais, sendo mais comum entre as mulheres. No entanto, na maioria das vezes, esse transtorno não é diagnosticado e assim não recebe tratamento adequado, já que o foco da atenção fica concentrado nas comorbidades. OBJECTIVES: The study was designed to investigate the presence of specific phobias (SP) among psychiatric outpatients. METHODS: A transversal study was carried out in which SCID-I was applied to 103 patients to determine the occurrence of specific phobia. The data were reviewed through descriptive measures and independence tests based on Pearson's chi-square test or Fisher's exact test. RESULTS: Specific phobias were found in 26.2% of the patients. Females were twice as likely as males to present SP. In 96.3% of the phobic patients SP had not been diagnosed by their psychiatrists and thus was not being treated. The most common comorbidities among these patients was depression, which was present in 15.6% of the sample. Overall, 39 different phobias were identified: 13 of the animal type, 12 of the natural environment type, 3 of the blood-injection-injury type, and 11 of the situational type. CONCLUSIONS: SP has a high frequency among outpatients and is more common among women. Most of the times, however, this disorder is not diagnosed and thus is not properly treated, as the focus remains on the comorbidities. Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Instituto de Psiquiatria2007-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/acp/article/view/1714110.1590/S0101-60832007000200002Archives of Clinical Psychiatry; v. 34 n. 2 (2007); 68-73Archives of Clinical Psychiatry; Vol. 34 No. 2 (2007); 68-73Revista de Psiquiatria Clínica; Vol. 34 Núm. 2 (2007); 68-731806-938X0101-6083reponame:Archives of Clinical Psychiatryinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/acp/article/view/17141/19148Terra, Mauro BarbosaGarcez, Joana PresserNoll, Betinainfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-09-26T14:34:27Zoai:revistas.usp.br:article/17141Revistahttp://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/index.htmlPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||archives@usp.br1806-938X0101-6083opendoar:2012-09-26T14:34:27Archives of Clinical Psychiatry - Universidade de São Paulo (USP)false |
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