A criação do monstro: sobre milicianos, sujeição criminal e corpo:

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fonseca, Tiago Abud da
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Plural (São Paulo. Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/plural/article/view/212534
Resumo: O trabalho tem por objeto avaliar, a partir da representação dos profissionais da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, se a expansão das milícias- enquanto fenômeno criminal no território fluminense- guarda relação com a participação de agentes do Estado nesses grupos criminosos e se, em alguma medida, a atuação dos atores do sistema de justiça, a partir do sentido de corpo, colabora com o aumento do poder dessas organizações. Para atingir a finalidade da pesquisa foram realizadas trinta entrevistas semiestruturadas e a análise qualitativa das respostas possibilitou desvendar que, uma dicotomia entre os grupos milicianos e as facções criminosas do varejo das drogas deu aos primeiros o discurso inicial pacificador em confronto com os bandidos, inimigos sociais a serem combatidos. Dentro dessa lógica de guerra às drogas, a sujeição criminal não atingiu os milicianos nos primeiros vinte anos do século XXI, de modo que puderam, abrigados por uma atuação protetora do Estado a algumas práticas autoritárias dos agentes da repressão, expandir os seus negócios, em verdadeira confusão dos papéis de outsiders e insiders.    
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spelling A criação do monstro: sobre milicianos, sujeição criminal e corpo: The birth of the monster: militiamen, criminal subjection and the body: MilitiasDrug traffickingCriminal subjectionBodyState agentsMilícias Tráfico de drogasSujeição criminalCorpoAgentes do EstadomilíciasO trabalho tem por objeto avaliar, a partir da representação dos profissionais da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, se a expansão das milícias- enquanto fenômeno criminal no território fluminense- guarda relação com a participação de agentes do Estado nesses grupos criminosos e se, em alguma medida, a atuação dos atores do sistema de justiça, a partir do sentido de corpo, colabora com o aumento do poder dessas organizações. Para atingir a finalidade da pesquisa foram realizadas trinta entrevistas semiestruturadas e a análise qualitativa das respostas possibilitou desvendar que, uma dicotomia entre os grupos milicianos e as facções criminosas do varejo das drogas deu aos primeiros o discurso inicial pacificador em confronto com os bandidos, inimigos sociais a serem combatidos. Dentro dessa lógica de guerra às drogas, a sujeição criminal não atingiu os milicianos nos primeiros vinte anos do século XXI, de modo que puderam, abrigados por uma atuação protetora do Estado a algumas práticas autoritárias dos agentes da repressão, expandir os seus negócios, em verdadeira confusão dos papéis de outsiders e insiders.    The objective of this work is to assess, based on the representation of professional from Public Defender’s Office of Rio de Janeiro, whether the expansion of militias, as a criminal phenomenon in these territory, is related to the participation of State agentes in these criminal groups and whether, in to some extent, the performance of actors in the justice system, based on the sense of body, collaborates with the increase in the power of these organizations. In order to reach the purpose of the research, thirty semi-structured interviews were carried out and the qualitative analysis of the answers made it possible to reveal that a dichotomy between the militia groups ante the criminal factions of the drug retail gave the former the initial pacifying speech in confrontation with the bandits, social enemies to be fought. Whitin this logic of the war on drugs, criminal subjection did not affect the militiamen in the firt twenty years of the 21st century, so that thet could, sheltered by a protective action by the State against some authoritarian practices of the agents of represssion, expand their businesses, in real confusion of the roles of outsiders and insiders.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2023-12-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigoapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/plural/article/view/21253410.11606/issn.2176-8099.pcso.2023.212534Plural; v. 30 n. 02 (2023): Afetividades Marginais, Grupos Armados e Mercados Ilegais; 211-230Plural; Vol. 30 Núm. 02 (2023): Afetividades Marginais, Grupos Armados e Mercados Ilegais; 211-230Plural; Vol. 30 No. 02 (2023): Afetividades Marginais, Grupos Armados e Mercados Ilegais; 211-2302176-80990104-6721reponame:Plural (São Paulo. Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/plural/article/view/212534/201500Copyright (c) 2023 Política de direitos compartilhadoshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessFonseca, Tiago Abud da 2024-01-10T16:11:25Zoai:revistas.usp.br:article/212534Revistahttp://www.revistas.usp.br/pluralPUBhttp://www.revistas.usp.br/plural/oaiplural@usp.br||2176-80992176-8099opendoar:2024-01-10T16:11:25Plural (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
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